segunda-feira, 11 de maio de 2020

Intolerância e Discurso de Ódio nas Redes Sociais

Discurso de Ódio é uma forma de pensamento, fala e posicionamento social que incita à violência contra diferentes grupos da sociedade. Pode ser verbalizado ou escrito e sua intenção é discriminar as pessoas devido a suas diferenças, sejam estas raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, deficiências, classe etc. O Discurso de Ódio tem por base o ódio em si ao diferente e todos os preconceitos e prejuízos que decorrem desse sentimento. É considerado crime no Brasil e também um atentado aos Direitos Humanos.
Genericamente, esse discurso se caracteriza por incitar a discriminação contra pessoas que partilham de uma característica identitária comum, como a cor da pele, o gênero, a opção sexual, a nacionalidade, a religião, entre outros atributos. A escolha desse tipo de conteúdo se deve ao amplo alcance desta espécie de discurso, que não se limita a atingir apenas os direitos fundamentais de indivíduos, mas de todo um grupo social, estando esse alcance agora potencializado pelo poder difusor da rede, em especial de redes de relacionamento [...] (SILVA et al, 2011,p446).

 O Discurso de ódio é uma ação discriminatória e pode estar relacionada também a intolerâncias de diversos tipos. A discriminação é a atitude de tratar as pessoas com desigualdade, enquanto a intolerância é o ato de não tolerar a existência do diferente, levando muitas vezes a atitudes de eugenia. A intolerância pode se manifestar no discurso de ódio. Este é considerado uma violência verbal e a base deste tipo de discurso é a não aceitação das diferenças entre as pessoas. Essas diferenças são consideradas elementos que distinguem os grupos sociais entre si e ainda conseguem identificar um grupo especifico, como a cultura, nacionalidade, religião etc.
Essa não aceitação pode levar a eugenia no sentido de que a eugenia é uma teoria presente no século XX que hierarquiza as raças humanas em termos de melhor qualidade genética. As atitudes eugenísticas são aquelas que vão classificar as pessoas em termos de melhores ou piores biologicamente, apesar de já se comprovar que as diferenças humanas são mais presentes na cultura do que na genética.
Este tipo de discurso é presente na sociedade e se apresenta de forma padronizada em determinados aspectos, pois ele nasce nos preconceitos sociais contra determinados segmentos e grupos, e se exacerba em atitudes de ódio contra a existência e o convívio com essas pessoas na sociedade. Ele é contrário à pluralidade humana e tende a hierarquizar as pessoas, de forma que considera algumas pessoas mais certas e mais humanas que outras. Por ser construído socialmente, baseado em preconceitos que aparecem ao longo da história da humanidade, como preconceitos étnico-raciais, de gênero, de culturas, com relação à deficiências e outros, ele não pode ser considerado uma opinião. A opinião tem por base os sentimentos e conclusões individuais, enquanto o preconceito é fomentado socialmente advindo de situações de dominação de um grupo sobre o outro. O discurso de ódio também não pode ser considerado uma opinião, pois ele incita e leva a violência e esta atitude é considerada crime no Brasil.
[...] no sentido de dividir o tal discurso em dois atos: o insulto e a instigação. O primeiro diz respeito diretamente à vítima, consistindo na agressão à dignidade de determinado grupo de pessoas por conta de um traço por elas partilhado. O segundo ato é voltado a possíveis “outros”, leitores da manifestação e não identificados como suas vítimas, os quais são chamados a participar desse discurso discriminatório, ampliar seu raio de abrangência, fomentá-lo não só com palavras, mas também com ações. (SILVA et al, 2011, p.448)
Um aspecto importante do discurso colonial é sua dependência do conceito de "fixidez" na construção ideológica da alteridade. A fixidez, como signo da diferença cultural/histórica/racial no discurso do colonialismo, é um modo de representação paradoxal [...]Do mesma modo, o estereótipo, que é sua principal estratégia discursiva, é uma forma de conhecimento e identificação que vacila entre o que está sempre "no lugar", já conhecido, e algo que deve ser ansiosamente repetido [...] Isto porque é a força da ambivalência que dá ao estereótipo colonial sua validade: ela garante sua repetibilidade em conjunturas históricas e discursivas mutantes; embasa suas estratégias de individuação e marginalização; produz aquele efeito de verdade probabilística e predictabilidade que, para o estereótipo, deve sempre estar em excesso do que pode ser provado empiricamente ou explicado logicamente [...] (BHABHA, 1998, p. 105-106).

Na Constituição de 1988, o artigo que legisla sobre preconceitos é o artigo 5º, que defende a igualdade de todos bem como os direitos e deveres do cidadão brasileiro e concorda com os Direitos Humanos. A Lei 7.716/89 é a lei brasileira que criminaliza os diferentes tipos de preconceitos na nossa sociedade. O discurso de ódio, por se basear em preconceitos e incitar a violência contra diferentes grupos sociais e minorias, é compreendido por esta lei como crime. Além de atacar a uma pessoa em específico, o discurso de ódio, procurando atacar todo um grupo social, fere os direitos difusos, que se referem aos direitos que se relacionam aos grupos sociais sem definição específica de pessoas.
Portanto, o discurso de ódio é um tipo de violência exercida por meio do discurso verbal ou escrito e tem por intenção discriminar, ofender, diminuir, agredir outras pessoas devido a suas condições sociais ou características étnicas, raciais, religiosas, culturais, de gênero e orientação sexual etc. Por violar o respeito à diversidade humana, à pluralidade e às liberdades civis e os direitos difusos é considerado crime no Brasil e em diversos outros países.

 ATIVIDADE PROPOSTA 
ATIVIDADE AVALIATIVA


PROPOSTA DE REDAÇÃO
 

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Intolerância e discurso de ódio nas redes sociais”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

A grande popularização das redes sociais nos últimos anos projetou mais evidência ao problema da intolerância. De acordo com dados da ONG Safernet, apenas entre os anos de 2010 e 2013, aumentou em mais de 200% o número de denúncias contra páginas que divulgaram conteúdos racistas, misóginos, homofóbicos, xenofóbicos, neonazistas, de intolerância religiosa, entre outras formas de discriminação contra minorias em geral.
Números como esses provocam a sensação de que a internet é quem criou uma grande onda de intolerância. Porém, o que de fato ocorreu é que as redes sociais amplificaram os discursos de ódio já existentes no nosso dia a dia. Pensando bem, como é possível separar a manifestação de preconceitos ocorridos no ambiente virtual das práticas sociais do “mundo real”? No fundo, nas ruas ou nas redes, as pessoas são as mesmas. O ambiente em rede, no entanto, dada a possibilidade de um pretenso anonimato e a confortável reclusão atrás da tela do computador, facilita que cada um solte seus demônios.
Disponível em: http://www.conexaopublica.com.br/?tag=redes-sociais Acesso em 14 agosto 2017

TEXTO II

Um aplicativo na internet vai monitorar postagens nas redes sociais que reproduzam mensagens de ódio, racismo, intolerância e que promovam a violência. Criado pelo Laboratório de Estudos em Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o instrumento será lançado este mês e permitirá que usuários sejam identificados e denunciados.
Encomendado pelo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, o Monitor de Direitos Humanos, como foi batizado o aplicativo, buscará palavras-chaves em conversas que estimulem violência sexual contra mulheres, racismo e discriminação contra negros, índios, imigrantes, gays, lésbicas, travestis e transexuais. Os dados ficarão disponíveis online.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-11/aplicativo-vai-monitorar-mensagens-de-odio-e-racismo-nas-redes Acesso em 14 agosto 2017

TEXTO III

Saiba onde denunciar crimes cibernéticos:
Site da Safernet: o site recolhe denúncias anôminas relacionadas a crimes de pornografia infantil, racismo, apologia e incitação a crimes contra a vida.
Canal do Cidadão do MPF: o Ministério Público Federal recebe denúncias de diferentes tipos. A pessoa pode optar por manter os seus dados sigilosos ou não. A Procuradoria-Geral da República recomenda aos cidadãos apresentarem o maior número de provas para que o processo possa ter mais agilidade.
Disque 100: o canal recebe denúncias de abuso ou violência sexual. O serviço é coordenado pelo Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. O Disque 100 funciona 24 horas por dia. As ligações são gratuitas e podem ser feitas de qualquer local do Brasil. A denúncia é anônima e as demandas são encaminhadas para as autoridades competentes.
O que devo fazer quando me deparar com um crime cibernético?
1) Guarde todas as provas e indícios possíveis
2) Tire fotos das denúncias, “print screen” e imprima o material
3) Registre as denúncias com o maior número de detalhes
4) Não compartilhe ou replique comentários ofensivos ou que incitem ao crime
5) Crie uma rede de proteção às crianças vítimas. Não permita que ela fique exposta aos comentários ofensivos nas redes sociais
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-11/aplicativo-vai-monitorar-mensagens-de-odio-e-racismo-nas-redes Acesso em 14 agosto 2017

TEXTO IV

Profissões do futuro

Você conhece ou já ouviu falar nas chamadas profissões do futuro?

Sabe quais profissões serão tendência daqui a alguns anos? Ou quais delas estão destinadas a desaparecer com o tempo?

Se a resposta é não, você corre o risco de estar desatualizado e investir em carreiras que se tornarão obsoletas em poucos anos.

É fundamental conhecer as inovações que estão surgindo no mercado para saber qual caminho seguir e, assim, garantir o sucesso profissional.

Para se aprofundar no assunto, continue lendo este artigo.

Você vai descobrir quais áreas estarão em alta num futuro próximo e como se preparar para essas novidades. 

O que são profissões do futuro?

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Profissões do futuro nada mais são do que as ocupações mais promissoras, que deverão se valorizar rapidamente nos próximos anos.

E a razão disso acontecer é simples.

Atualmente, a demanda por profissionais com essas habilidades começa a despontar, e a tendência é que ela só aumente.

Portanto, o profissional que estiver apto a exercer qualquer das profissões do futuro estará à frente de seus pares, garantindo as melhores posições no mercado e receitas maiores.

Isso porque, a partir do momento em que uma determinada ocupação é valorizada, a procura por profissionais que estejam habilitados para exercê-la aumenta. 

Consequentemente, o valor da sua mão de obra também se eleva.

Daí as vantagens de se preparar com antecedência e adquirir qualificação para as profissões do futuro.

Quais são as principais profissões do futuro?

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Como citamos acima, conhecer as profissões do futuro é extremamente importante para quem deseja se destacar e garantir uma boa colocação no mercado. 

Mas você sabe quais profissões serão tendência daqui há alguns anos ou décadas?

É óbvio que não se pode dizer, com certeza, se essas ocupações ganharão muita relevância, porém há previsões bastante realistas nesse sentido.

Elas levam em consideração tendências que já despontam atualmente, em especial as inovações tecnológicas e maior demanda por especialização.

Listamos, a seguir, algumas dessas ocupações:
Atendente online de pacientes
Analista de Big Data
Designer Instrucional
Engenheiro de Mobilidade
Geneticista
Bioinformacionista
Gestor de user experience
Perito forense virtual
Gestor de memória virtual
Advogado voltado para proteção de dados
Designer de RA (Realidade Aumentada)
Investigador de Dados
Terapeuta de saúde mental
Gestor de showroom.

Como podemos observar, algumas profissões ainda irão surgir no mercado, enquanto outras já existem, mas serão aperfeiçoadas para conquistar ainda mais relevância nos próximos anos.

Quais áreas estarão em alta no mercado de trabalho?

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Uma reportagem sobre profissões do futuro publicada pela revista Forbes mostrou não apenas as carreiras que estarão em alta nos próximos anos, mas também algumas áreas que se tornarão promissoras no mercado de trabalho. 

A maioria das profissões que serão tendência nas próximas décadas pertence a esses segmentos. Abaixo, conheça alguns deles.

Coaching

O coaching é um dos setores que devem experimentar grande crescimento nos próximos anos, e isso não é à toa.

Afinal, através desse processo, pessoas podem desenvolver todos os tipos de competências e habilidades para alcançar as metas desejadas. 

Essa metodologia também promove o autoconhecimento, empatia, capacidade de liderança, empreendedorismo e outras qualidades essenciais para uma carreira de sucesso.

Justamente por ser focado nesse aprimoramento e aperfeiçoamento, o coaching é uma área que promete estar em alta no mercado de trabalho por muito tempo. 

Sustentabilidade

Cada vez mais, as empresas estão preocupadas em utilizar os recursos naturais de forma correta e adotar ações mais conscientes e sustentáveis dentro de suas corporações. 

Isso ocorre por dois motivos. 

O primeiro é que as próprias empresas têm percebido que, se não gerenciarem seu consumo, não terão mais recursos no futuro. 

Além disso, os consumidores têm exigido esse tipo de posicionamento por parte das marcas.

Portanto, se você aprecia negócios ligados à sustentabilidade, pode ser bastante vantajoso investir no seu aperfeiçoamento e buscar oportunidades nessa área.

Infraestrutura

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A modernização de processos construtivos faz da área de infraestrutura uma das mais promissoras do mercado, principalmente para profissionais que se especializarem em internet das coisas, big data e automação. 

Em um futuro próximo, prédios, residências, pontes, ruas e outras construções serão projetadas de forma inteligente, com o auxílio da inteligência artificial.

Portanto, haverá forte demanda por mão de obra qualificada nesse segmento de mercado. 

Saúde e Qualidade de Vida

O aumento de males crônicos como diabetes e doenças cardiovasculares tem motivado as pessoas a adotar hábitos mais saudáveis e investir em qualidade de vida. 

Por isso, muitas profissões do futuro estarão ligadas a essas áreas. 

Uma delas é a telessaúde. Nesse cenário, especialistas podem atender e diagnosticar pacientes remotamente, democratizando o acesso a serviços especializados.
Recursos Humanos

Outra área que deverá crescer nos próximos anos é a de RH. 

As empresas têm percebido que a escolha de bons profissionais desde o primeiro momento faz toda a diferença para os resultados do negócio. 

Assim, profissionais que auxiliam nessa escolha e na construção de equipes serão cada vez mais valorizados. 

Marketing e Vendas

Na era digital, mudança de comportamento dos consumidores tem gerado uma verdadeira revolução em tudo o que tem relação com o marketing.

Logo, nos próximos anos haverá uma valorização dos profissionais que saibam analisar o comportamento dos consumidores e, com base nisso, elaborar estratégias mais assertivas.

Tecnologia da Informação (TI)

O avanço rápido da tecnologia fará com que a área de TI vai esteja em constante ascensão. 

Hoje já são produzidas quantidades exorbitantes de dados, e a tendência é que isso aumente. 

Consequentemente, será necessário contar com profissionais que possam não só analisar esses dados, mas também criar estruturas de captação.

Direito

A captação, armazenamento e uso de dados envolvem questões éticas cruciais, relacionadas à privacidade.

Nesse cenário, cresce o número de batalhas judiciais quanto ao uso dos dados e, como resultado, a demanda por advogados e outros profissionais de Direito.

A tecnologia e o mercado de trabalho

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Quando falamos sobre o mercado de trabalho, é impossível não associá-lo à tecnologia. 

Desde meados do século XIX, o surgimento de novas tecnologias vem impactando diretamente as profissões e estimulando o surgimento de novas ocupações no mercado. 

A invenção de máquinas na lavoura, por exemplo, fez com que os trabalhadores rurais tivessem que se adaptar ao novo jeito de plantar e colher. Aqueles que não se atualizaram acabaram perdendo seus empregos.

O mesmo aconteceu com a automatização das indústrias. Antes das máquinas, todo o trabalho operacional era feito por funcionários.

Quando os processos foram automatizados, funções antes desempenhadas por uma equipe de 10 trabalhadores passaram a ser feitas por uma única máquina, obrigando a maioria dos empregados a se capacitar para atuar na área de Serviços.

Para se ter uma ideia desse avanço, na década de 1950 o setor industrial representava 40% do total de empregos dos Estados Unidos. Hoje, ele representa apenas 5%.

Os avanços tecnológicos continuam fomentando mudanças. 

As profissões que deverão estar em alta em 2020 podem ser bem diferentes daquelas que despontarão em 2025, devido ao ritmo acelerado das inovações tecnológicas.

Quais as principais mudanças no mercado de trabalho?

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Antes, o mercado de trabalho valorizava muito os profissionais que tinham conhecimentos específicos em determinadas funções. 

Com o passar do tempo, cresce a valorização por profissionais e equipes multidisciplinares. Ou seja, é importante aprender sobre diferentes segmentos de mercado, especialmente aqueles que estão relacionados à atividade que o trabalhador desempenha.

Outra transformação evidente ocorre nos tipos de trabalho disponíveis. Anteriormente, havia muitas ocupações com rotinas operacionais, exigindo esforços físicos ou tarefas repetitivas.

Nos últimos anos, carreiras ligadas a criatividade e relacionamentos estiveram em ascensão, e essa tendência deve se manter por décadas.

O motivo dessa mudança se deve ao fato de que essas duas características são intrinsicamente humanas e, portanto, não podem ser substituídas por máquinas. 

Um robô pode executar de forma exata um movimento em um processo industrial. Contudo, ele não consegue conduzir uma negociação entre fornecedores. 

Por isso, o estudo sobre profissões do futuro da Forbes, bem como outros do gênero, mostram que as carreiras de destaque nos próximos anos estão diretamente ligadas à tecnologia, mas, ao mesmo tempo, a questões mais humanas. 

Dicas para se preparar para as profissões do futuro

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O principal insight para se preparar é adquirir qualificação nas áreas que terão maior demanda nas próximas décadas.

Por isso, preparamos uma lista com detalhes para você começar a se preparar agora mesmo. 

Seja programador

Ter conhecimentos na linguagem da programação vai abrir portas para uma série de possibilidades para você. 

Esse segmento é uma das grandes apostas para qualquer área de atuação no futuro, quando a convivência com máquinas no trabalho se tornará cada vez mais comum, exigindo profissionais que compreendam sua linguagem. 

Ao se tornar um programador, você poderá atuar em praticamente todos os segmentos do mercado de trabalho; desde o setor de saúde até o varejo. 

Todos eles utilizam algum tipo de programa ou aplicativo para a realização de tarefas e operações diárias. 

Seja cientista social

Um cientista social estuda a forma como o homem se porta na sociedade. Ele desenvolve pesquisas sob diferentes aspectos, desde o político até antropológico.

Portanto, esse profissional tem um grande leque de opções de atuação.

Sendo um cientista social, você poderá atuar em empresas privadas, públicas ou ONGs, desenvolvendo projetos em Recursos humanos assessoria de imprensa, marketing entre outros departamentos. 

Como se preparar para as profissões do futuro?

Para se manter atualizado, é necessário que você busque ampliar seus conhecimentos e habilidades. 

Em um futuro bem próximo, os profissionais com uma cartela variada de conhecimentos e competências é que terão mais chances de se destacar no mercado. 

Logo, é importante realizar cursos de diferentes áreas de atuação, principalmente daquelas citadas no tópico anterior. Além disso, é essencial investir em autoconhecimento, no desenvolvimento e aprimoramento das próprias habilidades. 

Nesse cenário, uma excelente alternativa é procurar por um profissional qualificado em coaching. 

Através desse processo, você conseguirá ter mais clareza sobre o que é preciso para seu crescimento na carreira, traçando metas tangíveis que levarão à conquista dos sonhos.

Durante essa jornada de conhecimento, você terá diversas oportunidades e sugestões para aperfeiçoar suas competências pessoais, e até mesmo desenvolver novas habilidade que serão de extrema utilidade no mercado de trabalho atual e do futuro. 

Quais profissões serão extintas no futuro? 

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Uma das dúvidas mais frequentes entre os profissionais é sobre quais profissões serão extintas no futuro. Existem muitas previsões quanto a isso, que são baseadas em avanços tecnológicos e novos comportamentos do consumidor.

Contudo, é importante ter em mente que nem todas as previsões realmente se concretizam. 

Vale ficar de olho nas profissões que têm muitas tarefas operacionais, pois elas podem se extinguir ou ser delegadas à inteligência artificial, que fará o mesmo serviço com um investimento menor.

Outras ocupações tendem apenas a se modificar para atender às novas necessidades do mercado.

Veja, abaixo, as profissões que devem perder popularidade ao longo dos próximos anos.

Agente de viagens

Contar com uma pessoa para planejar uma viagem foi uma necessidade durante décadas, mas essa ocupação vem perdendo relevância.

Isso porque, com os avanços nos serviços ofertados pela internet e nas informações disponíveis gratuitamente pela rede, os próprios viajantes montam seu planejamento e itinerário. 

Existem sites em que é possível contratar desde as passagens aéreas até hospedagem, aluguel de carro e passeios.

Analista de risco

Por conta de tecnologias como big data e inteligência artificial, o analista de risco também vem perdendo relevância. 

Hoje em dia, já existem ferramentas que conseguem prever todos os tipos de riscos, apontar medidas preventivas e corretivas.

Caixa de supermercado

Muitos supermercados e outros estabelecimentos do gênero já contam com caixas automatizados, nos quais os próprios clientes podem passar suas compras e pagar por elas. 

Por meio de inovações como a internet das coisas – que permite a comunicação de objetos através da rede -, também estão surgindo lojas onde não há funcionários, nem é preciso passar pelo caixa, pois a tecnologia identifica os produtos comprados e cobra o valor do cliente via cartão de crédito.

Motorista/piloto

Há pouco tempo, modelos de automóveis autônomos pareciam coisa de filme futurista, mas eles são uma realidade presente em diversos países.

A expectativa é que, em breve, a indústria encontre meios de popularizar essas invenções, dispensando profissionais que trabalham na condução dos veículos.

Contadores e auditores

Essas profissões também tendem a desaparecer por conta da automação, IoT e inteligência artificial. 

Com o uso dessas tecnologias, processos que exigem o acompanhamento desses especialistas serão automatizados. 

Assim, não haverá mais a necessidade de acompanhamento ou verificação por um profissional, tendo em vista que as chances de alguma falha ou erro acontecer são bem menores quando essas tarefas são executadas por máquinas.

Conclusão

Conhecer as profissões do futuro é fundamental para se preparar para o mercado de trabalho, priorizando as demandas dos próximos anos.

Mas reconhecer e desenvolver os atributos necessários para uma carreira promissora nem sempre é uma tarefa simples. 

A boa notícia é que existe um processo que ajuda no aperfeiçoamento pessoal e profissional, servindo aos mais diversos propósitos.

Investindo no coaching, você poderá desenvolver as competências de que precisa para se inserir nas novas demandas que estão surgindo, fortalecendo a criatividade e relacionamentos. 

Assim, você estará pronto para garantir um lugar de destaque no mercado.


HORA DA REVISÃO


PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Habilidades e competências para as profissões do futuro”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 

TEXTO I

A evolução do mercado de trabalho

Não precisamos olhar muito para o passado para perceber como o mercado de trabalho mudou. Há poucos anos a pessoa que tinha uma graduação encontrava inúmeras oportunidades de trabalho. Hoje, ser graduado é básico e para se tornar competitivo é necessário ter um diferencial.

Além disso, perceba que em uma linha de produção, por exemplo, quem faz o trabalho pesado são as máquinas, os robôs, enquanto os seres humanos são responsáveis apenas por abastecê-las, controlá-las e consertá-las.

Por isso, os profissionais precisam ter uma especialização, já que o conhecimento tem sido muito mais valorizado do que a força física. Vivemos em um mundo que está se tornando totalmente tecnológico, então, apenas ser alfabetizado não é suficiente. É necessário dominar esses conhecimentos de tecnologia.

Mas as mudanças continuam, porque atualmente são valorizadas diversas habilidades que antes não faziam muita diferença na contratação de um profissional. Sendo assim, além de uma excelente teoria, as profissões do futuro exigem versatilidade, dinâmica, criatividade, raciocínio lógico, liderança, entre muitas outras características.

E, já que falamos sobre elas, veja a seguir uma lista de profissões que estarão em alta daqui há alguns anos. Perceba que algumas delas já estão no mercado em busca de profissionais capacitados:
desenvolvedor de software;
analista de Big Data;
arquiteto e Engenheiro 3D;
analista de Business Intelligence;
produtor de conteúdo;
analista e programador de Internet das coisas;
cientista de Dados;
roboticista;
impressor 3D;
arquiteto de novas realidades;
designer de órgãos;
designer de redes neurais robóticas e inteligência artificial;
protético robótico;
terapeuta de empatia artificial;
engenheiro de nanorrobôs médicos;
advogado especializado em drones e segurança cibernética.

Não é interessante? Não se preocupe se algumas dessas profissões do futuro ainda são desconhecidas por você, porque muita gente não as conhece. O importante é ter a consciência de que o mercado de trabalho está mudando. 


TEXTO II

As competências e profissões do futuro para o mercado de trabalho

O século XIX foi palco de uma série de transformações que mudaram para sempre a forma do ser humano se relacionar com o trabalho. Com as máquinas a vapor e a produção em série da Primeira Revolução Industrial surgiram uma variedade de profissionais e profissões que até então não existiam, além de oportunidades e desafios voltados à mão de obra para operação de equipamentos e manutenção.

Algo similar está acontecendo desde a virada para o século XXI, marcada por invenções disruptivas como a do primeiro iPhone, apresentado por Steve Jobs em 2007.Passamos a viver em um mundo no qual a conectividade, os aplicativos e avanços tecnológicos estão ao alcance da mão. Isso revolucionou o mercado que se abre caminho para novas possibilidades e faz com que as profissões do futuro ganhem espaço, demandando o desenvolvimento de novas competências. É a Quarta Revolução Industrial.

Todo esse histórico foi apresentado por Marcelo Veras, sócio e membro do conselho da empresa Inova Consulting. “É muita coisa ao mesmo tempo, tudo aqui e agora”, afirma. “Muitas profissões nascem desse tsunami de áreas como a nanotecnologia, a inteligência artificial e a computação cognitiva”. Se antes já havia uma dificuldade para escolher uma carreira na qual seguir, hoje as possibilidades são ainda mais variadas, acredita o especialista.

Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, entre 65% e 70% das crianças que ingressam no ensino fundamental atualmente trabalharão em empregos que sequer existem nos dias de hoje. Além disso, 50% das empresas pretendem automatizar e reduzir parte do tempo de trabalho de seus empregados até 2022, de acordo com a mesma pesquisa. Outro dado interessante mostra que 54% dos trabalhadores devem se requalificar e adquirir novas competências relacionadas a pensamento crítico, inovação, criatividade e proficiência em novas tecnologias.

Tudo isso significa que nós, seremos humanos, precisaremos aprender constantemente, e não apenas durante uma graduação para seguir em determinada carreira. Até porque seremos cada vez mais influenciados pelas transformações digitais, seja em carreiras consideradas tradicionais, nas tecnológicas ou mesmo nas que ainda não existem, diz o especialista. “Os conhecimentos vão mudar tanto que será preciso agregar aprendizados ao longo da vida”, aponta Veras.


TEXTO III



Coronavírus: isolamento social em tempos de pandemia

Em primeiro lugar gostaria de dizer que passamos um período de profunda reflexão. Um momento de olhar pra dentro e refletir sobre quem somos, quem amamos e se estamos dando o valor devido, não para certas coisas, mas para as coisas que realmente importam, assim como, não para certas pessoas, mas para as pessoas que amamos.
Usamos o pior que temos para falar dos defeitos das pessoas e o melhor que temos para falar de nossos defeitos. Temos além de todo caos uma oportunidade de usar o melhor que temos de maneira solidária. O primeiro ato de solidariedade é cuidar da saúde dos que amamos. Por tanto, fique em casa!

Isolamento social

Ficar em casa. Todos os dias escutamos de pessoas próximas, nas mídias ou redes sociais uma intensão de proteção da coletividade, resumido na frase: “Fica em casa”. No momento, ainda escutamos a frase: “Fica em casa, se puder” .
Todos nós vivemos uma modificação significativa em nossas vidas. O mundo mudou drasticamente em um piscar de olhos. Um simples flertar, ou ir à escola, ou ao trabalho, práticas do dia a dia que o individuo muitas vezes não valorizava por ser comum e habitual tornaram-se objeto de conquista da maioria dos seres humanos.
Não é fácil mudar quem somos, isso se “materializa” em nossos comportamentos e nossas atividades. O quê fazemos no dia a dia muitas vezes nos define. Há todo tempo quando vamos nos identificar no meio social, buscamos informar quanto aos nossos hábitos e costumes. Alguns são advogados e também surfistas, lutadores de jiu-jitsu; outros são enfermeiros e gostam de futebol e sempre estão em uma roda de samba no final do dia; Muitos são de nós são muitas coisas. E são essas coisas que nos fazem “ser”. Esse “ser” é um conjunto de atividades, ofícios, comportamentos que formam a nossa persona. Essa é descrita por Carl Yung como a personalidade que o indivíduo apresenta aos outros como real, mas que, na verdade, é uma variante às vezes muito diferente da verdadeira.
Para cada local que vivemos temos uma forma de nos apresentar. Como um professor, que se coloca de uma forma, diante de alunos, em seu local de trabalho, mas em seu meio pessoal, possui a liberdade de utilizar outros códigos de comunicação, como palavras não recomendadas ao meio profissional, que poderia levar a um julgamento social. A variedade de possibilidades de sermos pessoas diferentes em diversos locais, muitas vezes nos afasta necessariamente de quem somos de verdade. Mesmo para casais quem moram juntos, existe momentos em que eles podem ter outras personas e tudo isso, que parece negativo, pode ser a capacidade lábil do ser humano de ser resiliente ao meio.
De certo, pode haver uma perda de identidade nesse período de isolamento. As pessoas que antes possuíam energia direcionada a afazeres, a rotina, a ao cotidiano conturbado do mundo contemporâneo, passam a um convívio reduzido e a diminuição física da prática de ir e vir comum ao indivíduo. Começa a emergir a seguinte pergunta: quem somos?
Não podemos nos definir apenas pelo que fazemos, porque mesmo distante do querer, as vezes somos obrigados a retirar vestimentas profissionais, nos afastar de hábitos e tantas outras coisas que apenas nos aproximam de uma nova visualização da única certeza que o ser humano possui. E não é da morte que falo, mas de que podemos ser qualquer coisa dentro de uma dada possibilidade. É por essa característica que o ser humano evoluiu.
O confinamento pode ser uma oportunidade. Muitos acham que agora o desenvolvimento deixou de existir mas ao contrário disso, foi na crise que a humanidade evoluiu. Inclusive nas reinvenções individuais. Temos a oportunidade de criar “novas tecnologias” não aquelas físicas, duras ou eletrônicas. Falo das maiores das tecnologias, aquelas que se estendem ao nosso corpo. Nossas emoções, nossa comunicação, nossos afetos, nosso comportamento diante do outro em espaços reduzidos. Esse é o desafio!

Solidão e saúde mental

Há pouco tempo discutíamos como as pessoas haviam se tornado invisíveis para muitos. Agora discutimos como minimante interagir com nossos vizinhos. Não é um caminho para a solidão, mas uma possibilidade de se discutir a solidão. Muitas famílias se reconectaram, uma vez que estavam na mesma casa mas estavam ao mesmo tempo tão longe.
A complexidade dessa discussão é incrível e não cabe apenas nesse pequeno texto, por isso converse sobre isso com os que estão próximo. É claro que a tecnologia tem nos ajudado. Mas agora sabemos que nem ela substitui o contato humano. Por isso, muitos de nós possuem um grande sentimento de solidão. Nós profissionais de saúde além de viver a solidão em nossas casas, por estar longe dos familiares em medida de precaução, ainda temos que ser o filtro das dores de uma doença chamada Covid-19. Lembre-se que somos como um filtro de café algo passa por nós, mas algo fica em nós. Por isso, muitos de nós adoecem. Também é por isso que temos que nos atentar com o isolamento.
Esse nos afeta em casa e no trabalho pois lá, não estamos em posição de lazer e se tem um temor em cada atividade de cuidado. Pelo medo, pela ansiedade, pela depressão e pela solidão temos motivos diversos para nos atentar a esse mal.
Podemos diminuir essas condições do adoecimento da seguinte forma:
  • Diminua o contanto com informações que te deixe ansioso ou angustiado;
  • Busque informações confiáveis, o Portal PEBMED possui ótimas informações sobre Covid-19;
  • Procure medidas para se proteger planejando as ações diárias de forma preventiva;
  • Procure se atualizar-se em horários específicos, o fluxo de informações pode nos levar a ansiedade;
  • Busque o isolamento social e medidas que vão ajudar no processo de resiliência desse processo;
  • Faça atividade física periodicamente;
  • Crie atividades de lazer com os familiares;
  • Utilize as redes sociais para fazer contato com os entes queridos;
  • Faça contanto com pessoas que perdeu contato por impossibilidade do antigo ritmo diário;
  • Estude, afinal as plataformas nos ajudam com essas questões;
  • Faça uma lista das coisas que gostaria de fazer;
  • Faça coisas possíveis para o momento;
  • Desenvolva novas habilidades, se possui dificuldade de falar sobre seus sentimentos por exemplo, é uma grande oportunidade.
Lembre-se de não se referir as pessoas com a doença como casos de Covid-19. Temos uma oportunidade de nos reinventar e nisso se inclui o respeito as famílias e as pessoas que têm Covid-19 ou tiveram suas complicações ou até mesmo as que faleceram. Temos a oportunidade de valorizar não só a nós mesmos, mas todos. É uma oportunidade de humanização da sociedade. Por isso, seja solidário podemos passar melhor se estivermos juntos. Faça contato com seus vizinhos, busque maneiras de ajudar a comunidade, uma delas e realizar suas compras no comércio local por exemplo, ou ajudar aos necessitados. Qualquer medida é possível, apenas é necessário se sentir bem.
Vamos superar esse desafio. Imagens positivas do enfrentamento da doença devem ser compartilhadas todos os dias para nos dar esperança e dar esperança as pessoas. Enquanto profissionais da saúde devemos:
  • Cuidar de si. Utilize estratégias de enfrentamentos como por exemplo: garantir descanso fora dos ambientes de trabalho e durante entre os turnos;
  • Evite o uso de estratégias de enfrentamento que desfavoreçam o enfrentamento positivo, tais como: uso de tabaco, álcool, outras drogas e excesso de alimentos;
  • Não evite a família e a comunidade devido ao estigma do medo, mas utilize métodos digitais;
  • Busque apoio em outros profissionais, colegas de trabalho, gestores, que possuem experiências semelhantes à suas;
  • Saiba como oferecer o suporte a pessoas que necessitem de saúde mental, técnicas erradas podem diminuir a sua saúde mental;
  • Faça rodízio dos trabalhadores nas diversas funções, classificando as de maior estresse para menos estresse;
  • Lembre-se para cuidar de pessoas precisamos nos cuidar em primeiro lugar.
Podemos criar novos hábitos, pode não ser tão ruim a mudança dos hábitos mesmo em um ambiente hostil. Mas cuide-se, não é fácil mudar tão repentinamente. É normal se sentir mal nesse período, ou observar um aumento significativo na ansiedade, afinal temos que transformar a forma e o local na qual despejamos nossa energia. Tudo mudou mas você ainda está ai. Isso é mais importante, você é o mais importante. Por tanto, cuide-se porque isso sim no antigo mundo era deixado em segundo plano por muitos e nesse novo mundo é uma necessidade emergencial.
PESQUISA DE OPINIÃO
ATIVIDADE AVALIATIVA
Confeccione um fôlder explicativo sobre o Novo Coronavírus contendo os seguintes tópicos:
  • O que é?
  • Principais Sintomas
  • Dicas para Prevenção
  • Como lavar as mãos corretamente
  • Importância do isolamento social
Caso tenha dúvidas como confeccionar um fôlder acesse o site abaixo: 

ATIVIDADE PROPOSTA
Construa um paralelo- Noticias Verdadeiras X Fake News
verdadeirofalso
ATIVIDADE EXTRACLASSE
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios do necessário isolamento social no Brasil em casos de pandemia”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I 

Por que durante a pandemia há recomendação para isolamento social?

Para entendermos isso, precisamos primeiramente entender o conceito de R0, que é o número básico de transmissão, desse modo, quantas pessoas um infectado contaminará. No caso da COVID-19 (CoronaVirus Disease – 19), o R0 básico é estimado entre 2,5 e 3. Dessa forma, para cada pessoa infectada, outras 2,5 a 3 serão infectadas. Isto leva a uma progressão bem rápida, em torno de 60.000 casos em 2 meses, e 14.551.915 em 3 meses. Considerando que a doença seja transmissível no quinto dia pós-contágio. 

Outro problema é que, como se trata de um novo vírus, praticamente toda a população mundial é suscetível à infecção. Como não possuímos vacina (reduziria o número máximo de pessoas que poderiam ser infectadas e reduziria o R0) ou medicamento curativo para a COVID-19, nossa única alternativa é o isolamento social. O isolamento social reduz o R0, pois, cada pessoa, tendo contato com um número menor de outras pessoas, infecta menos pessoas. Com isso, há redução importante na velocidade de propagação da doença e, também, com menos pacientes graves ao mesmo tempo, possibilitando que o sistema de saúde consiga lidar com a chegada de novos casos. 

Se com o isolamento social conseguirmos reduzir o R0 para ao redor de 1, ou seja, se cada infectado contaminar apenas 1 outra pessoa, o sistema de saúde conseguirá lidar de forma muito melhor com a pandemia. Apenas para comparação, o R0 da “gripe suína” (H1N1) antes da vacinação em massa das pessoas era de 1,4 a 1,6. E o sarampo, doença extremamente contagiosa, apresenta um R0 entre 12 e 16, embora haja alguns estudos com valores ao redor de 18.


TEXTO II

“Se não morrer desse vírus, morro de fome”, diz ambulante de 65 anos

“Quer sorvete, meu filho?”, pergunta José Maria, de 65 anos, a todos os pacientes que entram e saem da Unidade de Pronto Atendimento da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Abordado pela reportagem, ele ri e diz que está “até cansado” de tanto perguntar a mesma coisa —José trabalha como vendedor de sorvete no estacionamento do hospital há 30 anos. Parte do grupo de risco do covid-19, o vendedor afirma não ter medo de contrair a doença e que não lhe sobram muitas opções senão trabalhar todos os dias. “O que você quer que eu faça? Se não morrer desse vírus, morro de fome. Não posso parar de trabalhar”.

A rotina não envolve apenas contato com pessoas que podem estar infectadas, mas, também, quatro viagens de ônibus por dia: ele sai às 8h de Perus, na zona norte de São Paulo, e chega em casa por volta das 22h. “Pelo menos, por causa desse vírus aí que eu nem sei falar o nome, os ônibus estão vazios. Pego dois para ir e dois para voltar. Quando estão muito cheios, é bastante difícil passar com esse carrinho. Agora, está mais tranquilo”, conta à reportagem. A rotina de Perus até a Lapa acontece de segunda-feira a sábado. Aos domingos, ele conta, José vende tempero baiano no bairro em que mora. “O senhor é baiano, José?”, pergunta o UOL. “Não, sou cearense. Vim para São Paulo em 1976 e nunca mais voltei para o Ceará, acredita?”. O motivo da falta de visita à cidade natal é claro: José perdeu a mãe aos sete anos e, desde então, tudo perdeu a graça. “Se minha mãe fosse viva, ela estaria aqui comigo. Eu teria dado um jeito de trazê-la para cá, pode acreditar. Ela morreu com câncer no seio. Desde então, ficou tudo muito chato. Mesmo depois de me casar e depois de ter um filho” 

O trabalho com vendas de sorvete rende a José, em média, R$ 400 mensais “isso se o tempo estiver bom”. “Quando faz frio, aí já era, ninguém quer comprar. Agora está complicado: por causa desse vírus, as vendas caíram muito. O movimento aqui no hospital, também. Quero só ver como vai ser daqui para frente”, afirma. Por causa disso, o vendedor alterna o local das vendas todos os dias. Fica no hospital até as 14h e, a partir das 15h, faz suas vendas na Rua Cerro Corá, também na Lapa. “Fico andando para lá e para cá na Cerro Corá até a noitinha. Aí tento ganhar mais dinheiro”. Poucos meses atrás, o cearense intercalava a venda de sorvetes —hoje, os sabores que se aninhavam no carrinho eram açaí e graviola—, com o trabalho de pedreiro. No entanto, além de duas lesões no joelho, José descobriu esporão nos dois calcanhares. “A sensação é tipo pisar em um monte de espinho, dói muito. Não consegui mais trabalhar em obra”. Para caminhar, ele investiu R$ 65 reais em um chinelo de borracha, ao qual ele acoplou um saltinho de plástico, na tentativa de amenizar a dor. “A gente vai dando um jeito, né, só não pode parar”.


TEXTO III