quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

O vício em games



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Jogar games é algo cada vez mais em alta e até virou profissão desejada por muitos —devido ao sucesso dos esportes. Mas, recentemente também virou doença. Pois é, este ano, a OMS (Organização Mundial de Saúde) referendou que "vício em games" entrará na sua classificação internacional de doenças, como um transtorno mental, a partir de 1º de janeiro de 2022.

A decisão ligou um sinal de alerta para familiares (e médicos) de jovens e adultos que estão o tempo todo com o "controle na mão". Mas o que define que uma pessoa é realmente viciada em games? E como considerar isso uma doença pode ajudar ou atrapalhar esse indivíduo? O Viva Bem ouviu especialistas para ajudar você a entender melhor a questão.





Link do texto “Pesquisas mostram o lado bom dos Games”: 

Link do texto “Videogame prejudica relacionamentos sociais de jovens, diz pesquisa”:

Roteiro de Leitura e Discussão: 

1. Qual é o assunto apresentado no texto?
2. O que os videogames podem causar na vida do jovem? Por quê?
3. Os videogames só têm o aspecto negativo ou lado ruim? Por quê?
4. De acordo com o texto “Pesquisas mostram o lado bom dos Games”, quais são as repercussões positivas promovidas pelos jogos de videogame nas crianças e jovens?
6. Ainda de acordo com o mesmo texto, por que os videogames auxiliam no estudo de instrumentos musicais?
7. De acordo com o texto “Videogame prejudica relacionamentos sociais de jovens, diz pesquisa”, qual a influência que o videogame tem na vida dos jovens?
8. Ainda de acordo com o mesmo texto, o uso de videogames na vida de jovens adultos está ligado a qual comportamento? Por quê?


Com base nos textos motivadores e no seu conhecimento, produza um texto dissertativo-argumentativo tendo como tema: Adolescentes e o vício em games. 

Texto I

“Pode haver problemas por trás dos olhares fixos da garotada que dedica tempo e energia demais aos videogames. Uma pesquisa feita na Ásia com 3.000 crianças em idade escolar indicou que uma em cada dez era ‘viciada’ em games.
Segundo os pesquisadores, apesar de as crianças já apresentarem problemas comportamentais, o uso excessivo de videogames aparentemente agravou os distúrbios. De acordo com Douglas Gentile, diretor do laboratório de pesquisa de mídia da Universidade do Estado de Iowa, ‘quando as crianças se viciam, depressão, ansiedade e fobias sociais se agravam. Quando elas conseguem superar o vício, esses problemas melhoram.’

Ele diz que nem os pais nem os serviços de saúde estão prestando atenção suficiente nos efeitos dos videogames sobre a saúde mental das crianças.

– Tendemos a abordá-los como entretenimento, como apenas um jogo, e a esquecer que o entretenimento também nos afeta. De fato, se não nos afeta, o definimos como ‘entediante’.

No levantamento, as crianças disseram que jogavam videogame, em média, por 20 horas por semana. Entre 9% e 12% dos meninos foram considerados como viciados pela pesquisa, contra 3% a 5% no caso das meninas. […]”

Fonte:http://noticias.r7.com/saude/noticias/estudo-liga-uso-de-games-a-depressao-ansiedade-e-problemas-de-relacionamento-20110117.html

Texto II

“Pela primeira vez, vício em games é considerado distúrbio mental pela OMS

Comportamento viciado em videogame, sem controle de frequência e intensidade, pode representar um problema de saúde mental.

O vício em jogos de videogame passou a ser considerado pela primeira vez um distúrbio mental pela Organização Mundial da Saúde.

A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o nome de “distúrbio de games”. O documento descreve o problema como padrão de comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva “a preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida. […]”

Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/pela-primeira-vez-vicio-em-games-e-considerado-disturbio-mental-pela-oms.ghtml

Texto III

Fonte: http://www.aascj.org.br/home/2012/07/o-bom-senso-materno-e-paterno-no-controle-dos-jogos-de-internet-utilizados-pelos-filhos/

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

As consequências do consumismo infantil


Resultado de imagem para brincando de carrinhoCada vez mais percebemos que as crianças estão sendo bombardeadas por mensagens que estimulam o consumo. Televisão, internet, autdoores, revistas, panfletos, embalagens coloridas e vitrines fascinantes. Esses são alguns dos veículos usados para assediar os pequeninos que mal sabem o que querem.

A indústria do marketing descobriu que o mercado infantil e fatura muito, vendendo de alimentos a brinquedos. Além disso, as crianças também influenciam nas compras de seus pais tais como carro, casa e etc. Segundo pesquisas, bastam 30 segundos para uma marca influenciar uma criança. Inclusive, até os cinco anos de idade, a criança não tem discernimento para saber o que é uma propaganda. Para ela, o comercial e o programa na TV são a mesma coisa.

Percebe-se, também, que em muitos casos os pais que não conseguem dedicar tempsuficiente aos filhos e se sentem culpados compensando, assim, a sua ausência com presentes e mimos aos pequenos. Para completar, percebe-se que as crianças estão subvertendo os valores. Sob o argumento do filho, de não querer ser ”diferente” dos colegas da escola, os pais cedem aos apelos insistentes. Com isso não formam vínculos afetivos na vida sendo que lidar com a frustração faz parte do desenvolvimento.

As consequências da invasão consumista em nossas casas e nas crianças são características tais como apatia, passividade, individualismo, distanciamento nas relações familiares. As escolas se dedicam a projetos de preservação da natureza e de práticas não consumistas, mas as criança não sabem o que é a natureza em sua originalidade porque passam a maior parte do seu tempo na frente da TV ou computador.

Para estimular o consumo consciente, deixe claro que possuir determinado produto implica avaliar o quanto aquilo é necessário naquele momento. Ensine ao seu filho que para comprar qualquer coisa ele terá de abrir mão de outras. Assim, a criança aprende a ter senso crítico e a priorizar. Além disso, antes de os pais saírem para as lojas, devem fazer acordos com as crianças sobre o que podem ou não comprar.

Dentro de casa é importante não ter aparelhos de TV ou computador no quarto das crianças e limitar o número de horas na internet, jogos e telinha. É importante que a família tenha o hábito de fazer atividades junto com os filhos que não envolvam a mídia tais como ler, jogar, cozinhar ou tocar um instrumento musical. Para finalizar, é fundamental dialogar com as crianças sobre o real sentido das celebrações e o objetivo comercial da publicidade no período de datas especiais



Enquanto assistem o filme mantenham registros para a análise dos seguintes tópicos:

• Relação publicidade X obesidade Infantil 
• Relação publicidade X público alvo 
• Relação publicidade X pais

Questões para Debate:

1) O nível de instrução de pais ou crianças pode afetar a aceitação/permissão da publicidade infantil?

2) A criança está intelectualmente preparada para ‘filtrar’ a publicidade infantil? Então por que as mensagens se destinam a ela?

3) O vídeo mostra uma posição clara acerca do problema?

4) Quais os hábitos que estão sendo criados a partir das propagandas televisivas?

5) Quais as relações que se pode estabelecer entre os personagens da TV e os ‘sonhos’ das crianças?

6) Pode-se perceber claramente a falta de consumo consciente por conta de crianças?

  ATIVIDADE PROPOSTA:

SEMINÁRIO


Os alunos serão divididos em 09 grupos. Cada grupo escolherá um dos temas e fará a explanação para a turma. Clique na imagem para ter acesso aos textos, faça a leitura do tema escolhido e boa leitura.
  • Consumismo na contra mão da sustentabilidade;
  • Em números;
  • Um problema de todos;
  • Valorizar a linguagem da criança é também educá-la para a cidadania;
  • Como você pode falar com as crianças sobre o consumo;

       ATIVIDADE EXTRA:
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Realizar entrevista:

a) Você tem ou já teve algum “sonho de consumo” (desejo de consumir algum produto ou serviço)? Qual?

b) O que você acha que o influenciou para ter vontade de comprar o produto ou serviço que representa esse sonho de consumo?

c) Alguma propaganda já influenciou para que você desejasse adquirir algum produto? Descreva a propaganda.

Relacionar o trabalho com o vídeo apresentado na aula, a partir das seguintes perguntas:

-As respostas que encontraram nos questionários são de acordo com o que vocês viram no vídeo? Por quê?

-O que vocês encontraram em comum entre as respostas dos alunos e o vídeo assistido?

-Houve diferença entre o que foi analisado nas respostas dos alunos e as ideias transmitidas a partir do vídeo? Em qual sentido?


Você pensa antes de comprar? Faz compra quando se sente triste? Compra sempre o que estava precisando, sem exageros? Responda as perguntas e conte o resultado para a gente! 

1 - Compro rápido sem pensar duas vezes. 
A – Com certeza sim 
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não 

2 - Uma das razões para eu comprar é me sentir pressionado pelo vendedor, ou pela situação. 
A – Com certeza sim 
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não 

3 - Avalio os produtos disponíveis e escolho aquele que me serve melhor 
A – Com certeza sim 
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não 

4 - Compro exatamente o que estava precisando sem exageros
A – Com certeza sim 
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não  

5 - Faço compra quando me sinto triste, inseguro, ou sozinho e senti que precisava me distrair.
A – Com certeza sim 
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não 
6 - Depois que saio da loja, penso que não deveria ter comprado. 
A – Com certeza sim 
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não  

7- Depois que comprei vejo que realmente precisava das coisas que comprei e sei que serão úteis. A A – Com certeza sim
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não  

8 - Sei que o uso dessa compra me trará satisfação por bastante tempo. 
A – Com certeza sim 
B – Talvez sim 
C – Talvez não 
D – Com certeza não 

RESULTADO DO QUIZ 

QUESTÕES: 1,2 5,6 
A = 0 // B = 1 // C = 2 // D = 3 

QUESTÕES: 3,4,7,8 
A = 3 // B = 2 // C = 1 // D = 0

 0 – 8: você não conseguiu se controlar, foi uma Compra Compulsiva.
 9 – 16: o controle foi parcial, pode ter sido uma Compra Compulsiva. 
17 – 24: você se controlou a maior parte do tempo durante esta compra 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

O problema da maternidade precoce no Brasil

A gravidez na adolescência é considerada a que ocorre entre os 10 e 20 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Apontada como uma gestação de alto risco decorrente das preocupações que traz à mãe e ao recém nascido, a gravidez nesta faixa etária pode acarretar problemas sociais e biológicos.

O Brasil apresenta elevados índices de adolescentes grávidas. Porém, o Ministério da Saúde indica que houve uma redução de 17% no número de mães entre 10 e 19 anos, no período de 2004 a 2015.

Gravidez precoce





gravidez na adolescência
A gravidez na adolescência ocorre em um momento de intensas mudanças corporais

A adolescência é um período da vida rico em manifestações emocionais, caracterizadas por ambiguidade de papéis, mudança de valores e dificuldades face à procura de independência pela vida.
A gravidez na adolescência é muitas vezes encarada de forma negativa do ponto de vista emocional e financeiro das adolescentes e suas famílias, alterando drasticamente suas rotinas.
Veja alguns dados sobre a gravidez na adolescência no Brasil e ao redor do mundo:
  • 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano ao redor do mundo, das quais 2 milhões são menores de 15 anos;
  • no ano de 2010 um relatório divulgado por um órgão ligado à ONU indica que 12% das adolescentes entre 15 e 19 anos tinham pelo menos um filho;
  • o Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, sendo que cerca de 300 mil crianças nascem de mães nessa faixa etária;
  • em pesquisa realizada pela ONU, o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos.

Consequências e riscos



gravidez na adolescência - riscos
Gravidez na adolescência: riscos e consequências

A gravidez na adolescência pode trazer consequências emocionais, sociais e econômicas para a saúde da mãe e do filho.

A maioria das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos familiares.

Esse fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança.

Além disso, a ocorrência de mortes na infância é alta em filhos nascidos de mães adolescentes.

A situação socioeconômica, a falta de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna apropriada, à importância da amamentação e sobre a vacinação da criança.

Também é grande o número de adolescentes que se submetem a abortos inseguros, usando substâncias e remédios para abortar ou em clínicas clandestinas. Isso tem grandes riscos para a saúde da adolescente e até mesmo risco de vida, sendo uma das principais causas de morte materna.

Essas ações acarretam prejuízos às crianças, gerando um impacto na saúde pública, além da limitação no desenvolvimento pessoal, social e profissional da gestante.

Principais fatores

gravidez na adolescência
Há diversos fatores de natureza objetiva e subjetiva que levam à gravidez no início da vida reprodutiva, tais como:
  • Falta de conhecimento adequado dos métodos contraceptivos e como usá-los;
  • Dificuldade de acesso a esses métodos por parte do adolescente;
  • Dificuldade e vergonha das meninas em solicitar o uso do preservativo pelo parceiro;
  • Ingenuidade e submissão;
  • Violência;
  • Abandono;
  • Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro;
  • Forte desejo pela maternidade, com expectativa de mudança social e de obtenção de autonomia através da maternidade;
  • Meninas com início da vida sexual cada vez mais precoce.
O ambiente familiar também tem relação direta com o início da atividade sexual.
Experiências sexuais precoces são observadas em adolescentes em famílias onde os irmãos mais velhos já apresentam vida sexual ativa.
É comum encontrar adolescentes grávidas cujas mães também iniciaram a vida sexual precocemente ou engravidaram durante a sua adolescência.
Por outro lado, famílias onde existe o hábito da conversa e há orientação sobre a vida sexual, a situação pode ser diferente e a sexualidade melhor aproveitada pelos adolescentes no momento certo.

ATIVIDADE PROPOSTA

QUESTÕES PARA DEBATE
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1- O que precisa para diminuir a gravidez na adolescência?
2. Que tipo de ajuda a escola pode oferecer?
3.Como reverter esse grande número de jovens grávidas?
4. Esse número de jovens grávidas tem haver com estrutura familiar? explique.
5. Que tipo de prevenção pode-se fazer/usar?
6. De que forma a família pode intervir nessas situações?
7. Que tipo de ajuda essas jovens precisam durante a gestação?
8. É possível afirmar que, ultimamente a maioria das crianças são filhos(as) de jovens de 13 a 18 anos?
9. Qual possibilidade de aborto nessa faixa etária entre 12 a 16 anos ? 
10. Que tipo de apoio governo dá a essas jovens ?

     AVALIAÇÃO VIRTUAL
ATIVIDADE EXTRA

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A gravidez precoce em questão no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

fonte: https://www.todamateria.com.br/gravidez-na-adolescencia/
https://brainly.com.br/tarefa/11475567#readmore
https://www.infoescola.com/sexualidade/gravidez-na-adolescencia/exercicios/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gravidez-adolescencia.htm

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Alcoolismo: 10 perguntas e respostas sobre essa doença crônica

Resultado de imagem para alcoolismo- desenhoCombate à dependência de álcool pode ser feito com remédio; perceber os sintomas e saber ajudar colaboram para o enfrentamento

O alcoolismo é uma doença crônica ocasionada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Por causar dependência, a pessoa que sofre com esse problema deixa de se dedicar às suas atividades diárias para se voltar ao álcool em qualquer ocasião.

Para lembrar o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, celebrado em todo 18 de fevereiro, o E+ selecionou as dez principais perguntas feitas pelos internautas sobre alcoolismo.

As respostas foram dadas pela enfermeira Vivian Toscano da Silva, supervisora técnica de saúde no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III, no Jardim Ângela. Administrado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), o local oferece, entre outros atendimentos, assistência aos familiares de usuários de drogas e álcool com orientação especializada.

Confira a seguir dez perguntas e respostas sobre alcoolismo:

Resultado de imagem para alcoolismo- desenhoO que é alcoolismo?

Alcoolismo não é o termo mais adequado que se usa, porque carrega uma questão mais negativa, a sociedade olha isso como prejudicial, então chamamos de dependência de álcool. A dependência de álcool é quando a pessoa que faz uso frequente de álcool começa a diminuir as ações diárias dela. Por exemplo: antes trabalhava e começa a faltar, estudava, mas abandona o estudo, começa a ter conflitos na família e a não dar conta de tudo o que é do cotidiano.

Quais os sintomas do alcoolismo?

Socialmente, conflitos na família e problemas no trabalho. Outra coisa é quando a pessoa começa a restringir toda a atividade social em detrimento do uso de álcool, não vai mais a encontros, não participa de festas, só vai aos locais onde tem álcool. Fisicamente, ela pode sentir tremor de extremidades pela manhã, tontura e cãibra em qualquer região do corpo. Ela se sente muito mal quando está sem álcool e quando levanta pela manhã precisa da primeira dose, não por prazer, mas para diminuir o mal-estar. A pessoa pode ainda ter náusea, vômito e, em alguns casos, até crise convulsiva. Há sintomas afetivos também, como irritabilidade, ansiedade, fraqueza, depressão e de sensopercepção, como ilusões e alucinações.

Quais as consequências do alcoolismo?

No longo prazo, pode causar perda de memória, doenças hepáticas, cirrose e desnutrição, deficiência de vitaminas porque não se alimenta direito. Há complicações no pâncreas e alterações gastrointestinais. O álcool é um carboidrato e, dentro do organismo, vai reduzir a fome, e a pessoa vai cada vez mais beber do que se alimentar. Nos homens, pode causar impotência sexual.

Como é feito o tratamento para alcoolismo? Existe remédio?

Resultado de imagem para alcoolismo- desenhoExiste um medicamento que é o antietanol, o único que realmente combate o álcool. Mas os médicos dão esse medicamento apenas em alguns casos porque, com ele, o paciente bebe menos e pode passar muito mal, o que leva a um problema grave de saúde. O antietanol é prescrito quando o médico tem confiança de que o paciente não vai fazer uso de álcool junto, ele inclusive assina um termo em que sabe dos riscos de juntar os dois. Outros medicamentos vão tratar os sintomas, como ansiolíticos e antidepressivos. O diazepam, por exemplo, é usado apenas nos primeiros dias de tratamento, durante a desintoxicação, porque, dentro do organismo, ele compete com o álcool.


Alcoolismo tem cura? Ou a pessoa sempre corre o risco de ter uma recaída?

No alcoólicos anônimos, a gente usa uma frase que é: 'só por hoje'. Quando o paciente já tem o diagnóstico, ele tem uma mudança no cérebro chama neuroplasticidade. O cérebro já conheceu aquela substância e mesmo se depois de dez, 20 anos a pessoa tiver contato com álcool, o cérebro vai desencadear sintomas, chamados de tolerância. A pessoa não vai conseguir ficar só em uma dose e vai querer 'tirar o atraso'. Pensando nisso, a cura está em não beber. Hoje, a gente lida com redução de danos, e a medicação para reduzir o consumo é prescrita até a pessoa parar de beber. É diferente daquele que só abusa do álcool e não é dependente, consegue ficar uma semana sem beber.

Uma dose de bebida alcoólica por dia não indica dependência, mas há chances de se tornar. 
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Quem bebe cerveja todos os dias é alcoólatra?

Não necessariamente. Não podemos determinar só pela frequência e quantidade consumidas. O diagnóstica inclui parte do social também. Quanto mais o paciente não dá conta, não consegue trabalhar, tem a vida comprometida, mais tem inclinação para ser dependente. Mas há questionário em que se apresentar três de sete critérios já pode considerar dependente de álcool. Por outro lado, há chance de em uma dose de vinho ou de whisky por dia desenvolver dependência.

Como identificar um dependente de álcool?

Identifica-se pelos prejuízos sociais, principalmente, mas também pela pessoa que se separa da família, não aguenta mais, perdeu o emprego, largou o estudo. Um dos sintomas da dependência é o abandono progresso dos prazeres e dos interesses alternativos, ou seja, de tudo o que faz na vida. 

A própria pessoa consegue identificar que está se tornando dependente do álcool?

É muito difícil acontecer. A pessoa tem a ilusão de que vai parar quando quiser, mas, normalmente, não são todos os casos. Ela sofre uma pressão psicológica por parte das pessoas ao redor para parar de beber, mas essa percepção é subjetiva, que ela nega.

Resultado de imagem para alcoolismo- desenhoHá tipos de alcoólatras?

Temos casos leves, moderados e graves. Quem convulsiona é considerado o mais grave. Os outros dois são mais perceptíveis durante a entrevista. Aquele que percebe e ainda está no trabalho, tem problemas, mas está seguindo é leve. O moderado muitas vezes já perdeu o emprego e o grave, além de tudo isso, tem sintomas clínicos mais graves.

Como ajudar um dependente de álcool?

Tem de ser sutil, com alertas em forma de perguntas. Por exemplo: "Você já percebeu que perdeu o emprego por causa do álcool?". Tem de ser de forma respeitosa e menos invasiva, respeitando a pessoa no seu dia a dia, 'colocando a pulga atrás da orelha'. Quanto a tratamento, perguntar se ela já pensou em parar de beber, mostrar as consequência da bebida na vida dela. Tem de fluir com a pessoa, fazendo-a perceber os prejuízos de forma gradual. A intenção é fazer refletir. Quando a pessoa percebe e aceita que precisa de tratamento, tem de levá-la na hora [a um centro de ajuda], pois ela pode ter o sintoma da ambivalência, em que quer e ao mesmo tempo não quer parar de beber.

ATIVIDADES PROPOSTAS:

1º momento: Realize um esquema em forma de mapa conceitual sobre o texto:
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2º momento: Utilize o programa Cmap tools introduzindo o esquema montado na aula anterior.

ATIVIDADE EXTRA

A partir da leitura dos Textos Motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O abuso de álcool na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 

Teste de Conscientização do Nível de Alcoolismo

De acordo com o psicólogo Itamar Moreira, o hábito de beber pode ser dividido em 7 (sete) Níveis, a saber:
1 - Bebedor Social
2 - Bebedor Social Moderado
3 - Bebedor Social Excessivo
4 - Alcoólatra Social
5 - Alcoólatra Insocial
6 - Alcoólatra Insocial Crônico
7 - Alcoólatra Insocial Crônico-Grave

Faça o Teste e descubra em qual Nível de Alcoolismo você se enquadra. O Teste deve ser feito por quem ingere algum tipo de bebida alcoólica. Você poderá fazê-lo por outra pessoa: amigo(a), namorado(a) ou esposo(a).

Assinale, abaixo, os itens que você (ou a outra pessoa) se enquadra. Ao terminar, o resultado lhe será exibido, mostrando-lhe o Nível em que você (ou a outra pessoa) se enquadra. Em seguida poste seu resultado no fórum.