quarta-feira, 18 de março de 2015

Processos Sociais

Embora alguns autores valorizem a longa duração e outros não, todos concordam que os processos sociais são relacionados â mudanças e/ou transformações que ocorrem de forma contínua e que entre outras coisas, refletem determinados tipos de relações socais. Segundo Oliveira (2001) qualquer mudança proveniente dos contatos e da interação social entre os membros de uma sociedade constitui, um processo social.

Tipos de processo social

ASSOCIATIVOS (Cooperação, Acomodação e Assimilação)

Cooperação - É um tipo de processo social caracterizado pela atuação de um ou mais indivíduos atuam juntos visando uma finalidade comum. A cooperação pode ser ainda:
  • Direta ou temporária – quando as pessoas se unem para realizar uma atividade durante um período determinado. Exemplo : mutirões para a construção de casas populares.
  • Contínua ou Indireta - quando as pessoas unidas em atividades diferentes, sempre necessitam indiretamente umas das outras, por não serem auto-suficientes. Exemplo: o médico e o lavrador – o médico não pode viver sem o alimento produzido pelo lavrador, e este necessita do medico quando fica doente.
Acomodação-É um processo social com o objetivo de diminuir o conflito entre indivíduos ou grupos, reduzindo o mesmo e encontrando um novo modus vivendi. O modus vivendi é uma espécie de arranjo temporário, que possibilita a convivência entre elementos e grupos antagônicos. Segundo Oliveira (2201) A acomodação é o processo social em que o indivíduo ou o grupo se ajusta a uma situação de conflito, sem que ocorram transformações internas, trata-se, portanto, de uma solução superficial com alcance menor que a assimilação.A acomodação cooperação pode assumir diversas formas como:
  • Coerção- pautada na ameaça e uso da força do mais forte sobre o mais fraco.
  • Compromisso – Quando as partes envolvidas possuem poderes semelhantes e chegam a acomodação através de concessões mútuas.
  • Arbitragem – Acomodação obtida por meio de um terceiro.
  • Tolerância – caracteriza o grau mínimo de acomodação. Não podendo ser considerado uma solução para situações conflitivas.
  • Conciliação – envolve mudanças de sentimento com diminuição da hostilidade




Exemplos de acomodação. Imigrantes recém chegados, diplomacia, pactos pos- guerra, relação entre grupos religiosos, etc..
Yasser Arafat cumprimenta o primeiro ministro de Israel, Yatzhak Rabin




Assimilação – Bastante associado a ideia de integração sócio-cultural , esse tipo de processo social ocorre quando um indivíduo ou grupo aceita e adquire padrões culturais (costumes, tradição comportamento) de outro indivíduo ou grupo distinto. Segundo Oliveira(2001) trata-se de um processo de ajustamento, pelo qual os indivíduos ou grupos diferentes tornam-se semelhantes. Difere da acomodação, porque implica em transformações internas nos indivíduos ou grupo. Tais modificações envolvem mudanças na maneira de pensar, de sentir e agir.
Exemplo, índios catequizados
Padre Anchieta catequizando índias


DISSOCIATIVOS (Competição e Conflito)

  • Competição – Alguns sociólogos afirmam que a competição é a forma mais elementar e universal de interação, consistindo em uma luta disputa incessante por coisas concretas.Alguns acrescentam que trata-se de uma contenda contínua, inconsciente e impessoal.
Exemplo. Ações relacionadas a obtenção de êxito na vida econômica, na posição social, nos esportes, nas atividades profissionais.
competição de ciclismo



  • Conflito – Ocorre quando a competição assume características de elevada tensão social. No processo de conflito a luta torna-se pessoal e hostil, já que cada um dos envolvidos tem consciência de que para alcançar os próprios objetivos é necessário fazer com que o adversário não alcance o seu. O conflito é uma contenda de indivíduos ou grupos, em que cada qual dos contendores almeja uma solução que exclui a desejada pelo adversário.

ASSISTA AO VÍDEO: 


ATIVIDADES PROPOSTAS:


ATIVIDADE EXTRA

Após ler o texto realize a atividade abaixo. Para resolvê-la leia as orientações com atenção. Não esqueça de colocar seu nome completo na atividade. Ao terminar click em “Finish” (finalizar). Depois selecione “Enviar as minhas respostas ao professor” e mandar para o e-mail: angela.boscardin@gmail.com

Veja na foto abaixo como fazer:


FONTE: http://manguevirtual.blogspot.com.br/2010/09/processos-sociais_17.html

Agregados sociais


Os agregados sociais são um termo específico para designar um determinado grupo de pessoas com certas características dentro do tecido social. Este conceito em Sociologia, e até mesmo na Psicologia Social, é importante no estudo sobre os grupos sociais e como eles interagem na sociedade, impactando no processo social e nos acontecimentos da vida dos indivíduos.


Neste artigo, você irá compreender quais grupos de pessoas compõem os agregados sociais, os principais tipos, bem como suas características. Além disso, será apresentada a diferença deste conceito com relação aos grupos sociais, outro elemento bastante relevante dentro da Sociologia!

O que são agregados sociais?

Os agregados sociais são muito utilizados para se referir a uma “reunião de pessoas com fraco sentimento grupal e frouxamente aglomeradas”, conforme Pérsio Santos de Oliveira destaca no livro Introdução à Sociologia. Apesar desse vínculo frágil, tais indivíduos conseguem produzir uma comunicação entre si, ainda que mínima, bem como mantêm algumas relações sociais. Em geral, no entanto, esse processo se dá de maneira relativamente anônima.

A título de exemplo, uma série de desempregados em uma fila para conseguir um trabalho pode ser indicado como um grupo de agregados sociais que interagem minimamente entre si, de forma anônima. Em geral, esses indivíduos estão mais ligados a setores marginalizados da sociedade do que aqueles que estão integrados e conseguem ter participação mais relevante nos processos sociais.

De qualquer forma, a intensidade e a forma de interação dos agregados vai depender de como eles reagem aos estímulos recebidos, a possibilidade de conseguir intervir naquilo de seu interesse e com a razão para que eles se integrem enquanto agregados.

Tipos de agregados

São três os tipos de agregados sociais: a multidão, a massa e o público.
A multidão é um grupo de indivíduos que detém um motivo em comum entre si e estão dentro de um mesmo espaço físico. A multidão pode se criar de maneira espontânea, sem uma comunicação anterior dos envolvidos, e não tem necessariamente uma liderança ou uma hierarquia definida. Também, não existem organização ou regras pré-estabelecidas, cada pessoa conta com o seu julgamento íntimo na hora de tomar as suas decisões. Não são levados em conta nome ou posição social.
Um exemplo recente é quanto as Manifestações de Junho de 2013, que começaram em São Paulo, com alguns grupos específicos, protestando contra o aumento da tarifa de ônibus, mas que depois passaram a englobar outras cidades, ampliando as reivindicações, sem uma liderança clara e com vários grupos colocando os seus anseios nas ruas durante semanas. Posteriormente, alguns grupos tomaram a frente das ações e mudaram um pouco a configuração do movimento.
Por sua vez, massa é um conceito mais complicado de se definir e diz respeito a um agrupamento virtual de pessoas, já que não há contato físico ou interação direta entre quem faz parte da massa. Outra característica é que, quando o indivíduo entra em contato com a massa, acaba perdendo as suas características individuais.

Eles não interagem entre si, nem possuem a capacidade de criticar aquilo que os integrou como massa, ou seja, são passivos. Os telespectadores de um programa de televisão podem ser enquadrados como massa, pois possuem os mesmos interesses, mas sem interação, e consomem passivamente a mensagem que assistem.
Já o público não possui uma forma específica, sendo que ele responde a um mesmo estímulo espontaneamente. Nem sempre estão no mesmo espaço físico, podendo ser formados, por exemplo, de maneira virtual por meio da Internet.

Mas, vale destacar que todos os sujeitos estão expostos aos mesmos estímulos. O público possui uma certa organização e, além disso, pode interagir entre si e com aquilo que os estimulou a agregar como público, seja por meio de aplausos, vaias, opiniões, o público pode interagir, por exemplo, durante um show musical, uma peça de teatro ou mesmo em uma partida de futebol.
Importante salientar que cada um deles é distinto do outro, porém, é possível que eles possam se tornar comuns entre si, dependendo do meio no qual se formam.

Diferença entre agregados e grupos sociais
A principal diferença entre os agregados sociais e os grupos sociais é que os primeiros possuem, em geral, pouca interação ou mesmo participação clara na sociedade enquanto agrupamento. O anonimato impede que sejam compartilhados elementos que possam identificá-los entre si e possibilitar uma maior interação social.

Já o grupo social é definido, pela Sociologia, como qualquer reunião estável de dois ou mais indivíduos associados pela interação. Por conta dessa relação, os grupos acabam mantendo alguma organização para produzir ações conjuntas, de acordo com o interesse desse agrupamento. Sendo assim, eles compartilham hábitos, costumes, normas, valores e também objetivos.

Os principais grupos sociais são a família, a vizinhança, o educativo (escola, universidade), o religioso (instituição), de lazer (clubes, associações), o profissional (escritórios, lojas) e o político (organização política ou grupo partidário).

Sendo assim, as relações entre os indivíduos de determinado grupo social não são anônimas e estão pautadas por gostos e objetivos comuns. Já nos agregados não há, necessariamente, um bem comum e as relações são frouxas, pouco compartilhadas e anônimas.

Tipos e Origens das Mudanças Culturais

Parte da definição de cultura é que ela não é uma constante. Ela muda constantemente, conforme os indivíduos e grupos de pessoas se adaptam à novas situações, tecnologias, ambientes e ideias. Como resultado das experiências coletivas, as mentalidades e os hábitos das pessoas que moram perto uma das outras, tradições, práticas e produtos são criados. No século XXI, as culturas continuam mudando.

Fatores e Agentes de Mudança

Não é possível encontrar uma causa ou agente único que se possa considerar exclusivamente responsável ou determinante pelos acontecimentos sociais. No domínio do social, existe sempre uma multiplicidade de causas que, interagindo, produzem situações complexas, implicando, por sua vez, repercussões em diferentes domínios sociais.É nesta convergência de factores que se deverá procurar não a causa, mas o conjunto das causas que permitiram o desencadear do processo de mudança. 

Fatores Geográficos:

Em resultado de cataclismos, secas, inundações, pragas, etc, tem-se assistido a grandes êxodos da população rural dos países do Terceiro Mundo. Esta não se encontrando preparada para o exercício de atividades profissionais mais exigentes, acaba por constituir uma mão-de-obra desqualificada e mal paga, sendo obrigada a viver em péssimas condições higiênico-sanitárias e sociais, o que tem provocado alterações nas estruturas sociais das grandes cidades. Este fenômeno é igualmente observável nos países em vias de desenvolvimento onde a agricultura é uma atividade em declínio afastando as populações para os centros urbanos em ascensão.
Fatores Demográficos: Variações nas taxas de crescimento populacional ou grandes êxodos populacionais podem originar situações de mudança social. (ex: emigração inglesa para a América) Antigamente, os emigrantes provocavam grandes alterações no modo de vida das populações autóctones. Hoje em dia, os emigrantes, por contacto com as culturas dos países para onde emigraram, trazem as sementes da mudança para os países de origem.

Fatores Políticos e Sociais:

Fatores como a luta de classes ou o conflito político, a ação das elites sociais ou o aparecimento de movimentos sociais portadores de valores e modelos culturais diferentes constituem exemplos de forças capazes de despoletar situações de mudança. As mudanças decorrentes do 25 de Abril de 1974 são bem representativas da ação decisiva de uma causa de natureza política. 


Fatores Culturais: 

A evolução das ideias: subcultura e contracultura Na vida social, os indivíduos relacionam-se dinamicamente. Quer se enquadrem na ordem social vigente, quer a contestem, os indivíduos, ao relacionarem-se entre si, refazem a cada dia o tecido social. Nesta teia de relações que entre eles se estabelece podem residir os embriões da mudança.Ao colocar em contato comunidades de indivíduos portadores de culturas diferentes, poderão ocorrer alterações no comportamento de uns e de outros que se concretizam, naturalmente, em futuros processos de mudança cultural e social. 

Subcultura – Conjunto de relações e traços culturais que, simultaneamente, afasta e aproxima certos grupos da sociedade global, não pondo em causa a cultura dominante.Quando deparamos com uma subcultura, somos levados a identificar um grupo que, apesar de produzir a sua cultura, não se afasta, de forma significativa, da cultura dominante, antes dela acolhe e assimila inúmeros traços, ao mesmo tempo que contribui para a evolução da cultura dominante que assimila, por sua vez, alguns dos traços das subculturas.Desta forma, as subculturas podem constituir-se como factores de mudança cultural e social. 

Contracultura – 

Indivíduos e grupos que, não só se afastam dos modelos de comportamento socialmente aceites, como os rejeitam e contestam radicalmente, ao mesmo tempo que apresentam uma alternativa cultural à que é dominante. A contracultura não representará portanto a negação pura e simples da cultura tradicional, antes pressupõe a existência de uma alternativa cultural. O fenômeno da contracultura assim considerado exige que os indivíduos conheçam e interpretem a cultura dominante, para poderem colocar-se «contra» ela e construírem uma outra, assente em valores culturais bem distintos. 

Aculturação-

O termo aculturação designa um processo pelo qual duas ou mais culturas diferentes, entrando em contacto contínuo entre si, originam mudanças importantes numa delas ou em ambas.Além da aculturação, uma série de conflitos mentais entre os indivíduos pertencentes a essas culturas pode ocorrer. Esses conflitos têm origem na insegurança que as pessoas sentem diante de uma cultura diferente da sua: aqueles que não conseguem se integrar completamente em nenhuma das culturas que os rodeiam ficam a margem da sociedade. A esse fenômeno dar-se o nome de marginalidade cultural. Como exemplo temos, no interior de São Paulo caingangue descaracterizados culturalmente, eles não conhecem mais nada do seu passado, não se lembram de sua língua, de seus cantos, de sua dança e de suas antigas praticas de trabalho. Também não estão incorporados à cultura que os cerca. Eles são mansos e tristes.

Mudanças endógenas e exógenas

Forças endógenas ou internas: são aquelas que têm sua origem no interior da própria sociedade. Entre essas forças, estudaremos as invenções; 

Forças Exógenas ou externas: são as que provêm de outras sociedades, como é o caso da difusão cultural.    
- Invenções 
- Descoberta é a aquisição de um novo conhecimento, de uma informação nova; 
- Invenção é o elemento ativo, a aplicação da descoberta; 
- Dizemos: descoberta da eletricidade e invenção da lâmpada; descoberta da energia atômica e invenção da bomba atômica; 
- Toda invenção é produto de uma sociedade determinada, embora não seja criação da sociedade em seu conjunto; 
- A sociedade fornece as bases para o surgimento da invenção, pois todo inventor utiliza o conhecimento acumulado de sua cultura; 
- As invenções são geradas pela combinação do patrimônio cultural da sociedade com determinadas necessidades sociais.

Difusão cultural 

- A língua que falamos, a religião que seguimos, muitos utensílios e máquinas que usamos não se formaram nem foram inventados no Brasil; 
- É a difusão que aumenta e expande a cultura das várias sociedades e acelera o ritmo da mudança; 
- No processo de difusão, o prestígio da cultura doadora também é um dado importante na assimilação de valores pela cultura receptora; 
- Importância da globalização

ATIVIDADES PROPOSTAS

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura 
http://ha2sem3.blogs.sapo.pt/1211.html