terça-feira, 27 de novembro de 2018

Feminicídio e a Lei Maria da Penha

Resultado de imagem para FEMINICÍDIO- SOCIOLOGIA

Lei Maria da Penha: A Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, ganhou este nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, uma farmacêutica cearense, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso. Casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros, em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato pelo marido, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica A segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocuta-la no chuveiro. Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer. Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de Organizações Não Governamentais, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão. O processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a recomendações para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. Este foi o início da criação da lei. Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menor potencial ofensivo. A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral. (Observatório para Implementação da Lei Maria da Penha. Disponível em: www.observe.ufba.br/observatorio. Cf. 22/05/2015).


 Tipos de violência contra a mulher 
  • Violência doméstica – é uma forma de violência entre pessoas que coabitam um determinado espaço. É, também, um abuso físico ou psicológico de um membro de um núcleo familiar em relação a outro, com o objetivo de manter poder ou controle. Esse abuso pode acontecer por meio de ações ou de omissões. A maioria das vítimas desse crime são mulheres. 
  • Violência física - qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal. 
  • Violência psicológica - entendida como qualquer conduta que lhe cause danos emocionais e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, 10 humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; 
  • Violência patrimonial - entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
  • Violência moral - entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
  • Violência Sexual - de acordo com a Lei n° 11 340 de 7 de agosto de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, violência sexual é qualquer ato sexual não desejado ou a tentativa de obtê-lo por meio da intimidação psicológica ou emocional. E, de acordo com esta Lei, considera-se uma violência sexual contra uma mulher qualquer conduta que: - a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada; - a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade; - a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; - limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e direitos reprodutivos. Fonte: Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm. Acesso em 12 de maio de 2015. 
ATIVIDADE PROPOSTA 1


ATIVIDADE PROPOSTA 2

a) Por que é preciso denunciar as situações de violência contra a mulher?

b) Qual o tipo de violência mais comum praticado contra as mulheres? 

c) Quais as consequências destas violências na vida das mulheres? 

d) Como poderíamos repassar as informações sobre a Lei Maria da Penha para nossos/as colegas, amigos/as e familiares?

ATIVIDADE PROPOSTA 3

pós ler o texto  realize a atividade abaixo. Para resolvê-la leia as orientações com atenção. Não esqueça de colocar seu nome completo na atividade. Ao terminar click em “Finish” (finalizar). Depois selecione “Enviar as minhas respostas ao professor” e mandar para o e-mail: angela.boscardin@gmail.com 

Veja na foto abaixo como fazer:


http://www.onumulheres.org.br/wpcontent/uploads/2015/07/valente_aula1_sexo_genero_poder.pdf

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Os piores estados para ser mulher no Brasil

Resultado de imagem para mulheres são assassinadas- desenhoRoraima é o estado onde mais mulheres são assassinadas no país, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com a pesquisa, a taxa de mortes no estado foi de 11,4 para cada grupo de 100 mil mulheres. O número é quase três vezes maior do que a média do Brasil, de 4,4, e quase cinco vezes maior do que São Paulo, o estado com a menor taxa, de 2,7 mortes para cada 100 mil.

No geral, a proporção de mulheres assassinadas tem crescido nos últimos anos. Segundo o estudo, a taxa de homicídios entre mulheres saltou 7,5% entre 2005 e 2015. Por outro lado, em alguns estados, houve melhora na variação da taxa de violência: São Paulo teve uma redução de 35% nesse período.

No outro extremo do mesmo indicador aparece Maranhão, que teve um aumento de 124,4% na taxa de assassinatos de mulheres.

O outro lado

Em nota enviada a EXAME.com, o governo de Roraima afirmou que a atual gestão estadual “vem atuando de forma incisiva com a implementação de políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher”.

Desde março de 2015, segundo o governo do estado, alguns programas foram colocados em prática, como o Ronda Maria da Penha, com viaturas da Polícia Militar e policiais que atuam exclusivamente no atendimento aos casos de violência doméstica, e o Abrigo de Maria, uma casa especial, cujo endereço é mantido sob sigilo, para atender as mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas de violência doméstica ameaçadas de morte e seus dependentes menores de idade.

“A atuação do governo do estado nos últimos dois anos e meio tem contribuído de forma efetiva para a redução dos homicídios de mulheres em Roraima, contudo, esses dados ficaram de fora da pesquisa citada. O governo acredita que no próximo levantamento que for realizado, o Estado terá saído dessa vergonhosa estatística da violência contra a mulher”, diz a nota.

Veja o ranking dos estados mais violentos para as mulheres.
Ranking Estado Taxa por 100 mil mulheres Variação entre 2005-2010
Roraima 11,4 103,80%
Goiás 7,5 64,60%
Mato Grosso 7,3 13,90%
Rondônia 7,2 14,10%
Espírito Santo 6,9 -18,50%
Pará 6,4 81,80%
Tocantins 6,4 95,40%
Sergipe 6 117,40%
Amazonas 5,9 98,60%
10º Ceará 5,6 64,60%
11º Alagoas 5,4 17,20%
12º Paraíba 5,3 61,20%
13º Rio Grande do Norte 5,1 95,50%
14º Rio Grande do Sul 4,9 28,60%
15º Bahia 4,9 65,10%
16º Pernambuco 4,8 -25,30%
17º Amapá 4,7 -5,70%
18º Acre 4,7 22,20%
19º Rio de Janeiro 4,4 -28,80%
20º Mato Grosso do Sul 4,3 -27,10%
21º Paraná 4,3 -6,30%
22º Maranhão 4,2 130,00%
23º Piauí 4,1 62,40%
24º Minas Gerais 3,9 1,80%
25º Distrito Federal 3,8 -1,10%
26º Santa Catarina 2,8 25,30%
27º São Paulo 2,4 -35,40%

fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/os-piores-estados-para-ser-mulher-no-brasil/

ATIVIDADE PROPOSTA:

Monte o mapa do Brasil com os Estados representando os dados da tabela acima. Em seguida pinte:

  • DE AMARELO os índices entre 4,51 a 5,49
  • DE VERMELHO os índices maiores que 6,50
  • DE AZUL os índices entre 5,50 a 6,49
  • DE VERDE  os índices igual ou menor a 4,50
ATIVIDADE EXTRA

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Fábula da ratoeira

uma reflexão sobre omissão e solidariedade

Imagem relacionadaAs fábulas têm um incrível poder de fazer com que a gente reflita de forma desarmada sobre situações que passamos em nosso cotidiano. Nesta fábula podemos refletir sobre como nossas omissões e nossa falta de sensibilidade política podem nos prejudicar.

Um rato olhando pelo buraco da parede, viu o fazendeiro e a mulher abrindo um pacote.
Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou aterrorizado. Correu ao pátio advertindo a todos:- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse:- Desculpe – me, Sr. Rato. Eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
– Há uma ratoeira na casa!
– Desculpe – me, Sr. Rato, disse o porco. Mas, não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo. O senhor será lembrado em minhas preces.O rato dirigiu – se, então, à vaca. Ela, num muxoxo, disse:
– Uma ratoeira? Isso não me põe em perigo…
Então, o rato, cabisbaixo, voltou para a casa para encarar a ratoeira. E naquela noite, ouviu – se um barulho!
Meu Deus, era a ratoeira pegando sua vítima! A mulher do fazendeiro correu para ver o que estava lá. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher…
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
E para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente foi ao funeral. Para alimentar todo aquele povo, o fazendeiro, então, sacrificou a vaca.

Fábula da Ratoeira – Moral da História 

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre – se que, quando há uma ratoeira em casa, toda a fazenda corre risco!
Ou seja, em uma comunidade, o problema de um é problema de todos.
ATIVIDADE PROPOSTA 1





ATIVIDADE PROPOSTA 2

Após ler o texto realize a atividade abaixo. Para resolvê-la leia as orientações com atenção. Não esqueça de colocar seu nome completo na atividade. Ao terminar click em “Finish” (finalizar). Depois selecione “Enviar as minhas respostas ao professor” e mandar para o e-mail: angela.boscardin@gmail.com

Veja na foto abaixo como fazer:


fonte:cafecomsociologia.com/fabula-ratoeira-ensinando-politica-criancas/http://educacao.diadema.sp.gov.br/educacao/attachments/article/1395/CADERNO%20DE%20ATIVIDADES%206%20-%205%C2%AA%20S%C3%89RIE.%20%2023.pdf

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A Sociologia no Brasil e Seus Principais Sociólogos

A Sociologia no Brasil
É sabido que desde os primeiros passos dessa ciência a Sociologia dedica-se ao desenvolvimento de estudos que tem como objeto as interações sociais, a organização das sociedades e inevitavelmente também os conflitos entre as classes sociais. A própria América Latina é um exemplo de como a Sociologia, especialmente no início do século XX, mostrou-se fortemente influenciada pelas teorias marxistas. Isso ocorre num momento onde os olhares voltavam-se principalmente para os problemas do subdesenvolvimento no continente, desenvolvendo importantes reflexões.

O Surgimento da Sociologia no Brasil

O surgimento da Sociologia no Brasil, também conhecida como Sociologia Brasileira, teve início a partir das décadas de 1920 e 1930, quando os estudiosos dessa área passaram a se dedicar a pesquisas que visavam construir um entendimento acerca da formação da sociedade brasileira analisando temáticas cruciais para essa compreensão. Assim, eles voltaram-se para estudos referentes a escravatura e a abolição, estudos sobre índios e negros e o êxodo dessas populações, e mesmo analises sobre o processo de colonização.

A compreensão desses assuntos mostrou-se realmente uma vez que se buscava compreender a formação da sociedade brasileira. Isso porque a formação da população brasileira, das relações de trabalho e da consciência e cidadania, passava inevitavelmente pela compreensão destas temáticas.

Os principais assuntos abordados pela Sociologia brasileira

Nas décadas que se seguiriam, no entanto, a Sociologia no Brasil passou a voltar-se para os estudos que abordassem prioritariamente temas relacionados às classes trabalhadoras, tratando assim de assuntos como salário, jornadas de trabalho, ambientes de trabalho urbano e rurais, organizações e condições dos ambientes de trabalho, relações entre empregados e empregadores, etc.

Especialmente a partir da década de 1960 se pode sentir uma crescente preocupação com o processo de industrialização que se instaurava no país. Essa nova preocupação trouxe consigo debates sociológicos que abordavam temas da reforma agrária e os novos problemas políticos e sociais que esse processo acarretava.


Desde os anos de 1960 percebemos também uma instabilidade quanto a presença da disciplina de Sociologia em escolas de Ensino Básico. Inicialmente foi banida pelo regime militar, passou por um longo período (desde os anos de 1980) como disciplina facultativa, sendo assim presente em poucas instituições, e voltou a integrar a grade obrigatória apenas em 2009.



Leiam os textos abaixo em seguida busquem outros sites  para  realizar as atividades propostas:


Sociólogos Brasileiros:

Importantes Sociólogos Brasileiros do sec. XX

ATIVIDADE PROPOSTA

- Crie uma  galeria sobre sociólogos brasileiros contendo a foto do sociólogo em questão;

- Citar suas principais obras; 

- Elaborar um pequeno texto de apresentação sobre uma de suas  obras ;

ATIVIDADE EXTRA

Acessem kahoot.it e participem do jogo. Boa diversão e um excelente aprendizado!!!



terça-feira, 6 de novembro de 2018

Diferentes tipos de desemprego


Existem diferentes tipos de desemprego, contudo, suas causas podem variar. No livro Princípios de economia (2005), Passos e Nogami apresentam 4 (quatro) tipos de desemprego.

O Desemprego Cíclico é um dos mais temidos e que tem assolado a Europa e os Estados Unidos

Em se tratando de análises econômicas que tentam compreender a capacidade produtiva de determinada sociedade, o fator desemprego é um dos mais relevantes. Grosso modo, altos índices de desemprego podem sinalizar um desaquecimento da economia, assim como indicar o agravamento de questões sociais ligadas à queda do padrão e da qualidade de vida dos indivíduos, isto é, do bem estar social das pessoas. Assim, um dos índices que ajudam aos analistas a avaliarem a economia é o PEA - População Economicamente Ativa, o qual apresenta o número de adultos empregados, desempregados e que estão à procura do primeiro emprego. Contudo, as causas do desemprego podem variar. Segundo Passos e Nogami no livroPrincípios de economia(2005), são pelo menos 4 (quatro) tipos de desemprego, obviamente causados por motivos diferentes.

Uma das formas seria o chamado Desemprego Friccicional (ou desemprego natural), o qual consiste em indivíduos desempregados, temporariamente, ou porque estão mudando de emprego, ou porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando emprego pela primeira vez. Recebe esta nomenclatura porque o mercado de trabalho, segundo os autores, opera com atrito, não combinando trabalhadores e postos disponíveis de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos desempregados, como o seguro desemprego.

Já o Desemprego Estrutural é consequência das mudanças estruturais na economia, tais como mudanças nas tecnologias de produção ou nos padrões de demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de gostos pode tornar obsoletas certas profissões). No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensarmos como exemplo uma montadora de veículos que, ao promover a automatização de sua produção, dispensa inúmeros trabalhadores agora desnecessários diante a capacidade de robôs. Com relação à mudança no padrão da demanda dos consumidores, isso se explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em consertar máquinas de escrever - equipamento absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era da informática sem uma reciclagem profissional.

Um terceiro tipo seria o chamado Desemprego Sazonal. Conforme apontam Passos e Nogami (2005), este tipo de desemprego ocorre em função da sazonalidade de determinados tipos de atividades econômicas, tais como agricultura e turismo, e que acabam causando variações na demanda de trabalho em diferentes épocas do ano. Trabalhadores rurais cortadores de cana-de-açúcar seriam um bom exemplo, os quais migram de uma determinada região (como do nordeste brasileiro) para outra (como a região sudeste) no período de safra, retornando na entressafra.

O quarto e último tipo seria o Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural). Um dos mais temidos, e que tem assolado a Europa e os Estados Unidos nestas últimas crises econômicas, ocorre quando se tem uma recessão da economia, o que significa retração na produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar despesas.

Logo, estar desempregado significa encontrar-se numa situação na qual não se tem nenhum vínculo oficial com qualquer instituição empregadora, não possuindo quaisquer outras fontes de renda, mas o fator que condicionou a tal situação, como se viu, pode variar. Dessa forma, apenas a título de observação, é importante lembrar que mesmo os trabalhadores urbanos que podem sobreviver como vendedores ambulantes não são oficialmente considerados empregados, mas sim como integrantes do trabalho e da economia informal, uma vez que não possuem carteira assinada. Logo, oficialmente estariam desempregados.



ATIVIDADE PROPOSTA 1



ATIVIDADE PROPOSTA 2

HORA DA REVISÃO

Comportamento suicida

Acesse o Link e realize a leitura de texto:



COMPORTAMENTO SUICIDA




1º Passo: Assistam o vídeo disponível no site:https://youtu.be/7N96-uVYLaQ

2º Passo: Após assistir o vídeo, realize a leitura dos textos para que possa compreender o assunto que está sendo abordado.

3º Passo: Após a leitura dos textos realizem a divisão dos grupos para confeccionarem folders.

4º Passo: Após a confecção do fôlder realizar a distribuição para comunidade escolar e a comunidade em geral, para que possam prestigiar os trabalhos realizados pelos educandos desta instituição.

Prevenção do Suicídio


Trabalho realizado pelos alunos do 3º B ano de 2019: Keila Soares de Souza, Nataliane de Barros Herculino e Jean Henrique Thiesen.



ATIVIDADE PROPOSTA


Após ler o texto  realize a atividade abaixo. Para resolvê-la leia as orientações com atenção. Não esqueça de colocar seu nome completo na atividade. Ao terminar click em “Finish” (finalizar). Depois selecione “Enviar as minhas respostas ao professor” e mandar para o e-mail: angela.boscardin@gmail.com 

Veja na foto abaixo como fazer:

FONTE: http://interdisciplinar2015.blogspot.com/2017/08/suicidio-um-teste-que-vai-te-surpreender.html
Fonte: http://www.anamariasaad.com.br/suicidio-um-teste-que-vai-te-surpreender/

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Planejamento Familiar- Drauzio Varella

Resultado de imagem para Planejamento Familiar- desenhoNo Brasil, planejamento familiar é privilégio exclusivo dos bem-aventurados. Embora o tema já tenha sido abordado mais de uma vez nesta coluna, volto a ele por não me conformar com nosso silêncio diante do drama dos que não têm acesso aos métodos anticoncepcionais.
Sem mencionar números desta vez, vou resumir o atoleiro ideológico em que estamos metidos nessa área.
Até a metade do século 20, poucas famílias brasileiras deixavam de ter cinco ou seis filhos. Havia uma lógica razoável por trás de taxas de natalidade tão altas:
1) A maioria da população vivia no campo, numa época de agricultura primitiva em que as crianças pegavam no cabo da enxada já aos sete anos. Quantos mais braços disponíveis houvesse na família, maior a probabilidade de sobrevivência.
2) Convivíamos com taxas de mortalidade infantil inaceitáveis para os padrões atuais. Ter perdido dois ou três filhos era rotina na vida das mulheres com mais de 30 anos.
3) Além da cirurgia e dos preservativos de barreira, não existiam recursos médicos para evitar a concepção.
Na década de 1960, quando as pílulas anticoncepcionais surgiram no mercado e a migração do campo para a cidade tomou vulto, uma esdrúxula associação de forças se opôs terminante ao planejamento familiar no país: os militares, os comunistas e a igreja católica.
Os militares no poder eram contrários, por julgarem defender a soberania nacional: num país de dimensões continentais, quanto mais crianças nascessem, mais rapidamente seriam ocupados os espaços disponíveis no Centro-Oeste e na floresta amazônica. Os comunistas e a esquerda simpatizante, por defenderem que o aumento populacional acelerado aprofundaria as contradições do capitalismo e encurtaria caminho para a instalação da ditadura do proletariado. A igreja, por considerar antinatural -portanto, contra a vontade de Deus- o emprego de métodos contraceptivos.
O resultado dessas ideologias insensatas não poderia ter sido mais desastroso: em 1970, éramos 90 milhões; hoje, temos o dobro da população, parte expressiva da qual aglomerada em favelas e na periferia das cidades. Suécia, Noruega e Canadá conseguiriam oferecer os mesmos níveis de atendimento médico, de educação e de salários para os aposentados, caso tivessem duplicado seus habitantes nos últimos 30 anos?
O que mais assusta, entretanto, não é havermos chegado à situação dramática em que nos encontramos; é não adotarmos medidas para remediá-la. Pior, é ver não apenas os religiosos, mas setores da intelectualidade considerarem politicamente incorreta qualquer tentativa de estender às classes mais desfavorecidas o acesso aos métodos de contracepção fartamente disponíveis a quem pode pagar por eles.
Recentemente, um de nossos ministros da área social, ao assumir, afirmou que programas de planejamento familiar eram desprovidos de prioridade no atual governo, porque as taxas de natalidade estavam caindo e o país era tão grande que tecnicamente poderia dar guarida a 350 milhões de habitantes.
Não haveria por que discutir semelhante opinião, tivesse ela sido externada por alguém despreocupado em avaliar quantos miseráveis surgiriam, e se não fosse representativa de uma ala influente do pensamento político. De fato, as taxas médias de natalidade brasileiras têm caído gradativamente nos últimos 50 anos, mas não há necessidade de consultar os números do IBGE para constatarmos que a queda foi muito mais acentuada nas classes média e alta: basta ver a fila de adolescentes grávidas à espera de atendimento nos hospitais públicos ou o número de crianças pequenas nos bairros mais pobres.
Outra justificativa para a falta de políticas públicas destinadas a universalizar o direito ao planejamento familiar no país é a da má distribuição de renda: o problema não estaria no número de filhos, mas na falta de dinheiro para criá-los, argumentam.
De fato, se nossa renda per capita fosse a dos canadenses, a situação seria outra; aliás, talvez tivéssemos que organizar campanhas para estimular a natalidade. O problema é justamente porque somos um país cheio de gente pobre, e educar filhos custa caro. Como dar escola, merenda, postos de saúde, remédios, cesta básica, habitação, para esse exército de crianças desamparadas que nasce todos os dias? Quantas cadeias serão necessárias para enjaular os malcomportados?
A verdade é que, embora a sociedade possa ajudar, nessa área dependemos de políticas públicas, portanto dos políticos, e estes morrem de medo de contrariar a igreja. Agem como se o planejamento familiar fosse uma forma de eugenia para nos livrarmos dos indesejáveis, quando se trata de uma aspiração legítima de todo cidadão. As meninas mais pobres, iletradas, não engravidam aos 14 anos para viver os mistérios da maternidade; a mãe de quatro filhos, que mal consegue alimentá-los, não concebe o quinto só para vê-lo sofrer.
É justo oferecer vasectomia, DIU, laqueadura e vários tipos de pílulas aos que estão bem de vida, enquanto os mais necessitados são condenados aos caprichos da natureza na hora de planejar o tamanho de suas famílias?

Resultado de imagem para planejamento familiarATIVIDADE PROPOSTA
   
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios do planejamento familiar no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n° 9.263, de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família.

[…]

No Brasil, a Política Nacional de Planejamento Familiar foi criada em 2007. Ela inclui oferta de oito métodos contraceptivos gratuitos e também a venda de anticoncepcionais a preços reduzidos na rede Farmácia Popular.

Toda mulher em idade fértil (de 10 a 49 anos de idade) tem acesso aos anticoncepcionais nas Unidades Básicas de Saúde, mas em muitos casos precisa comparecer a uma consulta prévia com profissionais de saúde. A escolha da metodologia mais adequada deverá ser feita pela paciente, após entender os prós e contras de cada um dos métodos.

Em 2008, o Ministério da Saúde alcançou a marca histórica de distribuir esses dispositivos em todos os municípios do território nacional. No ano seguinte, a política foi ampliada e houve maior acesso a vasectomias e laqueaduras, métodos definitivos de contracepção, bem como a preservativos e outros tipos de anticoncepcionais.

Controlar a fertilidade é o primeiro passo para planejar o momento mais adequado para ter filhos. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), feita em 2006, financiada pelo Ministério da Saúde, revelou que 46% das gravidezes não são planejadas.

Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2011/09/planejamento-familiarAcesso em 17 agosto 2017 

TEXTO II

Brasil precisa urgente de planejamento familiar

Resultado de imagem para planejamento familiarQueiram ou não, a falta de planejamento familiar é responsável pela metade dos problemas agudos do país, inclusive grande parcela dos abortos. Se queremos definitivamente superar de uma só vez série de dificuldades históricas, precisamos introduzir uma disciplina que informe e oriente crianças e jovens sobre planejamento familiar nos três graus escolares, nas cerimônias religiosas, nos meios de comunicação, nos clubes, nos hospitais e em outros ambientes. A marginalização social que atinge milhões de pessoas é originária prioritariamente do crescimento acelerado da população durante muitos anos, sobretudo da camada mais pobre. Há, sim, problemas de outras naturezas, mas de consequências menores, como o modelo econômico e social priorizado pelos governos, má distribuição de terras e de recursos financeiros, pauperismo resultante do valor do salário mínimo, desemprego e recessão econômica, ineficácia da legislação que protege direitos da mulher e da criança. Essas e outras questões semelhantes podem ser contornadas mais rapidamente por meio de decisões e diretrizes políticas, sem no entanto exigir que sejam despendidas fortunas de que o país não dispõe.

Disponível em: http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=184&doc=13480&mid=2Acesso em 17 agosto 2017

TEXTO III



FONTE
FONTE; https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/redacao-para-o-enem-e-vestibular/proposta-de-redacao-os-desafios-do-planejamento-familiar/

É insuportável a solidão. Perdi meus amigos. Não quero mais viver

As amizades se modernizam, tanto em profundidade, largura e altura. Tornaram-se tão importantes que não sei se meu perfil no facebook iria dar conta de tantas. A cada dia angariava mais uma meia-dúzia deles. Igualmente desfazia amizades com uns três ou quatro chatos que não escreviam ou postavam coisas legais.

Na época de meu pai as pessoas tinham apenas cinco ou seis amigos. Esses sabíamos de todos os nossos segredos, gostos e desgostos. Havia muita invasão de privacidade! Hoje as coisas se modernizaram. Devo ter mais de mil amigos, isso mesmo, mais de mil. Muitos não sei nem onde moram ou o que fazem. Alguns não os reconheceria se os encontrassem em alguma esquina da cidade. Muitos nem sei se moram na minha cidade. Sendo tantos nem é preciso se importar com eles.

Na dimensão largura, amizade tornou-se infinita, basta ter tempo para entrar nas redes sociais para ampliar um pouco mais as amizades. Antes se ampliava as amizades indo na casa dos vizinhos. Veja se pode? Bom é a amizade moderna, nem precisamos buscar assunto para conversar. Um “bom dia Faces” já é suficiente! Nem ainda precisamos ir à casa de ninguém. Eu mesmo não abria muito o bate-papo do meu face. Nada mais chato do que saber da vida pessoal dos outros. Gosto de ver fotos e frases; apenas isso.

As amizades se modernizaram em sua profundidade. Agora são mais “rasas”. Nada daquela história de saber de meus segredos, dos meus gostos ou desgostos. Quando queremos que alguém saiba de um dos nossos gostos publica-se na internet. O bom é que se descobrir, como sempre acontece, que não gostamos daquilo, troca-se a postagem e nenhum dos amigos percebem ou ligam. Assim se é livre para mudanças, para metamorfosear-se como eu bem entender; o que está em moda agora! Já mudei de time umas três vezes e ninguém implicou comigo; acho que nem notaram. Ninguém é obrigado a ter uma identidade. Eis a modernidade!

Para ser amigo não precisa se abraçar ou olhar nos olhos ao falar. Ir na casa, estudar juntos, sair juntos. Os melhores momentos entre amigos são as expressões de risos e gargalhadas no Facebook. Rir com imagens e vídeos é o nosso passatempo principal… diria que quase que exclusivo.

Eu gostava dessa modernidade. Não gosto mais. Hoje não tenho acesso à internet e perdi, de uma só vez, mil amigos… minha vida acabou. Meu computador quebrou na mudança e não tenho como comprar outro. Sinto-me solitário. Acho que meus amigos nem notaram, ou se notaram devem estar rindo e dizendo que morri. Ainda estou vivo, mas devo, em breve, tirar-me a vida, pois estou privado do contato com os amigos. Só não fiz isso ainda porque tenho que arrumar a mudança e como sou o mais velho, 19 anos, tenho que ajudar a organizar os quartos dos 48 jovens que vivem aqui na república. Mas acabando a tarefa não quero mais viver só. É insuportável a solidão.

FONTE: https://cafecomsociologia.com/e-insuportavel-solidao-perdi-meus/

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