terça-feira, 28 de maio de 2019

Os fatores sociais para a depressão

  ''Doença Contemporânea, a DEPRESSÃO vem sendo estudada a partir do viés sociológico, uma vez que é causada por fatores externos ao indivíduo, fugindo ao estudo da psicologia.''


Com as novas características sociais e econômicas na Sociedade Contemporânea, a depressão encontrou terreno fértil para se fixar como ''O mal do século''.

        Com o desenvolvimento da Sociedade, as mudanças nos padrões econômicos, sociais e políticos, ´fazendo assim dessa nova sociedade terreno fértil para a disseminação desta doença, que é denominada por muitos como mal do século.

         Há alguns anos, a depressão era muito menos frequente do que é hoje e era estudada somente por um enfoque da psicologia, uma vez que estudava o indivíduo acometido individualmente, sem levar em conta os fatores sociais. Ninguém adquire depressão só e somente por fatores internos, isto é, somente de si. Os fatores sociais, como mudanças econômicas bruscas, falências, desemprego, crime, divórcio, traição, etc, são os que mais influenciam as pessoas a terem depressão.

A pessoa com depressão sente-se alienada perante as demais, ficando isolada e incomunicável por muitas vezes.

         A depressão se constitui atualmente como uma doença de alta ocorrência, do ponto de vista da psicologia e uma questão social normal do ponto de vista da sociologia. Trata-se de um conjunto de fatores que, se sozinhos, por vezes, não são capazes de acarretar depressão mas ao se juntar com outros, facilmente derruba o indivíduo. Os principais sintomas são: desânimo, fobia social, tristeza, incapacidade laborativa, medo, baixa - estima, isolamento e alienação, etc.

A pessoa com depressão pode sentir fobia social, isto é, medo ou receio de socializar-se com outras.

        Vem sendo observado que as principais consequências da depressão do viés sociológico tem sido os casos de suicídio e incapacidade para o trabalho. O ser social se sente incapaz para o trabalho e acaba entrando de licença para tratamento de saúde, se tornando um encargo para a previdência social, que hoje é um problema econômico e social.
Fatores econômicos como desemprego e mudanças brusca nos padrões econômicos de dada sociedade também contribuem para os casos de depressão e suicídio.

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Proposta de redação

Tema: depressão e suicídio na sociedade brasileira

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Depressão e suicídio na população brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
Para o Dia Mundial da Saúde de 2017, lembrado em 7 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início a uma campanha sobre depressão, transtorno que pode afetar pessoas de qualquer idade em qualquer etapa da vida.
Com o lema “Let’s talk” (“Vamos conversar”, em português), a iniciativa reforça que existem formas de prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a graves consequências.
[…]
A depressão é um transtorno mental frequente. Globalmente, estima-se que 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno.
Depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma muito importante para a carga global de doenças. Mais mulheres são afetadas pela depressão que homens. Existem vários tratamentos eficazes para a doença.
A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma séria condição de saúde.
Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio.
Texto II
A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes a 2015. Em 10 anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%. A prevalência do transtorno na população mundial é de 4,4%.
Já no Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema, que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo os dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.
[…]
Em 2015, 788 mil pessoas morreram por suicídio. Isso representou quase 1,5% de todas as mortes no mundo, figurando entre as 20 maiores causas de morte em 2015. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a segunda maior causa de morte em 2015.
Texto III
Segundo a coordenadora da Comissão de Combate ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, Alexandrina Meleiro, 98% [das pessoas que cometem suicídio] tinham transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, dependência de drogas.
Dificuldades como as que vêm com a velhice, crises financeiras, solidão, fim de relacionamentos amorosos são considerados fatores de risco para o suicídio, já que funcionam como gatilho para desencadear crises dos transtornos. “Mas isso não quer dizer que quem tem transtorno vai se matar. Essa é uma condição necessária para o suicídio, mas não suficiente”, ressaltou Alexandrina. Para a especialista, de cada dez suicídios, nove poderiam ter sido evitados com diagnóstico e tratamento corretos dos transtornos. “A maioria das pessoas, cerca de 70% delas, dá algum tipo de sinal [de que pensa em tirar a própria vida], mas muitas vezes os sinais são banalizados.
Frases como: ‘a vida não vale mais a pena’; ‘melhor morrer’; ‘queria desaparecer’ são sinais de alerta. Esse alerta é um pedido de ajuda comum, pois todo suicida tem uma ambivalência: ele quer morrer porque quer fugir dos problemas, mas também quer ajuda”, explicou a psiquiatra.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, a maior parte das pessoas que pensa em cometer suicídio enfrenta uma doença mental que altera, de forma radical, a percepção da realidade e interfere no livre arbítrio. O tratamento da doença é a melhor forma de prevenir.
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