quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Os Limites do Humor

Resultado de imagem para Os limites do humorO humor é a arte da disposição cômica de uma pessoa. Mais do que um “estado de espírito”, ele é considerado um talento para muitos, no qual, marcado pela espontaneidade e graça, é reconhecido como a arte de fazer rir.

O humor é fundamental para o convívio social, quem não acha bom rir? Quem não tem aquele amigo que tem uma facilidade incrível para tornar tudo engraçado? E, mais ainda, quem não ama a pessoa que torna o trágico o mais cômico possível? O humor é um dom sim, e como dom, poucos sabem fazê-lo com excelência.

Com a vida cada vez mais conturbada e com as pessoas mais compromissadas e responsáveis, o humor passa a significar uma válvula de escape para a seriedade que nos é exigida diariamente. A novela por muitos anos foi considerada a maior fonte de entretenimento, tornou-se habitual chegar em casa no fim do dia e permitir-se levar para um mundo fantasioso, que nos apreendia e envolvia. Com os variados personagens inseridos na ficção, de uns tempos pra cá, aqueles comprometidos com o humor são os que mais fizeram sucesso. Esses personagens marcaram as novelas, roubando a cena até dos personagens principais e tornando-se tema das conversas dos espectadores, como o famoso Crô, de Fina Estampa – que de tamanho sucesso teve até um filme dedicado ao seu personagem – Valdirene, Márcia, Félix e o “Palhaço”, de Amor à Vida.

Com a democratização da web, a facilidade de acesso e o surgimento dos canais pagos, séries, programas e filmes voltaram-se para a comédia e tornaram-se os grandes sucessos das redes. O humor saiu do anonimato da internet para fazer parte das programações diárias dos canais de televisão, sendo suas maiores apostas para conquistar os públicos. Com o gênero emergente, os humoristas foram invadindo as telas e teatros, apresentando programas, recebendo papéis de destaques em novelas e mini séries e protagonizando espetáculos do mais novo estilo: comédia stand up. Nota-se pela fama das séries Friends, The Big Bang Theory e Two and a Half Men (ambos comprados para serem exibidos em um canal aberto brasileiro), Porta dos Fundos, CQC, Pânico, É tudo improviso.

Com a ascensão do fazer rir como a mais nova modalidade de entretenimento, os textos humorísticos passaram a ter maior visibilidade, novos profissionais surgiram e, como uma atividade que se apoia na liberdade de expressão e na premissa de que tudo é válido na arte de causar o riso escrachado, críticas e consequências surgiram, juntamente com a questão: Qual o limite do humor?

O humor é o espelho social mais fidedigno que existe. Ele apenas acompanha as tendências socioculturais e reflete os padrões, pensamentos, atitudes e preconceitos que as pessoas têm e, por muitas vezes, ocultam. Rafinha Bastos é um exemplo impossível de não ser mencionado. Humorista polêmico, já teve que responder por muitos processos judiciais em resposta a suas piadas de mau gosto e infelizes, mas o fato é: tornou-se famoso por que se todos acham um absurdo que ele fale que: estuprar uma mulher feia devia ser encarado como favor? Ou quando alegou que “comeria até o bebê dela”, referindo-se ao filho de Wanessa Camargo?

Fonte: Site Espaço Acadêmico
Claro que não concordo, claro que condeno e acho desprezível esse tipo de humor pesado e desrespeitoso. Aliás, todo o tipo de humor que invade, ofende, fere, difama, satiriza, constrange, violenta a dignidade alheia e ultrapassa os limites do outro indivíduo não é válido, não é engraçado e não pode servir para o entretenimento. O erro está em individualizar, em personificar o alvo da comédia, da piada. Quando se trata de um grupo, classe ou de uma instituição – claro que também sem caluniar e infringir os direitos – o humor é válido e atinge seus objetivos.
É válido rir, fazer graça, denunciar o que está de errado, criar situações irreverentes. Mas o humor mais fiel vale quando é livre de qualquer amarra e limitação. Mas se deve estar liberto de censura e conceito, ao mesmo tempo que tenha algum compromisso ético e justo, quem haverá de deter o poder de lhe ditar o rumo e a forma, com completa isenção e preparo? O meu limite não é o seu limite. Uma pessoa tem tolerâncias diferentes em cada situação e diferentes de outras pessoas. Nossas visões, reações e gostos se diferenciam, misturam, conflitam e divergem, pois somos todos únicos. O que me fere e causa repulsa numa piada social, pode ser natural e bem assimilado por outra pessoa, o que para muitos indigna, para outros grupos pode ser vital como prova de notoriedade e existência.
É esse contexto múltiplo de gostos e desgostos que possibilita tornar um Rafinha Bastos famoso com milhares de seguidores em suas redes sociais, amado e odiado simultaneamente, suscetível à polêmica e ao julgo de cada um.
O errado é quem cria um programa que insinua que a mulher faz tudo pela fama, até mesmo ficar rebolando de biquíni durante um programa todo ou o público que se deixa ser comprado por isso? Será que quem vende o que o espectador quer comprar pode ser criticado ou será tudo isso tão somente uma grande piada?

ATIVIDADE PROPOSTA









ATIVIDADE EXTRA

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Os limites entre humor e ofensa, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

“O humor está presente na civilização desde as sociedades mais primitivas – ele é uma capacidade que o ser humano tem de olhar a realidade e ressignificá-la, tornando-a algo engraçado e conferindo-lhe olhar crítico. No passado, ele era até uma forma de sobrevivência às adversidades e de união do grupo”, de acordo com o professor da Escola de Comunicações e Artes, Ricardo Alexino Ferreira.

Alexino conta que, a partir dos anos 40, os humoristas passaram a retratar frequentemente de forma pejorativa grupos minorizados da sociedade, como negros, mulheres, idosos e deficientes. Segundo ele, os comediantes consideraram esse humor fácil, pois muitas vezes se limitava a imitar essas pessoas. “Parte do humor se tornou sem repertório e um reforçador de estereótipos, uma caricatura do ‘outro’”, diz.

Daniel Nascimento, outro humorista da Cia. Barbixas de Humor, diz que para ele, na atualidade, existem três tipos de humor. O clown que ri de si mesmo e encontra saídas inusitadas para tomar atitudes, tendência que ele e os Barbixas seguem; o bufão, que gera o riso apontando para os outros, para o que acha errado ou ridículo, e consegue trazer isso para todos de forma engraçada; e o non sense. “Atacar alguém está longe de ser uma obrigação para quem faz humor. Porém nenhum desses estilos é menor que o outro. Os três têm funcionado mais ou menos dependendo do público e da época”, afirma o comediante.

Para Nascimento, o humor não deve ter limites. “Quem os determina é o humorista. Tem que saber equilibrar inteligência, criatividade e o seu tempo”, afirma. Sanna, diz que o humorista faz a piada, mas cabe ao público avaliá-la. “Se a piada não for boa, as pessoas não vão rir”.

Fonte: http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2011/10/quando-a-piada-perde-a-graca-e-vira-ofensa/

Texto 2

Até que ponto o humor pode ser protegido pela liberdade de expressão?

Ainda que a Constituição proteja amplamente a manifestação do pensamento, a criação e a expressão, não parece razoável que, sob o véu da liberdade de expressão, seja possível propagar discursos que, de alguma forma, incentivem o ódio e a violência contra uma pessoa, grupo ou instituição. O direito fundamental à liberdade de expressão deve ser protegido na exata medida que outros direitos fundamentais, como o direito de ser diferente (oriundo do direito à igualdade) e os direitos da personalidade, como a honra, a imagem e a intimidade. No caso concreto, deve o intérprete ponderar os direitos em conflito e, de forma fundamentada, determinar qual grupo de interesses deve prevalecer.

A liberdade de expressão é um princípio fundamental da democracia, mas precisa estar harmonizada com outros princípios da mesma grandeza. Não se pode, evidentemente, limitar de forma indevida a liberdade de expressão e a liberdade de fazer humor, sob pena de se silenciar discursos relevantes, como críticas sociais e políticas, mas também é inadmissível se admitir a expressão de discursos que incentivem o ódio e a discriminação de minorias.

Fonte: https://feed.itsrio.org/humor-e-liberdade-de-express%C3%A3o-vale-tudo-3f3e2177b0cc

Texto 3

Asset 1
Fonte: https://www.facebook.com/tirasarmandinho/

Os desafios da EJA para incluir quem a escola abandonou

Resultado de imagem para EJA- desenhoA Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode ser vista como o ápice do retrato das desigualdades sociais e econômicas do Brasil. Isto porque congrega em si duas faces: as fragilidades de uma escola excludente diante da diversidade e, no outro extremo, o direito de aprender independentemente da idade. Com isso, carrega também a responsabilidade de não excluir estas pessoas uma vez mais.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2017 deixam claro quem a escola abandonou: sete em cada dez brasileiros sem Ensino Fundamental completo têm renda familiar de até um salário mínimo. No Nordeste, 52,6% dos brasileiros sequer concluíram o Fundamental, enquanto no Sudeste, 51,1% têm pelo menos o Ensino Médio. As pessoas brancas têm 2 anos a mais de escolarização em relação às pretas e pardas e mais chances de chegar ao nível superior: 22,2% contra 8,8%.

As desigualdades também envolvem as questões de gênero e identidade. A proporção de mulheres jovens que não estudaram por conta da responsabilidade exclusiva de desempenhar os afazeres domésticos ou cuidar de pessoas é 32,6 vezes superior à dos homens envolvidos nessas atividades. Além disso, no Brasil, a evasão escolar de pessoas trans chega a 82%.

“A EJA não é só um problema educacional, mas político e social”, resume Sonia Couto, coordenadora do Centro de Referência Paulo Freire, do instituto homônimo. “Para resolver um lado, tem que resolver os outros.”

Não é isso, contudo, que se vê na prática. A especialista explica que os alunos evadem ou migram para a EJA em razão das falhas presentes no Ensino Fundamental e Médio. O Estado, por sua vez, não assume sua responsabilidade de resolver as questões que levam ao abandono escolar, culpando estudantes e professores pelo fracasso escolar e fazendo com que a EJA tenha mais um caráter assistencialista do que de direito, como assegurado pela Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Maria Margarida Machado, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), concorda: “Usam a modalidade para transferir a responsabilidade, encobrindo a obrigação do Estado de garantir que esses adolescentes possam concluir a Educação Básica no tempo adequado.”

Com a crise econômica e os recentes cortes de investimento na Educação Básica, exacerbados na Emenda Constitucional 95, que limitou o teto de investimentos em Educação e Saúde por 20 anos, o cenário não é promissor.

Um levantamento de fevereiro de 2018 do Banco Mundial indica que jovens de 15 a 25 anos vivendo em lares afetados por quedas nos rendimentos têm 2,3% mais chances de abandonar os estudos.

“Há uma precarização total da educação. Agora, com os investimentos limitados, tende-se a baixar ainda mais a qualidade na Educação Básica e produzir cada vez mais alunos da EJA, analfabetos e analfabetos funcionais”, explica Sonia.

Migração para a EJA: causas e consequências

Resultado de imagem para EJA- desenhoNo Brasil, 30% dos alunos da EJA têm entre 15 e 19 anos, segundo o Censo Escolar de 2017. A presença de adolescentes neste espaço se dá porque muitos precisam trabalhar no período diurno, mas não querem abandonar os estudos. Também por causa da distorção idade-série resultante de uma cultura de fracasso escolar ou por serem induzidos a se preparar para o ENCCEJA e obter um certificado mais rapidamente.

Maria Margarida Machado explica que essa migração traz prejuízos, sobretudo, para os adolescentes, porque a EJA persiste em um modelo compensatório, com tempo e conteúdos reduzidos, mais distante de uma formação integral e emancipatória.

“A escola deve preparar os alunos para lidar com o mundo de hoje e para entender a si e aos outros enquanto seres humanos que vivem coletivamente, capazes de alterar o meio. Não é um certificado que garante isso”, diz a professora.

Para ela, a exclusão da EJA do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) colabora para a marginalização desta modalidade de ensino. “Se o SAEB existe para melhorar a qualidade da Educação Básica, ao retirar a EJA da avaliação, encobre-se a qualidade do sistema inteiro, inclusive, porque é do interesse de muitas escolas que os alunos migrem para a EJA para, com isso, elevar sua nota nas avaliações”, diz.

Políticas públicas e financiamento da EJA

A maior parte do dinheiro destinado à EJA vem do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, mas o repasse que a modalidade obtém é inferior às demais etapas. “Desde a implantação do Fundo, a matrícula na EJA tem o menor valor. Se um aluno do Fundamental vale entre 1 ou 1,2, o da EJA vale 0,8”, explica Maria Margarida.

Sonia Couto reforça que não há incentivos para que estados e municípios ofertem a EJA, delegando a obrigatoriedade para a sociedade civil. Os cursos de licenciatura e pedagogia tampouco oferecem uma formação de professores para a modalidade de maneira adequada.

“A EJA precisa ser vista como política pública, e não como programa ou caridade. Mas não é isso que acontece. No Plano Nacional de Educação (PNE), por exemplo, as quatro metas mais próximas de atender a modalidade se encontram em posições praticamente impossíveis de serem alcançadas”, lamenta.

Para Maria Margarida, esse conjunto de negligências mostra que não entendem o significado da modalidade. “Sem ofertar uma educação de qualidade, pensada para o aluno e suas vivências, com professores bem formados, as pessoas não vão voltar. E se voltarem, é provável que não permaneçam”, alerta.

O retorno à escola

Resultado de imagem para O retorno à escola adulto - desenhoSe parte do entrave da EJA está em garantir que estas pessoas tenham condições de dedicar tempo para os estudos, outra vem da dificuldade de ressignificar a escola. “Quando nossos alunos de EJA chegam aqui, temos que trabalhar com a autoestima deles, porque se sentem fracassados e incapazes. A escola não pode perder de vista todos esses sentimentos e a bagagem de vida que estes alunos trazem, porque tudo isso interfere na aprendizagem”, afirma Eva Chow, coordenadora de projetos do Centro Paula Souza.

Sonia Couto pontua, ainda, que é preciso fazê-los entender que foi a escola que fracassou, não eles, e que o ambiente onde estão agora é diferente daquele onde se sentiram humilhados ou jamais acessaram.

“Temos que mostrar que são pessoas de muita coragem para voltar e enfrentar esse desafio, ou para os que nunca estiveram em uma escola, que são capazes de aprender. Mais do que isso, que eles já têm muito conhecimento acumulado por meio de experiências ao longo da vida e que esses saberes são tão importantes quanto os curriculares. Depois de entender isso, eles deslancham”, diz Sonia Couto.

Foi assim para Ademildo Teixeira. A última vez que ele pisou em uma sala de aula foi aos 14 e só retornou 43 anos depois, aos 57, graças ao apoio que teve das filhas, ambas professoras, para que voltasse a estudar.

“Tive que sair da escola para sustentar a minha família”, conta. Assim como ele, a maioria dos que deixaram a escola, 41% segundo a PNAD de 2017, o fizeram porque precisavam trabalhar.

O que o atraiu de volta foi seu amor pelas palavras e a vontade de publicar um livro de poesias, bem como uma maior estabilidade financeira. Ao final deste ano, Ademildo concluirá o Ensino Médio na EJA do Instituto Federal de Goiás (IFG) e prestará vestibular para o curso de Letras.

Eva Chow explica que na EJA é fundamental trabalhar levando em consideração a história de vida dos alunos, respaldadas por muito diálogo e autonomia. “Temos que trabalhar com projetos, autoavaliação, trabalhos em grupo, porque provas não fazem muito sentido. Além disso, muitos vêm com trauma da avaliação, porque era o momento em que repetiam de ano”, lembra Eva.

Dona Eda Luiz, gestora do Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (CIEJA) Campo Limpo, em São Paulo, deixa sua recomendação, fruto de mais de 20 anos de experiência ensinando e aprendendo com jovens e adultos excluídos da escola.

“Essas pessoas buscam a escola para pertencer a um mundo que cobra muito, mas não oferece oportunidades iguais. Então a escola tem que oferecer isso, além de respeito, escuta atenta, reconhecimento de diferentes culturas, protagonismo, aprendizagem significativa, e construção coletiva dos conhecimentos”, diz.

ENTREVISTA

Resultado de imagem para alguem com microfone- desenhoRealize uma entrevista informal com um colega que queira falar de sua trajetória de vida. Esta entrevista pode ser gravada ou transcrita.

1- Por qual motivo você precisou parar de estudar?
2- Quantos anos ficou fora da escola?
3- Ao longo de sua vida, você se sentiu discriminado por não ter concluído os estudos?
4- Qual o motivo que te fez retornar a escola?
5- Você acha que seus conhecimentos já adquiridos foram uteis e respeitados em sala de aula?
6- Quais as dificuldades encontradas em sala de aula?
7- Já pensou em desistir, em parar? Por que?
8- Quais as dificuldades para se manter em sala de aula?
9- Quais são seus sonhos ou expectativas a partir dos aprendizados na EJA?
10- Qual mensagem você deixaria para as pessoas que sonham vencer na vida da mesma forma que você?

ATIVIDADE AVALIATIVA


ATIVIDADE PROPOSTA

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios da modalidade de ensino EJA: Educação de Jovens e Adultos”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

O que é o EJA?

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade criada em pelo Governo Federal destinada a quem não teve acesso à educação na escola convencional. Especialmente voltada a adultos, permite que o aluno retome os estudos e os conclua em menos tempo, possibilitando sua qualificação para conseguir melhores posições no mercado de trabalho. Anteriormente, o EJA era conhecido como supletivo. Sua criação teve como objetivo principal a democratização do ensino no Brasil. Hoje, o EJA tem duas modalidades, a presencial e à distância. Mas, dentro de cada uma, é dividido em etapas, a partir do momento em que abrange desde o ensino fundamental até o médio. EJA Ensino Fundamental: jovens a partir de 15 anos que não conseguiram completar o Ensino Fundamental, isto é, a etapa entre 1º e 9° anos. Nesta etapa, são inseridos no processo de ensino-aprendizado e, nisso, imergem em novas formas de aprender e pensar. Tempo médio de conclusão: dois anos. EJA Ensino Médio: direcionado a alunos maiores de 18 anos que desejam retomar os estudos a partir do Ensino Médio. Completando a Educação Básica, prepara os estudantes para o ingresso em universidades, incluindo vestibular e Enem. Tempo médio de conclusão: 18 meses. Voltando às modalidades, o EJA permite que o aluno estude de forma presencial ou à distância. Na primeira, precisa ir até à escola onde o curso é ministrado para frequentar as aulas, normalmente, no período noturno. A segunda é mais flexível e, por ela, o curso é feito pela internet ou com livros e apostilas fornecidos pela instituição.


TEXTO II 

Na última década, o Brasil viu o número de escolas de educação básica aumentar 12%, de 255.445 para 286.014. No mesmo período, porém, o número dessas escolas que oferecem o ensino de jovens e adultos (EJA) do ensino fundamental recuou 34%, segundo um levantamento feito pelo G1 na série “Adultos sem diploma”.

Em 2009, 37.334 escolas tinham turmas do EJA fundamental. Já no ano passado, essa oferta só existia em 24.658 escolas, segundo os dados do Censo que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou no mês passado.

Especialistas ouvidos pelo G1 explicam que a queda na oferta não está apenas relacionada ao aumento da escolarização dos adultos, que provocaria menor demanda. Apesar dos avanços, eles estimam que o número de brasileiros sem diploma varia entre 30 e 40 milhões. O país tem hoje 3,5 milhões de alunos matriculados no EJA, sendo que 59% deles estão no nível fundamental.


TEXTO III

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Educação à Distancia no Brasil

Você já ouviu falar em cursos por correspondência? Esse formato pode ser considerado como o pioneiro do EAD no Brasil. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada sugere que até mesmo antes de 1900 já existiam propagandas de cursos profissionalizantes por correspondência no Rio de Janeiro. Esse formato de ensino teve um grande avanço a partir dos anos 40, com a popularização do rádio. Gestores de cursos por correspondência chegavam a receber mais de dez mil cartas por mês na década de 80!
(Propaganda de curso por correspondência na década de 1940)

Com o avanço da tecnologia e, especialmente, da internet, o ensino a distância mudou – e muito – de cara. Com a facilidade da troca de informações, é claro que os cursos por correspondência perderam espaço e relevância, mas isso só deu espaço para novos formatos e novas ideias para se construir o EAD no Brasil.

Hoje, é possível afirmar com tranquilidade que o EAD no Brasil não para de crescer e a expectativa é que cresça cada vez mais. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sagah, as projeções apontam que em 2023, mais alunos estarão matriculados em um curso EAD do que um curso presencial. Hoje, o ensino superior a distância no Brasil já chega a 26% do número total de alunos.

Já parou para pensar porque estamos vivendo esse movimento no ensino a distância brasileiro e quais são os fatores que influenciam esse crescimento tão acelerado? Pois é exatamente sobre isso que vamos falar nesse artigo. Um panorama geral do EAD no Brasil e, claro, qual será o futuro dessa modalidade de ensino. Vamos lá?

O que é o EAD?

A tão falada sigla EAD vem do termo ‘ensino a distância’ e, basicamente, é exatamente o que o nome sugere. Em vez de estar presente fisicamente em uma sala de aula tradicional, o estudante do EAD tem a oportunidade de assistir às aulas remotamente, de casa, do trabalho ou em qualquer outro lugar! Basta estar na frente do computador, ou, hoje em dia, até mesmo com um smartphone ou tablet (com os acessíveis apps).

Assim, as aulas são assistidas por meio da internet e, mesmo não havendo comunicação “cara-a-cara” entre aluno e professor, existem diversas ferramentas online que facilitam e mediam a interação entre eles.

Nesse aspecto, acredita-se que o EAD é uma excelente ferramenta em busca da democratização do ensino, já que é mais flexível e, em geral, muito mais econômica que o ensino tradicional presencial.
Quem estuda na modalidade EAD?

Já pensou na rotina tão cheia que vivemos hoje? Muitas vezes as pessoas estão procurando um meio de se capacitar e melhorar seu posicionamento no mercado de trabalho, mas com o tempo tão corrido não é fácil estar presente em uma instituição de ensino. E para além do tempo, a economia também é um enorme fator. Muita gente sonha em ter um ensino superior ou fazer um curso profissionalizante mas não possuem recursos financeiros para arcar com esse ensino. Pense só, para além das mensalidades, ainda é possível incluir gastos com transporte, alimentação, materiais e muito mais. Se, em geral, o ensino a distância já é bem mais econômico que o presencial, remover esses pequenos gastos se traduz em muito mais economia ao final do mês.

Então, o público de um curso EAD é bastante diverso, mas, no geral, são pessoas que buscam se capacitar e aprender coisas novas em uma modalidade de ensino inovadora, econômica e que investe em comodidade e flexibilidade!

Segundo dados do CENSO EAD, realizado em 2016, a maior parte dos estudantes abrange as faixas etárias entre 26 e 30 anos e entre 31 e 40 anos.

Para os cursos totalmente a distância, 37% dos alunos têm entre 31 e 40 anos, para os semipresenciais, esse número é de 16%. Esses dados mostram que, em geral, alunos de EAD são um pouco mais velhos que alunos de cursos presenciais.

Quais fatores impulsionaram o EAD no Brasil?

Se voltarmos a pensar no surgimento do EAD no Brasil, fica claro que a tecnologia e o avanço das telecomunicações foram peças-chave para a mudança e adaptação do ensino a distância no país. Com cada nova tecnologia e cada nova mídia que surge, existem mais formas de alcançar um número ainda maior de pessoas. Mas isso não é tudo!

No Brasil, hoje, o ensino a distância está passando por um grande momento. Cada vez mais instituições estão investindo nessa estratégia e, não só os gigantes do ensino já entenderam o potencial do EAD, mas o pequeno produtor de conteúdo individual também descobriu que pode ganhar dinheiro criando seus próprios cursos. Hoje, o ensino superior a distância já alcança mais de 1 milhão de alunos. Para você entender a grandiosidade desse número, é só pensar que, em 2005, o número de alunos matriculados em EAD era cerca de 100 mil. Ou seja, em pouco mais de 10 anos, esse número cresceu 1000%.

Por que estamos vendo esse movimento tão claro?

Alguns fatores podem ser considerados os principais na expansão do EAD no Brasil. Expansão e facilidade do acesso a internet

Você já parou para pensar no número de pessoas que possuem acesso a internet hoje? Segundo dados do IBGE, mais da metade dos brasileiros já acessam a rede. Segundo o instituto, 116 milhões de pessoas estão conectadas, e isso representa pouco mais de 64% de toda a população do país.

Além disso, podemos também citar a facilidade de acesso em diversas plataformas. São inúmeros os aparelhos que possuem algum tipo de acesso a internet hoje em dia. Utilizar Smartphones, tablets, computadores e até mesmo os aparelhos de televisão para acessar a internet já faz parte do dia a dia de centenas de milhares de brasileiros.

Menos desconfiança

O senso comum, por muitas vezes, defendia que um diploma ou certificado de um curso a distância vale menos do que um curso presencial, mas isso não é verdade. Se você concluir um curso de graduação na modalidade a distância, o diploma, além de não vir discriminado em qual modalidade de ensino você estudou, é validado pelo MEC e, portanto, tem o mesmo valor que um curso tradicional.

Quando mais informação disponível, menos desconfiança em relação a isso. Esse tipo de confiança representa, também, um grande fator que está ajudando a expansão do EAD no Brasil.

Fator econômico

Sempre muito falado, o fator econômico é também decisivo para o crescimento do ensino a distância no Brasil. Em geral, a mensalidade de um curso de graduação a distância pode ser até 60% mais econômica que o mesmo curso presencial. E, se o diploma vale o mesmo, mas o EAD é menos da metade do preço, é claro que mais e mais pessoas estão procurando estudar a distância, certo?

Além desse enorme desconto, pense em todos os outros gastos que estão envolvidos na educação presencial. Combustível, passagens, alimentação, estacionamento, materiais escolares em geral. Tudo isso entra na conta!

É por isso que tanta gente defende que o EAD é uma peça-chave para democratizar a educação no Brasil. Afinal, são cursos de graduação, especialização, capacitação, pós graduação e até mesmo cursos livres a preços muito mais acessíveis!
Flexibilidade e comodidade

Já ouviu a expressão “tempo é dinheiro”? Se pensarmos dessa forma, então o EAD ajuda a economizar ainda mais!

A rotina é corrida para praticamente todo mundo hoje, certo? Especialmente em cidades grandes, nas quais temos que lidar não só com a distância, mas o trânsito na hora de se deslocar de uma parte para a outra. Imagine então a oportunidade de estudar diretamente de casa, no seu tempo livre. Isso é um outro fator importantíssimo que ajudou a impulsionar o EAD no Brasil. Além de poder estudar de casa ou qualquer outro lugar que o aluno preferir, ele ainda pode ditar seu próprio ritmo, da forma que contribuir melhor para o seu aprendizado. No EAD, o controle é do aluno.

Como surgiu

Lembra dos tais cursos por correspondência que falamos sobre lá em cima? Pois é, acredita-se que eles deram início ao EAD no Brasil. Acredite, existiam propagandas de cursos profissionalizantes por correspondência antes mesmo do final do século XIX. Porém, na medida em que a telecomunicação foi avançando, esse cenário começou a mudar e se expandir.

Das mídias tradicionais, o rádio foi o primeiro a surgir e dar uma nova cara a educação a distância. As primeiras rádios do Brasil já possuíam programas de caráter educativo que eram transmitidos para o país inteiro. Depois do rádio, foi a vez da televisão impactar o EAD no Brasil. Um dos maiores e mais importantes programas educativos da televisão foi o Telecurso, da Rede Globo. Com certeza você já ouviu falar nele! O Telecurso, programa recorrente nas manhãs por anos e anos, teve sua última edição inédita há 10 anos, em 2008.

Depois da TV veio a internet revolucionar completamente a forma que se ensina e aprende a distância. E como essa tecnologia não para de se atualizar, a cada dia que passa novas ferramentas surgem para melhorar ainda mais a experiência dos alunos e, claro, democratizar a educação. 
Aluno no controle!

Uma das vantagens mais expressivas do ensino a distância é o fato do aluno ser o protagonista em seu próprio aprendizado!

Na educação tradicional, existe um padrão muito rígido no qual todos os alunos são enquadrados, mesmo com suas características e necessidades bem distintas. No Ensino a Distância, porém, o aluno tem maior controle de quando, onde e como assistir às aulas, dando as pausas que quiser, buscando outras fontes de informação e, claro, com muito aporte de tecnologia constantemente.

ATIVIDADE PROPOSTA 1

Resultado de imagem para QUIZ

ATIVIDADE PROPOSTA 2

Responda as questões abaixo:

1. Quão tranquila é a atmosfera em casa enquanto se aprende?

2. Você está satisfeito com a tecnologia e o software que você utiliza para o aprendizado online?

3. Qual a importância da comunicação presencial para você enquanto está aprendendo à distância

4. Com que frequência você conversa com seus colegas de classe?

5- Que conselho você daria aos professores para melhorar o engajamento dos alunos?
 
ATIVIDADE AVALIATIVA 1
 

HORA DA REVISÃO


ATIVIDADE AVALIATIVA 2






















I- Acesse o link e realize a leitura do texto para que possa compreender o assunto e então criar a linha do tempo.    
A evolução da educação a distância no Brasil

II- Acesse o site abaixo para saber como criar uma linha do tempo no power point.
https://www.youtube.com/watch?v=Oo7DOlADwPw

III- Você pode utilizar um infográfico para  criar uma linha do tempo utilizando ainda o power Point. 

Proposta de Redação
Resultado de imagem para escrevendo- desenhoA partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Perspectivas e desafios da educação à distância no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Educação a distância se consolida no Brasil

De cursos técnicos aos de formação, há opções em diversas áreas para quem deseja adquirir conhecimento.

Estudar a distância é uma alternativa mais do que viável para quem pensa em investir nos estudos ou na profissão. Tanto é que cerca de 7 milhões de brasileiros estavam matriculados em alguma modalidade EAD em 2017, segundo o último censo divulgado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). Entre os fatores que levaram os alunos a optarem por essa modalidade de ensino estão a flexibilidade do tempo dedicado ao aprendizado, a não necessidade de locomoção até o ambiente escolar e os valores mais acessíveis das mensalidades. O censo ainda revelou o perfil de quem procura estudar a distância: as mulheres compõem mais da metade dos registros tanto em instituições públicas quanto privadas, com faixa etária entre 26 e 40 anos e que voltaram a estudar depois de adultas ou trabalham para poder pagar pelo ensino.

O Senac vem acompanhando a evolução da educação a distância desde os anos 40. Na época, a instituição oferecia cursos através da Universidade do Ar, uma ação pioneira que levava conhecimento profissional a locais distantes por meio de programas de rádio. Atualmente, são mais de 200 opções em cursos a distância, de técnicos a extensões universitárias, que proporcionam ao aluno uma trajetória de formação dentro da própria instituição. A coordenadora do Senac EAD SC, Soeli Wolff Martinelli, destaca que os modelos de aprendizagem utilizados têm como foco o aluno que não tem tempo a perder e geralmente estuda de maneira isolada. “Trabalhamos com tecnologias como videoaulas e outros objetos de aprendizagem, com linguagem acessível e conteúdo que atenda a necessidade do aluno”, explica.

Capacitação rápida

Além dos cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, a rede Senac de educação à distância também disponibiliza aos interessados os chamados cursos livres, que possuem carga horária reduzida e são de capacitação rápida. O Senac SC participa da rede nacional de EAD e produz num estúdio próprio em São José esses cursos de formação inicial e continuada, disponíveis no portal da rede (ead.senac.br). O conteúdo é desenvolvido por profissionais com experiência no mercado e que levam ao aluno situações de aprendizado e vivências diárias. Dos 174 cursos oferecidos, as áreas relacionadas à gestão, idiomas e comunicação são as mais procuradas. Nos 4 primeiros meses do ano, 9 mil pessoas já se matricularam em algum curso para o aprendizado a distância.

Disciplina acima de tudo

Quem pretende iniciar os estudos a distância precisa saber que é necessário manter a organização e, acima de tudo, ser disciplinado. A assistente de vendas Cleusa Nascimento fez o seu primeiro curso a distância em 2013 e não parou mais. Ela destaca a facilidade na hora de estudar como um dos benefícios dessa formação. “A gente consegue administrar o nosso tempo. São quinze, vinte minutos para dar uma lida no material ou fazer os exercícios”, comenta. Para quem acha que a modalidade EAD é mais fácil do que a presencial, a pedagoga Daiane Candido observa que ‘o aluno a distância precisa entender que a tecnologia veio para desburocratizar o processo de aprendizagem, mas ainda assim haverá o contato com o professor, colegas e monitoria. Ele tem as suas obrigações e precisa apresentar resultados’, finaliza.
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Oferta e procura por faculdades à distância aumentam no país

Número de matrículas na graduação a distância chega a quase 2 milhões, o que representa 21% do total do ensino superior do país. Especialistas questionam a qualidade desse tipo de ensino.

Dos 8 milhões de alunos que estão na faculdade no Brasil, quase 20% fazem o curso à distância, modalidade de ensino que é alvo de grande procura e também de críticas. Bruna Moura gosta de administração, mas parou de ir à faculdade. Agora estuda onde der, à distância, e só aponta vantagens: “não tinha aquela loucura de pegar ônibus, de sair do trabalho e tudo mais, e o valor”. A mensalidade caiu de R$ 580 para R$ 150 reais. Mas Bruna alerta: no começo, foi difícil: “não consegui pegar aquela matéria, vou retornar tudo de novo. Vou voltar até consumir todo o conteúdo”.

No Brasil, o número de matrículas na graduação à distância, o chamado EAD, chega a quase 2 milhões, o que representa 21% do total do ensino superior do país. A estrutura é de uma emissora de TV completa. Inclusive o professor agora está gravando uma aula e os técnicos de áudio e vídeo estão acompanhando a gravação. Em um outro estúdio vai começar daqui a pouco uma aula de literatura, ao vivo, para o curso de letras. Uma transmissão como essa pode chegar a até 250 mil alunos, ao mesmo tempo, que é o número de estudantes matriculados no ensino a distância dessa universidade.

Algumas aulas e todas as provas do EAD são presenciais, em polos, que são bases avançadas espalhadas pelo Brasil. Nos últimos quatro anos, o número de polos cresceu de quase 5 mil para mais de 15 mil.

“É tanto a questão do governo incentivar as universidades para que possam abrir mais cursos online pelo Brasil todo, assim como a própria população mais alinhada com esse modelo de educação”, comenta Fernando Di Genio, diretor da Unip. Mas especialistas questionam a qualidade desse tipo de ensino, em que a interação entre aluno e professor raramente acontece. “Essas novas tecnologias estão aí, mas elas tem que ser colocadas a favor da boa formação de todos os profissionais. Não podem se transformar em fábricas de diploma” destaca César Callegari, pres. Inst. Bras. Sociologia Aplicada.

Segundo o Censo da Educação Superior, 60% dos alunos de pedagogia estão nessa modalidade. Em matemática e história, o número chega a 40%. “Estamos formando profissionais deficitários na sua formação que terão repercussão grande na qualidade do ensino quando eles se transformarem em professores”, diz César Callegari, pres. Inst. Bras. Sociologia Aplicada.

Uma das entidades que representam as faculdades particulares reconhece que o ensino à distância no Brasil cresceu muito rapidamente e que o modelo precisa ser aperfeiçoado. “Nós temos que quer que olhar, pensar num modelo e não é porque tem esse baixo custo que tem que ser de má qualidade. Nós temos que encontrar um equilíbrio e obviamente melhorar os resultados das avaliações”, comenta Fábio Reis, dir. inovação Semesp. Jeniffer também acha que o EAD tem que melhorar. Ela trabalha 12 horas por dia como esteticista e resolveu fazer educação física à distância. Quer montar uma clínica de pilates, mas tem aulas práticas apenas uma vez por mês. “Eu acredito que deveria ter mais aulas presenciais porque é muito importante, ainda mais nessa área de educação física que tem a ver com o corpo humano”, comenta Jeniffer de Souza, estudante.