Se para as novas gerações, viver sem Internet é até inimaginável, para a maioria dos idosos o mundo digital ainda é um grande desafio. Mas isso não significa que tenha que ser sempre assim. Muitas pessoas idosas já resolveram enfrentar o que parecia um bicho de sete cabeças e descobriram um mundo de possibilidades na tela do computador.
De acordo com especialistas, além de dar acesso a informações do mundo inteiro para a terceira idade, o uso da informática também traz benefícios para a saúde. O aprendizado ajudar a exercitar o cérebro, melhorando a memória e capacidade de raciocínio e auxiliando a adiar o aparecimento de demências.
“Além disso, o acesso à Internet ajuda a manter e ampliar o círculo de amizades e também possibilita o aprendizado de várias outras habilidades, através da educação a distância e de tutoriais de diferentes áreas, disponibilizados gratuitamente online”, afirma Wagner Forte, consultor de produtos educacionais de gestão e negócios do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Ceará (Senac Ceará).
Mesmo tendo trabalhado na área administrativa, a relação de Eliane Moura, 59 anos, com o uso do computador só melhorou depois que veio a aposentadoria. “Agora estou aproveitando para fazer cursos que eu não tinha tempo para fazer. Eu dependia sempre que alguém me ajudasse, pedia para as pessoas mandar e-mail ou pagar uma conta por mim. Hoje eu faço sozinha”, explica a ex-aluna do Senac, que viu nos cursos de Informática e Internet para a terceira idade, oportunidades de conquistar sua independência digital.
Mas nem sempre é tão fácil encontrar alguém disposto a ensinar os mais velhos sobre como lidar com o computador e usar a internet de forma prática, evitando os temidos vírus. Por isso, várias instituições oferecem cursos voltados especialmente para esse público. “Já fiz outros cursos com jovens na mesma sala, mas eles aprendem muito rápido, as crianças hoje já nascem sabendo usar o telefone. Eu gostei muito do Senac porque o curso tem um ritmo adequado de ensino para as pessoas da minha idade, com a paciência que a gente precisa”, conta a aposentada.
Como nunca é tarde para aprender algo novo, ela incentiva os amigos a ir em busca de novos conhecimentos, inclusive a própria mãe que tem 80 anos. De acordo com Eliane, “a informática hoje é necessária, principalmente para terceira idade, que se sente isolada. Eu moro só, mas eu não me sinto sozinha, porque chego em casa e vou ver minhas redes sociais, sei o que acontece no mundo. Digo para todos fazerem também”.
ATIVIDADE PROPOSTA
Como fazer panfletos com o Publisher
ATIVIDADE EXTRA
PROPOSTA DE REDAÇÃO:
Confeccione um fôlder sobre aplicativos desenvolvidos para idosos estimulando-os a utilizá-los com o objetivo de facilitar algum aspecto de sua vida, no intuito de que haja a inclusão digital dessas pessoas. Caso tenha dúvidas como confeccionar um fôlder acesse o site abaixo:
Como fazer panfletos com o Publisher
ATIVIDADE EXTRA
Na atividade anterior você realizou uma pesquisa sobre aplicativos desenvolvidos para idosos. Utilize esta pesquisa e realize uma apresentação desses aplicativos utilizando o Prezi.com (software na modalidade computação em nuvem). Caso tenha dúvidas acesse o site abaixo:
Assista uma apresentação Prezi feita por mim para este blog. Acesse Violência Doméstica e Familiar- Resumindo- apresentação de slide. Click na imagem e visualize.
Lembrando que a melhor apresentação será publicada nesta página para divulgação de seu trabalho!!!
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a inclusão digital da terceira idade”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Inclusão digital para o público da terceira idade é possível. É o que mostra o projeto Conviver e Conectar, realizado pelo Sesc Ceará. A iniciativa acontece em formato de curso prático, sendo planejada especialmente para quem sente dificuldade em utilizar o smartphone. O método de ensino procura facilitar o aprendizado começando por tarefas simples como, por exemplo, adicionar novos contatos telefônicos e fotografar.
Além disso, os participantes descobrem como conectar o smartphone à internet e experimentar novas tarefas, principalmente a comunicação pelo WhatsApp, enviar, ler mensagens instantâneas e fazer chamadas de voz.
“Vamos ainda refletir sobre as mudanças que a tecnologia está provocando na sociedade e estimular o fortalecimento dos laços sociais”, explica a supervisora assistencial Ingrid Nogueira.
Disponível em: https://g1.globo.com/ceara/especial-publicitario/sistema-fecomercio/radar-do-comercio/noticia/idosos-aprendem-a-usar-smartphones-e-redes-sociais.ghtml Acesso em 18 maio 2018
TEXTO II
Estima-se que em 2050, 25% da população mundial terá 60 anos e mais, com expectativa de vida para os países desenvolvidos de 87,5 anos para os homens e, 92,5 para as mulheres (IBGE, 2010). (…)
A geração mais nova tem intimidade e atração pelos artefatos tecnológicos, assimila facilmente as mudanças, pois já convive desde tenra idade, explorando os brinquedos eletrônicos e/ou brincando com o celular dos pais. Porém, a geração adulta e mais velha, de origem anterior à disseminação do universo digital e da internet, não consegue acolher e extrair tranquilamente os benefícios dessas evoluções na mesma presteza de assimilação dos jovens. (…)
Esses aparelhos nem sempre apresentam uma interface amigável ao universo e às características do idoso, considerando o tamanho e o tipo de fonte, o tamanho dos ícones, o contraste nas cores, assim como, o design de interação, onde este último necessitaria ser mais intuitivo (Moro, 2010). Desta forma, acaba ocorrendo uma subutilização desses recursos pelo público mais velho, que não se restringe aos celulares, mas aos diversos artefatos como os computadores que implicam na decodificação da linguagem digital.
Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/5371/3851 Acesso em 18 maio 2018 Adaptado
TEXTO III
Foi num almoço de família que Ramon Miranda teve o estalo. Sua tia, como já era usual, pediu que ele a ajudasse com o celular, e ele pensou que ela talvez não fosse a única pessoa que precisasse desse auxílio. Foi o começo da história de Ramon com seu novo projeto: ser neto de aluguel. (…)
“Hoje o termo Neto de Aluguel está sendo usado como uma nova categoria, e muitas pessoas estão lançando mão do nome para divulgar o seu atendimento, fato que me deixa feliz, na verdade”, conta ele.
O termo realmente se espalhou e fez fama, e hoje muita gente encara esse ensino de tecnologia à terceira idade com uma profissão. E a demanda não é pequena, não: o número de idosos no Brasil é de 26 milhões, quantidade que representa mais de 12% da população do país. A projeção do IBGE é que, em 2027, os idosos alcancem a marca de 37 milhões. E o acesso deles à internet também vem crescendo. Em 2016, mais de 5 milhões de idosos acessavam a internet, número que cresceu mais de 1000% em comparação a 2008. (…)
O trabalho do neto de aluguel passa, também, pela conscientização da sociedade a respeito da inclusão de idosos no universo digital. Ramon acredita que ainda falta envolvimento para que a questão seja melhor trabalhada. (…) “Tenho a convicção de que o problema do analfabetismo digital na terceira idade só será resolvido com o amplo envolvimento dos familiares e amigos. A solução via mercado será apenas um complemento ao real envolvimento das pessoas queridas”, conclui.
Disponível em: https://ada.vc/2018/04/10/netos-de-aluguel/ Acesso em 18 maio 2018 Adaptado
TEXTO IV