quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O Carnaval no Brasil e suas Diferenças

  1. O carnaval ou “os carnavais”?
Resultado de imagem para PIERRO- DESENHOSO carnaval é uma construção social, é próprio à cultura. Cada cultura não tem o carnaval. E quando duas culturas tem o costume fazer o carnaval, este evento não vai ser, necessariamente, da mesma forma. Por exemplo, na França existe o carnaval. Porém, não se pode comparar com o carnaval do Brasil. Primeiro, na França, o carnaval é principalmente para as crianças. Quase não existem adultos ou jovens fantasiados por aqui. E o carnaval acontece um dia na semana, no turno da tarde.
Também, dentro do Brasil, o carnaval é diferente em função da cidade. Por exemplo, o carnaval do Rio de Janeiro não acontece da mesma maneira que em Salvador.
  1. O carnaval, o povo misturado?
Percebi que geralmente, no Brasil, os mais ricos fazem festas de um lado e os mais pobres de outro. Estes dois mundos não querem muito se compartilhar. Como falei neste outro artigo, segundo o que penso, existem dois tipos de Brasil. Porém, durante o carnaval, todo mundo sai às ruas. Durante o carnaval, parece que existe somente um Brasil. Podemos falar do carnaval como um evento onde existe um único povo misturado? Aonde as desigualdades estão afastadas ao menos durante um momento?
  1. O Sambódromo do Rio de Janeiro, um espaço elitista?
Neste ambiente, vejo que as desigualdades não se afastam totalmente. Por exemplo, o carnaval, incrível, no Sambódromo, fica reservado, somente, para uma pequena parte da população. Quem são os indivíduos que podem assistir a este “show”, são as pessoas que tem bastante dinheiro. Então, durante o carnaval, existe um meio de não se confrontar com o povo.
  1. Uma política do pão e circo?
Em 2016, cada escola de samba do grupo especial do Rio de Janeiro recebeu do município o valor de R$ 2 Milhões de reais. Sendo tão grande e importante, o carnaval precisa de muito dinheiro. Por isso, vale lembrar que muitos municípios brasileiros, menores que o Rio de Janeiro, já decidiram que não terão Carnaval, e suas prefeituras passarão as verbas destinadas ao Carnaval para a educação ou à saúde de sua população.
  1. A maior manifestação da cultura do Brasil?
São muitos os que acham que SIM é a resposta para a pergunta feita acima. Você também? O carnaval demonstra traços do povo brasileiro: alegre, sorridente, festeiro. O carnaval brasileiro é famoso no mundo inteiro, é uma referência em termo de carnaval. Durante alguns dias, as Mídias mundiais repercutem o que ocorre no país, mostram a alegria que está acontecendo no Brasil. Podemos falar sim, da maior manifestação da cultura do Brasil.
  1. Então isso significa que no carnaval só não vai quem já morreu?
Famosa frase presente no refrão do samba-enredo de 1994 da Mangueira “Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu”, pode ser aqui, generalizada.
No Brasil quem não gosta de carnaval é, muitas vezes, visto como um estranho. Howard S. Becker falaria do indivíduo que não gosta do carnaval como um “outsider”.
É um momento esperado por muitos, e é sim uma época de alegria, existindo inclusive aquela idéia de que tudo pode, pois é carnaval. Parece que as normas sociais estão diferentes durante o carnaval. Por exemplo, em tempo de carnaval você faria as mesmas coisas que no tempo fora do carnaval?
  1. A beleza do carnaval
O carnaval acaba escondendo muita coisa. De um lado, muitos problemas sociais por trás dos sorrisos e músicas envolventes. Porém, de outro, muitas pessoas de outros países vêem para acompanhar, conhecer. Isso acaba trazendo recursos para o país. Tanto para os cofres públicos, quanto para o “tiozinho” que vende latão de cerveja na praia. Outra coisa boa do carnaval, e que não pode ser esquecida, é a alegria dos brasileiros, alegria esta que seria algo bastante positivo se fosse preservada não só no carnaval, mas em todo o ano.
Então, o carnaval tem pontos positivos e negativos. Você é livre para ter a sua própria opinião. Não estamos aqui para falar que o carnaval é uma coisa boa ou ruim. Estamos aqui para falar do carnaval como uma realidade social.
Assim a frase da roteirista Adriana Falcão “alegria é um bloco de carnaval que não liga se não é fevereiro…”, faria ainda mais sentido.
 Enfim, uma coisa certa é que desejamos para você um feliz carnaval!

ATIVIDADE  PROPOSTA

Resultado de imagem para PIERRO- DESENHOSO carnaval como símbolo da nacionalidade brasileira no século XXI
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema:  O carnaval como símbolo da nacionalidade brasileira no século XXI Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos.
Por volta de meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizada, principalmente após uma campanha contra a manifestação popular veiculada pela imprensa. Enquanto o entrudo era reprimido nas ruas, a elite do Império criava os bailes de carnaval em clubes e teatros. No entrudo, não havia músicas, ao contrário dos bailes da capital imperial, onde eram tocadas principalmente as polcas.
As marchinhas de carnaval surgiram também no século XIX, cujo nome originário mais conhecido é o de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música OAbre-alas. O samba somente surgiria por volta da década de 1910, com a músicaPelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se ao longo do tempo o legítimo representante musical do carnaval.
Na Bahia, os primeiros afoxés surgiram na virada do século XIX para o XX, com o objetivo de relembrar as tradições culturais africanas.
O carnaval, além de ser uma tradição cultural brasileira, passou a ser um lucrativo negócio do ramo turístico e do entretenimento. Milhões de turistas dirigem-se ao país na época de realização dessa festa, e bilhões de reais são movimentados na produção e consumo dessa mercadoria cultural.

TEXTO II

O que o Brasil fez pelo carnaval foi dar brilho, lantejoulas, penas de faisão, baterias, alegorias e pouca roupa, mas engana-se quem considera o evento como a maior festa popular do mundo. Não, não é não. O carnaval está cada vez mais aristocrático. Vendas de abadas caríssimos, camarotes caros egarantia de bons negócios. Ao povo, que não pode gastar fortunas, e é a grande maioria, resta mesmo ficar do lado da corda destinado à pipoca.
De democrático isso não tem nada, porque os próprios trios elétricos não estão ali pura e simplesmente para divertir a massa, mas porque são financiados pela mesma. Recebem quantias exorbitantes das prefeituras, numa espécie de apadrinhamento político, e, no entanto, o pão não é garantia na mesa do povo que leva uma vida miserável.

TEXTO III

TEXTO IV

Na cultura brasileira o carnaval é muito mais do que um simples festejo, ou um feriado, constitui uma das peças que compõem a identidade brasileira, sendo esta entendida como tudo aquilo que nos diferencia dos estrangeiros. A necessidade de estabelecer uma identidade é inerente ao ser humano, um mecanismo de auto-afirmação que é contraditório, já que é composto mutuamente pela diferença e pela semelhança, somos diferentes dos outros (estrangeiros), mas somos iguais aos que compõem a ‘nossa comunidade’ (em termos de nação: brasileiros). É através da diferença com relação ao outro que a idéia de unidade da nação se constrói.
fonte: http://www.sociologia.com.br/o-carnaval-no-brasil/
https://www.imaginie.com.br/temas/o-carnaval-como-simbolo-da-nacionalidade-brasileira-no-seculo-xxi/

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes

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Acesse o link e realize a leitura para realizar a atividade


Cartilha informativa sobre abuso sexual contra a criança e o adolescente. de Aline Kelly

MATERIAL COMPLEMENTAR
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ATIVIDADE EXTRA


SEMINÁRIO


O aluno realizará a leitura individualmente. Faça a leitura do tema escolhido. Em seguida faça a explanação para a turma. 

ATIVIDADE PROPOSTA 


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Confeccione um fôlder explicativo sobre o estupro contendo os seguintes tópicos:
  1. Abuso e exploração sexual 
  2. Estupro na legislação brasileira 
  3. Prevenção e Orientação a vítima de Estupro 
  4. Atendimento médico às vítimas de violência sexual 

Caso tenha dúvidas como confeccionar um fôlder acesse o site abaixo:
















fonte: http://www.sociologia.com.br/o-estupro/

O que é a sociologia?


Resultado de imagem para sociologia desenhoO que é a sociologia?

Você já se perguntou o que é realmente a sociologia? Em geral, as pessoas têm uma ideia bastante geral sobre esta pergunta. Porém, concretamente, explicar o que é, aparenta ser mais complicado do que parece ser. Vamos esclarecer esta pergunta aqui, e depois deste artigo e do vídeo inserido nele, você irá saber exatamente, de forma clara e simples, o que é a sociologia.

1. Quem criou a palavra “sociologia”?

A palavra “sociologia” foi criada por Auguste Comte, um filósofo francês. Ele criou a palavra “sociologia”, “socio” do latim “sociedade” e “logia” do grego, ciência. Então, a primeira ideia da sociologia foi criar a “ciência da sociedade”.

2. O que estuda a sociologia?

Agora sobre o que a sociologia estuda… Estuda os fatos sociais, ou seja, os fenômenos, os comportamentos, as representações ideológicas, religiosas, as maneiras de pensar, de atuar, de sentir, etc. dos indivíduos numa sociedade. Trata das relações, das ações e das representações sociais produzidas pelos grupos sociais. Podemos distinguir dois campos diferentes de estudo na sociologia que permitem conhecer mais o funcionamento da sociedade: A sociologia que trata do funcionamento real das instituições e a sociologia que trata das relações entre os indivíduos e as instituições.

3. A que se interessa a sociologia?

Se interessa principalmente pelas relações entre os indivíduos que pertencem à mesma sociedade. Para dizer de maneira mais simples, o que ocorre na sociedade pode ser tratado na sociologia. Existem diversos campos a serem tratados na Sociologia. Podemos falar das desigualdades na escola, do stress no trabalho, da violência urbana, etc. Por isso, existem diferentes categorias de áreas, como a sociologia da educação, a sociologia urbana, a sociologia da saúde, a sociologia econômica, a sociologia jurídica, a sociologia financeira, a sociologia do trabalho, a sociologia da família, etc. Por exemplo, a sociologia pode tratar da delinquência, da exclusão social, da organização do trabalho, da homossexualidade, da família, etc. Ela tenta procurar como as sociedades funcionam e se transformam para controlá-la e modificá-la. Por isso, a sociologia procura também as dificuldades de funcionamento.

4. Se eu tenho minha própria opinião sobre um fenômeno social, sou um sociólogo?

O problema da sociologia é que cada pessoa tem a sua própria opinião sobre os fenômenos sociais, sobre a sociedade. Porém, a diferença com o sociólogo é que ele é um cientista, então, tem de demonstrar de maneira científica os fatos reais, e não só o que ele pensa.

Na verdade, podemos enquadrá-la como uma ciência humana e social. A sociologia não é uma ideologia, não é uma literatura mas é uma ciência. O sociólogo vai se aproximar da realidade social. Quando vai dar o seu ponto de vista, ele vai pesquisar e verificar os fatos antes de falar. Como disse Peter Berger, “O sociólogo estuda grupos, instituições, atividades que os jornais falam todos os dias. A sedução da sociologia provem de ela nos fazer ver sob uma outra luz o mundo da vida cotidiana no qual todos vivemos”.

5. O que faz o sociólogo?

O sociólogo sempre tenta compreender os mecanismos das atividades humanas, as relações entre os indivíduos ou os grupos sociais. Para compreender a sociedade, na maioria do tempo, o sociólogo faz estudos de campos para fazer observações, perguntas… em função da sua metodologia que ele mesmo escolheu.

6. O sociólogo faz um trabalho social?

O sociólogo não faz um trabalho social. Na verdade, o trabalhador social procura soluções para os problemas sociais. O sociólogo não tem esta finalidade. Porém, é verdade que o conhecimento do sociólogo pode ajudar. Mas, o sociólogo não existe para propor soluções, ele esta aqui para procurar, compreender, investigar e interpretar.

7. Qual é a diferença entre sociologia e psicologia?

A diferença é que a sociologia estuda grupos de indivíduos, enquanto a psicologia se interessa só a um único indivíduo. Então, a sociologia estuda a maneira que a sociedade se forma e se transforma. Para isso, a sociologia estuda as instituições, os grupos sociais e as interações entre os indivíduos. Na verdade, a sociologia estuda a vida social. Enquanto que a psicologia estuda só o comportamento, as ações e as crenças de um determinado indivíduo.

8. Onde pode trabalhar um sociólogo?

O sociólogo pode ser professor nos cursos do ensino Médio ou coordenar cursos no ensino superior em função do seu nível de ensino. Pode publicar seus resultados em revistas especializadas, colunas de jornais, sites, etc. Os mesmos podem trabalhar também, nas funções relativas à política local, regional e nacional, nos ministérios, nas instituições sindicais, associativas e patronais, nas gestões de empresas publicas, nas ONGs e nas empresas privadas, geralmente para trabalhar sobre projetos sociais. Pode exercer funções como assessoria e prestação de consultorias, mediação de conflitos, levantamento de dados para o diagnóstico e análise de programas de educação, trabalho, etc; elaboração e edição de textos para material didático na área da Sociologia.

9. Quais são as qualidades de um sociólogo?

O sociólogo precisa ter curiosidade para saber mais coisas sobre a sociedade e a respeito dos indivíduos que nela atuam. Além disso, deve ser objetivo para produzir um trabalho justo. Não deve escutar seus preconceitos. O sociólogo é rigoroso para verificar o que ele pensa. É também uma pessoa inovadora, que tenta se perguntar coisas que os outros não se perguntavam antes. Precisa desta capacidade de se colocar na situação de outras pessoas.

Também, é característica fundamental ao sociólogo gostar de ler, pois passa muito tempo em contato com os livros, sejam as atualidades ou as obras de outros sociólogos. E, com certeza, o sociólogo deve gostar de escrever para explicar o que ele estudou, para explicar os seus resultados.

10. Para que serve a sociologia?

A sociedade é cada vez mais complexa, então existem, cada vez mais, fenômenos sociais que não são tratados. Então, a sociologia é uma ciência sempre necessária para poder analisar os novos fenômenos sociais, para ajudar as instituições, os grupos, a conhecer melhor as desigualdades, a vida social, as normas, a cultura, as crenças, as representações, etc.

Nós, sociólogos, somos encarregados de fazer as perguntas-chaves a fim de tentar encontrar soluções para baixar os problemas sociais como a violência, a exclusão social, etc. Para melhorar o mundo, temos que lhe compreender. A sociologia está aqui também para isto. A um nível mais individual, a sociologia permite ter crenças e visões mais justas sobre o mundo, mais próximas da realidade social, porque são justificadas. A sociologia nos permite ter cuidado àquilo que podemos assistir na televisão, por exemplo, também permite ter um melhor conhecimento sobre si próprio. Por exemplo, com o estudo da sociedade, podemos compreender nossas crenças, comportamentos, escolhas e até mesmo razões de nossos comportamentos que costumamos ter, etc.

Assista o  vídeo abaixo intitulado “o que é Sociologia?”



ATIVIDADES PROPOSTAS:

1º momento: Realize um esquema em forma de mapa conceitual sobre o texto:
Resultado de imagem para MAPA CONCEITUAL- DEFINIÇÃO DE SOCIOLOGIA

2º momento: Utilize o programa Cmap tools introduzindo o esquema montado na aula anterior.

fonte: http://www.sociologia.com.br/o-que-e-a-sociologia-em-10-pontos/

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A socialização e os agentes de socialização

Estamos ainda em tempo de férias de natal e do primeiro dia do ano. O que você fez para celebrar isto? Você esteve com a família e depois com os seus amigos? Na sociologia, a família e os amigos se chamam “instâncias de socialização”. Vamos falar sobre isto depois.

Na França, a maioria das pessoas passam o natal com a família e o fim do ano com os amigos. A diferença principal é que, aqui, estamos no inverno. Hoje, faz 0 grau em Paris. E outra diferença, no natal nos vestimos como se fôssemos a um casamento. Então, se vestir bem é uma norma social na França relacionada ao natal. Além disso, para o natal, nós comemos sempre uma sobremesa que se chama “une buche”. Coloco aqui a minha sobremesa deste natal para que você possa imaginar melhor. O fato de comer no natal uma “buche”, isso se chama na sociologia uma prática social. As práticas sociais são as maneiras de fazer, os comportamentos concretos dos atores sociais.

Buche

Então, para falar de sociologia, vamos relacionar estes dois eventos (natal e o 31 de dezembro) com um tema de sociologia que é a socialização e sobre as instâncias de socialização. Este tema é muito importante na sociologia, ja falei disso em numerosos artígos, então é importante falar deste tema com mais calma.

Primeiro, como sempre… As definições.

Existem varias definições da “socialização”. Porém, em geral, a socialização é um processo que continua toda a vida, onde o indivíduo integra elementos socio-culturais da sua cultura. É um proceso que permite à sociedade integrar indivíduos como um ser social transmitindo valores.


Os comportamentos dos indivíduos não são naturais, são culturais. Na verdade, são o resultado da integração dos valores, das normas sociais e dos papéis sociais. A socialização começa na infância, esta etapa se chama “socialização primária”, e continua por toda a vida. Durante a socialização primária, a família, a escola e os amigos têm um papel particularmente importante. O sociólogo e psicólogo George H. Mead explica que os meninos se identificam com as pessoas que estão ao seu redor: pais, amigos e também os personagens da televisão, etc. Segundo ele, os meninos vão reproduzir os comportamentos destas pessoas que são valorizadas por ele.

Além disso, se um menino não respeita as normas sociais, os pais ou o professor vão lhe dizer que não está bem comportar-se assim. Então, quando o menino não respeita a norma, uma sanção negativa vai aparecer. Assim, em geral, o menino, vai ter mais vontade de ficar dentro da norma social para não receber muitas sanções negativas. A socialização consolida a probabilidade de ter um comportamento considerado como normal. Porém, é verdade que, às vezes, a escola e a família não respeitam os mesmos valores. O indivíduo tem a sensação de ser livre do seu comportamento, porém, na verdade, é so o resultado da sua socialização. Cada cultura compartilha um patrimônio cultural que permite interações sociais. Por exemplo, na França, para nos cumprimentarmos, damos dois beijos nos amigos. Todos os franceses sabem disso graças à socialização.

A socialização secundária é posterior à socialização primária, existe quando você chega à idade adulta. Aqui, a socialização integra o indivíduo em novos contextos (no trabalho, por exemplo). O indivíduo vai aprender novos papéis.

Existem 3 tipos de mecanismos de socialização:

A socialização por aprendizagem: O individuo se socializa quando ele aprende os valores, as normas sociais. Por exemplo, o professor diz explicitamente o que ele tem de fazer e não fazer.

A socialização por imitação: O individuo reproduz os comportamento que ele pode ver.

– A socialização por identificação: O indivíduo vai se identificar com outras pessoas (pais, etc.)

Agora, falamos dos agentes de socialização. A socialização permite a relação entre o indivíduo e um grupo social que mistura normas e valores. Estes grupos são os agentes de socialização. Há vários: podem ser a família, a escola, as associações, as empresas, etc.

Para a socialização primária, a família tem o papel mais importante. Os pais transmitem ao filho a língua, os valores gerais, as normas, a maneira de se comportar, os costumes, a cultura, etc. Depois, a escola permite transmitir a cultura do país. As associações permitem completar a socialização e o papel dos pais. Também, as mídias (televisão, rádio, internet) são um agente de socialização. Por exemplo, um adolescente pode se identificar com um personagem de uma telenovela. Além disso, os amigos têm um papel também importante. Os grupos de amigos compartilham valores e normais sociais, como a maneira de falar e as práticas culturais, por exemplo.

Para a socialização secundária, os indivíduos que trabalham com você são os seus agentes de socialização. Segundo Peter Berger e Thomas Luckman, a socialização secundária é a socialização que quer interiorizar os valores e as normas próprias a um grupo profissional. Aqui, o indivíduo vai aprender os valores da empresa. A família tem um novo papel na socialização. Por exemplo, o marido é um novo agente de socialização. Podemos citar as associações como, também, agentes de socialização.

DINÂMICA

O viúvo: nessa atividade todos devem estar em pares.

Formado um grande circulo ,homens fora e mulheres dentro ajoelhadas ,um homem deverá ficar viúvo ( sem a companheira),ao sinal ele pisca para as umas das que estão ajoelhadas ,assim tentando roubar a mulher do outro parceiro ..do lado da frente..o parceiro ao perceber que ele piscou para sua mulher ele deverá toca-la antes que ela saia se conseguir toca –la continua casado e se não conseguir sua parceira vai com o outro colega.Assim com ele recomeçando toda a brincadeira.

ATIVIDADE AVALIATIVA


REVISÃO DO CONTEÚDO


ATIVIDADE PROPOSTA

1.O que você entende por socialização?

2.Explique qual é a importância da socialização para um indivíduo?

3.Explique como e quando ocorre o processo de socialização de um indivíduo? Esse processo é efêmero?

4.Explique baseando-se nas imagens abaixo como o processo de socialização se alterou ao longo do tempo.






5. Ouça a música Problema Social do cantor Seu Jorge:

Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
Nem o bom menino que vendeu limão e
Trabalhou na feira pra comprar seu pão

Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que nem conhecia a famosa funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém

Seria eu um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social
e eu pudesse eu não seria um problema social



Após ouvir a canção responda:

a.Questões sociais como as retratadas na canção acima, influencia no comportamento dos indivíduos?

b.Explique a distância social existente entre a burguesia e a personagem da canção?

fonte: http://www.sociologia.com.br/a-socializacao-e-os-agentes-de-socializacao/
https://www.acessaber.com.br/wp-content/uploads/2017/10/socia-respo.pdf

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

O sentido da selfie

Resultado de imagem para selfie- desenhosFaz muito tempo que queria escrever sobre esse assunto, porque nunca entendi muito bem o sentido sociológico de tirar uma (ou várias) selfie(s).

A prática de tirar selfie é mais frequente no Brasil do que na França. Existem várias formas de tirar selfie: sozinho, de casal, grupo de amigos, etc.

Na França, o gênero feminino tira selfie com mais frequência, comparado ao gênero masculino que é mais discreto em relação a esta prática. Falo de “gênero” porque estamos falando de uma prática cultural e não natural.

No Rio de Janeiro, é impressionante o número de pessoas tirando selfies. Então, pensei, “Por quê?”. Por exemplo, tenho um amigo carioca que posta em sua rede social uma selfie por semana. Também, me perguntei o porquê?.

Quando trabalhei na casa da França (espaço reservado aos atletas franceses durante as olimpíadas do Rio de Janeiro) era proibida a entrada de alguns objetos por motivo de segurança, e o objeto que mais encontrei foi o pau de selfie.
E você? Já se perguntou: “Por que eu tiro minha própria foto e posto no Facebook e no Instagram? Por que meus amigos têm o costume de fazer isso? Qual é o sentido desta prática social? ” 
Lançou um livro na França, este ano, que respondeu a minha pergunta, e queria compartilhar isso com vocês. O livro foi escrito por Elsa Godart, doutora em filosofia e psicologia, intitulado de Je selfie donc je suis (Eu selfie então eu sou), e com certeza, este artigo será inspirado nesse livro.
Primeiro queria falar sobre a palavra “selfie”: O selfie é uma fotografia que um indivíduo tira de si mesmo (sozinho ou com outras pessoas).

Em 2002, durante um fórum australiano online, um jovem bêbado usou essa palavra e começou a ter sucesso nesse país. Depois disso, foi usado frequentemente nas Mídias no mundo inteiro em 2012, e atualmente temos  o Snapchat que é hoje um aplicativo especialmente para os selfies.

Estudando esse assunto, descobri que existiam vários tipos de selfies: couplie, foodfie, jobfie, helfie e etc. Esta prática social é uma construção social (depende de uma cultura, de uma época e etc.).
Agora, vamos falar sobre o sentido da selfie. Segundo Elsa Godart, existem duas explicações:
De um lado, o fato de tirar selfie permite de entrar em interação de maneira imediata com os indivíduos conectados para fazer uma autopromoção de si mesmo (selfbranding). Por exemplo, quando vou compartilhar uma selfie nas redes sociais online, vou mostrar o que eu quero representar de mim e não o que sou realmente.

A selfie é uma maneira de se vender, de se promover para ter mais poder social e adoração dos outros, por isso vou compartilhar somente as fotos de que eu gosto e não vou compartilhar uma foto na qual eu me acho feio.

Então, a selfie é uma maneira de se promover a fim de ser cada vez mais apreciado e ter popularidade. Kim Kardashian virou um fenômeno, tirando selfies todos os dias.
De outro lado, o fato de compartilhar uma foto onde você se acha um mínimo bonito faz com que você tenha mais confiança em você. Ver que o seu selfie tem “likes” (curtidas) no Facebook, ou comentários simpáticos dos seus amigos vai aumentar sua autoestima.

Até hoje, ainda não tem “dislike”, ou seja, é mais complicado criticar de maneira negativa. Enfim, podemos dizer que, a selfie é um meio para melhorar a autoestima, principalmente das pessoas que sentem uma falta de confiança em si mesmo.
Graças a esta autora, podemos entender melhor o sentido da selfie. Agora, sabendo disso, não sei se um indivíduo que tira selfie vai admitir o que ele procura tirando selfie.

ATIVIDADE PROPOSTA:


2- Crie uma linha do tempo no power point. Deixarei disponível os links para que possa assistir o tutorial de como criar a linha do tempo e o texto que irá utilizar para realizar a atividade:
Tutorial: https://www.youtube.com/watch?v=Oo7DOlADwPw
Resultado de imagem para linha do tempo


3- A partir da leitura dos Textos Motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Qual o real significado dos selfies na sociedade contemporânea?” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I

Na mitologia grega, Narciso, ou o autoadmirador, ficou conhecido pela sua beleza e também pela impossibilidade de se contemplar, pois segundo o mito, isso lhe renderia vida longa. Se ele estivesse vivo hoje, talvez o mito grego o levasse a morte instantânea. Isto porque, com a tecnologia, as pessoas buscaram outras formas de se autoadimirarem, sobretudo com a explosão das redes sociais. A moda agora é o selfie, palavra substantivada do Self “eu” em inglês, mais o sufixo ie, uma espécie de autorretrato feito com câmeras ou celulares. Tal prática, porém, denota a que ponto a superficialidade humana tem chegado, com pessoas extremamente preocupadas em sair bem na foto, enquanto outras questões humanas são esquecidas por essa sociedade cibernética e fotoshopada. 

http://serfelizeserlivre.blogspot.com.br/2014/04/selfie-e-o-narcisismo-moderno.html

Texto II

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http://3.bp.blogspot.com/-8eSiIzEkTc/U0H2dJX0FJI/AAAAAAAAGWE/G79B3QItt9I/s1600/old-skool-selfie.jpg

Texto III

Não vejo como negativas as estratégias de autopromoção, pois, embutido naquilo que parece ser mero exercício de vaidade, pode estar a consciência de que somos capazes de ter elevada autoestima e sentimento de pertencimento a um grupo que, por exemplo, curte nossas fotos nas redes sociais. Negativos são atos de vandalismo, negativo é o preconceito, a exclusão social. Deveríamos estar mais preocupados em não atacar o outro. Enquanto o mal da civilização for tirar fotos de nós mesmos e nos exibir, a humanidade estará a salvo.

Joana Cruso de Alencar, psicóloga

Texto IV


Não há gesto intelectualmente mais correto que criticar os selfies, como são conhecidos os autorretratos via smartphones que se popularizaram com a disseminação dos celulares com recursos avançados de captação de imagem. Hipsters* e acadêmicos se ocupam em associar as fotos em que modelo e fotógrafo se confundem com o fenômeno do narcisismo da era das celebridades. Os selfies são a abreviatura em inglês que surgiu do diminutivo de self-portrait. São os autorretratinhos e, por extensão, poderiam ser vertidos para o neologismo em português “autinhos” – ou, melhor ainda, “mesminhos”. Os selfies seriam uma chaga contemporânea, o sintoma da decadência dos valores da humildade e da decência.Seriam mesmo?O estigma aos selfies tornou-se uma caça às bruxas da egolatria. Mas essa nova cruzada parece mais ingênua e pervertida que a própria prática que as pessoas adotaram de tirar fotos de si próprias. Atire a primeira farpa quem nunca fez um selfie. Ou selfie do selfie, posando diante de um espelho para criar um abismo infinito.

*Hipster é uma palavra inglesa usada para descrever um grupo de pessoas com estilo próprio e que habitualmente inventa moda,determinando novas tendências alternativas.



fonte: http://www.sociologia.com.br/o-sentido-da-selfie/
http://linguagemeafins.blogspot.com.br/2011/09/autoretrato-genero-lirico-300911.html

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Dominação – Como ela é encarada pela Sociologia

Resultado de imagem para conceito de dominaçãoO conceito de dominação
Em sociologia, a dominação é uma situação que gera relações assimétricas de comando entre os indivíduos. Existem múltiplas dominações inscritas nas relações de poder. Quando falamos de “dominação” podemos pensar nas palavras de poder, autoridade, classes sociais, colonização, racismo, sexo e gênero, etc.
E você, a que você pensa quando digo esta palavra?
Diferentes famosos sociólogos falam deste conceito, como Karl Marx, Max Weber ou Pierre Bourdieu. Os três sociólogos têm visões muito diferentes relativas ao conceito de “dominação”. Karl Marx fala de dominação da burguesia sobre o proletariado. Max Weber apresenta três formas que explicam porque um indivíduo pode ser dominado. E, Pierre Bourdieu é o autor do conceito de dominação simbólica, explicaremos o que é, e o papel das mulheres como indivíduos dominados a seguir.
A dominação segundo os sociólogos
Resultado de imagem para karl marxKarl Marx falou da luta das classes entre a burguesia e o proletariado. Esta desigualdade entre as duas classes sociais se dividem em duas características principais. Primeiro, pela consciência de pertencer a esta classe (Karl Marx chama isso de “a classe como sendo a sua”). Segundo, pela posição social que ocupa o indivíduo. A burguesia explorou os proletariados, assim, se podia ver um tipo de dominação através de conflitos sociais. Porém, para lutar contra este poder da burguesia, os proletariados, em situação de pauperização, decidiram fazer uma revolta a fim de melhorar este contexto relativamente inaceitável segundo eles. Para Marx, o proletariado é uma classe revolucionária.
Resultado de imagem para Max Weber,Max Weber, apresenta a dominação como uma “sorte de encontrar pessoas determinadas e prontas para obedecer a uma ordem de conteúdos determinados”. Para que um individuo obedeça, a dominação tem que ser legitimada por uma crença social. Max Weber apresenta três tipos de dominações em função de diferentes legitimidades: a dominação carismática, a dominação legal racional e a dominação tradicional.
– A dominação carismática se explica pelas virtudes de um indivíduo. Se um indivíduo nos parece como um “herói”, vamos ter mais confiança nele, e ser mais facilmente dominados. Os homens políticos utilizam este carisma para ter um poder de convicção.
– A dominação legal racional depende da crença nas legalidades das regras. Os indivíduos pensam respeitar as leis, mas, na verdade, respeitam também o indivíduo que gera as leis.
– A dominação tradicional se explica pelo caráter sagrado da tradição. Por exemplo, a dominação do chefe de família na sociedade patriarcal é um exemplo de tipo de dominação tradicional.
Segundo Pierre Bourdieu, na sociedade, os indivíduos ocupam diferentes posições sociais no espaço social: existem dominantes e dominados. Pode ser que em um momento você seja dominante, e depois dominado. Assim você muda de “lado”. 
Resultado de imagem para Pierre BourdieuPierre Bourdieu fala de “dominação simbólica”.  A dominação simbólica é, por exemplo, o controle da língua. Um individuo que tem um capital cultural alto, faz um comentário legítimo  (um “bom” comentário) sobre uma exposição de pintura, por exemplo. É um meio para mostrar a sua dominação simbólica.
Também, Pierre Bourdieu fala das mulheres como indivíduos dominados. Este sociólogo escreveu um livro que se intitula “A dominação masculina”. Nesta obra, ele tenta explicar porque as mulheres são tão dominadas. Neste caso, Pierre Bourdieu explica que esta dominação é uma violência simbólica, tendo em vista que esta dominação é invisível. Segundo ele, a mulher incorporou as normas sociais relativas ao seu gênero desde a sua infância.

fonte: http://www.sociologia.com.br/dominacao-como-ela-e-encarada-pela-sociologia/

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