segunda-feira, 6 de abril de 2015

Modos de Produção


Quando vamos a um supermercado e compramos gêneros alimentícios, bebidas, calçados, material de limpeza, etc., estamos adquirindo bens. Da mesma forma, quando pagamos a passagem do ônibus ou uma consulta medica, estamos pagando um serviço. 

Ao viverem em sociedade, as pessoas participam diretamente da produção, da distribuição e do consumo de bens e serviços, ou seja, participam da vida econômica da sociedade. Assim, o conjunto de indivíduos que participam da vida econômica de uma nação é o conjunto de indivíduos que participam da produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Ex: operários quando trabalham estão ajudando a produzir, quando, com o salário que recebem, compram algo, estão participando da distribuição, pois estão comprando bens e consumo. E quando consomem os bens e os serviços que adquiriram, estão participando da atividade econômica de consumo de bens e serviços.

Modos de Produção

O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade. 

Modo de produção = forças produtivas + relações de produção 

Portanto, o conceito de modo de produção resume claramente o fato de as relações de produção serem o centro organizador de todos os aspectos da sociedade.

Modo de produção primitivo:

O modo de produção primitivo designa uma formação econômica e social que abrange um período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa cinco milênios. 

Na comunidade primitiva os homens trabalhavam em conjunto. Os meios de produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos. Não existia ainda a ideia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição proprietários x não proprietários. 

As relações de produção eram relações de amizade e ajuda entre todos; elas eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em primeiro lugar. 

Também não existia o estado. Este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros. O estado surgiu como instrumento de organização social e de dominação. 

Modo de produção escravista:

Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assim como um animal ou uma ferramenta. 

Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de sujeição: senhores x escravos. Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravos, que não tinham nenhum direito. 

Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho. 

Modo de produção asiático:

O modo de produção asiático predominou no Egito, na China, na Índia e também na África do século passado. 
Tomando como exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a parte produtiva da sociedade era composta pelos escravos, que era forçados, e pelos camponeses, que também eram forçados a entregar ao Estado o que produziam. A parcela maior prejudicando cada vez mais o meio de produção asiático. 
Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático: 
  • A propriedade de terra pelos nobres; 
  • O alto custo de manutenção dos setores improdutivos; 
  • A rebelião dos escravos.
Modo de produção feudal:

A sociedade feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles apenas os serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu senhor e outro pouco para eles mesmos. 

Num determinado momento, as relações feudais começaram a dificultar o desenvolvimento das forças produtivas. Como a exploração sobre os servos no campo aumentava, o rendimento da agricultura era cada vez mais baixo. Na cidade, o crescimento da produtividade dos artesãos era freado pelos regulamentos existentes e o próprio crescimento das cidades era impedido pela ordem feudal.Já começava a aparecer às relações capitalistas de produção. 

Modo de produção capitalista:

O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
O capitalismo compreende quatro etapas: 
  • Pré-capitalismo: o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem relações capitalistas. 
  • Capitalismo comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado torna-se mais comum.
  • Capitalismo industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser investido basicamente nas industrias, que se tornam à atividade econômica mais importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente. 
  • Capitalismo financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas, através de financiamentos à agricultura, a industria, à pecuária, e ao comercio. 
Modo de produção socialista:

A base econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é, os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas privadas. A finalidade da sociedade socialista é a satisfação completa das necessidades materiais e culturais da população: emprego, habitação, educação, saúde. Nela não há separação entre proprietário do capital (patrão) e proprietários da força do trabalho (empregados). Isto não quer dizer que não haja diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários desiguais em função de o trabalho ser manual ou intelectual.

Taylorismo:

Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915), que é considerado o pai da administração científica.

Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das empresas. Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das relações entre os operários, como conseqüência modifica-se as relações humanas dentro da empresa, o bom operário não discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe mandam fazer.

Organização Racional do Trabalho:

- Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio. 
-Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à diminuição da produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da rotatividade de pessoal. 
-Divisão do trabalho e especialização do operário 
-Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos existentes. 
-Incentivos salariais e prêmios por produtividade 
-Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade 
-Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos 
-Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e não por uma autoridade centralizada. 
-Homem econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais. 

A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico.

Fordismo:

]Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de produção caracterizado pela produção em série, sendo um aperfeiçoamento do taylorismo.

Ford introduziu em suas fábricas as chamadas linhas de montagem, nas quais os veículos a serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da produção, fazendo com que a produção necessitasse de altos investimentos e grandes instalações. O método de produção fordista permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".

O fordismo, teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os Anos Dourados. A crise sofrida pelos Estados Unidos na década de 1970 foi considerada uma crise do próprio modelo, que apresentava queda da produtividade e das margens de lucros. A partir da década de 1980, esboçou-se nos países industrializados um novo padrão de desenvolvimento denominado pós-fordismo ou modelo flexível (toyotismo), baseado na tecnologia da informação.

Princípios fordista: 
  • Intensificação; 
  • Produtividade; 
  • Economicidade.
Toyotismo:

O toyotismo é um modo de organização da produção capitalista que se desenvolveu a partir da globalização do capitalismo na década de 1980. Surgiu no Japão após a II Guerra Mundial, mas só a partir da crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.

O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente do dos Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em massa. A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização. O sistema pode ser teoricamente caracterizado por quatro aspectos:
  • mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistência de escalas que viabilizassem a rigidez. 
  • processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho. 
  • implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo. 
  • sistema just in time que se caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso leque de produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo próprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é demandado. 
O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se complementava naturalmente com a automação flexível.

A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte-americano. Com o choque do petróleo e a conseqüente queda no padrão de consumo, os países passaram a demandar uma série de produtos que não tinham capacidade, e, a princípio, nem interesse em produzir, o que favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas. A razão para esse fato é que devido à crise, o aumento da produtividade, embora continuasse importante, perdeu espaço para fatores tais como a qualidade e a diversidade de produtos para melhor atendimento dos consumidores.

ATIVIDADE PROPOSTA 1:


ATIVIDADE PROPOSTA 2:


ATIVIDADE EXTRA:
Após ler o texto  realize a atividade abaixo. Para resolvê-la leia as orientações com atenção. Não esqueça de colocar seu nome completo na atividade. Ao terminar click em “Finish” (finalizar). Depois selecione “Enviar as minhas respostas ao professor” e mandar para o e-mail: angela.boscardin@gmail.com 

Veja na foto abaixo como fazer:

Analfabeto Político

Resultado de imagem para ANALFABETO POLITICOO pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, da carne, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto lacaio, exploradores do povo. Bertolt Brecht. 

Resultado de imagem para ANALFABETO POLITICOO poema de Bertold Brecht trata-se de uma crítica feita pelo autor não ao analfabeto no sentido letrado, aquele não sabem ler nem escrever, mas o analfabeto que não tem a compreensão de que a política interfere diretamente na sua vida cotidiana, determinando inclusive suas próprias condições de sobrevivência, no custo de vida, no preço do pão, do aluguel, do sapato, do remédio. O autor também enfatiza que a falta de envolvimento dos cidadãos nas questões politicas, tanto em saber escolher seus representantes, como em participar da vida política gera uma série de problemas sociais como a prostituição, a violência e a corrupção. 

Sabemos que o descaso dos governantes para com a sociedade também é fruto da falta de interesse dos cidadãos em relação aos assuntos políticos, bem como fiscalizar e cobrar dos governantes ações que melhorem a vida da população. Assim sendo, Brecht, nos chama a atenção para os processos de mudanças em que todos nós somos responsáveis, enfocando que a política não é algo distante da sociedade ou mesmo limitado ao âmbito político-partidário, sendo que os cidadãos também fazem política.

Sobre farinhas do mesmo e de outros sacos
Sobre farinhas do mesmo e de outros sacos Não contribui para o bom funcionamento da democracia a ideia tão brasileira de que os políticos são todos iguais São todos iguais. Farinha do mesmo saco. É assim que o eleitor brasileiro, com frequência, se refere aos políticos. Seriam todos uns a cara esculpida e escarrada dos outros. Fazem promessas vãs. Eleitos, dão as costas ao eleitorado. Só se importam com os próprios interesses. E roubam, roubam. Se são todos iguais, como escolher entre um e outro? Como decidir em quem votar? Aliás, para que votar? A crença no "são todos iguais", muito partilhada no Brasil, é na verdade uma das principais responsáveis pelo mau funcionamento da democracia no país. O comentário vem a propósito do escândalo que envolve a administração da cidade de São Paulo. A partir do gesto destemido de uma professora de ginástica, que se recusou a pagar a propina exigida pelos fiscais da prefeitura para autorizar o funcionamento de sua academia e os denunciou, veio à tona todo um lamaçal de falcatruas, com ramificações em múltiplos cantos do Executivo municipal, passagem importante pela Câmara dos Vereadores e ímpeto que ameaça mesmo a cadeira do prefeito. Ao leitor de outros Estados o assunto pode parecer distante, mesmo o de São Paulo pode não se ter dado conta do tamanho do problema, mas a esta altura é permitido afirmar que o caso se equipara aos escândalos Collor-PC, Anões do Orçamento ou Precatórios. A maior cidade do país, ficou-se sabendo, era uma Chicago entregue a Al Capone, Bagdá abandonada a Ali Babá, Jerusalém doada aos incréus. E, diante dessa tenebrosa realidade, quais foram as reações? Duas foram muito comuns, a saber: 1. Sempre foi assim; 2. Todo governo faz isso. O "sempre foi assim" refere-se ao fato de sempre ter havido fiscais que exigem propinas. Certo, mas isso não impede que o fenômeno conheça variados graus de extensão, que os fiscais ajam mais ou menos à vontade segundo a leniência dos chefes e que o problema assuma proporções máximas quando se recobre, como é o caso, de formas institucionalizadas de planejamento das roubalheiras, arrecadação das prebendas e distribuição dos butins. O "todo governo faz isso" refere-se à questão, central no caso presente, de o prefeito ter entregue a vereadores o controle das chamadas administrações regionais. Certo, até na Alemanha, onde o Partido Verde ocupa alguns ministérios em troca do apoio ao governo social-democrata, se faz isso. A diferença é que em São Paulo a divisão obedeceu menos a esse padrão, ou mesmo ao padrão tradicional do patrimonialismo brasileiro, do que àquele pelo qual os bicheiros, no Rio de Janeiro, dividem as zonas da cidade. O "sempre foi assim" e o "todo governo faz isso", nem seria preciso acrescentar, servem de defesa aos implicados, direta ou indiretamente. "Todo fiscal é corrupto", disse, com a habitual imprudência verbal, o ex-prefeito Paulo Maluf, chefe do partido e patrono último da turma do escândalo. Os vereadores contemplados com o loteamento das administrações regionais têm se defendido com o "todo governo faz isso". Tanto o "sempre foi assim" como o "todo governo faz isso" remetem ao axiomamãe segundo o qual os políticos são todos iguais. Se não se acreditasse que todos são iguais, não se acreditaria que sempre foi assim nem que todo governo faz isso. Ora, acreditar que os políticos são iguais é, ao mesmo tempo, uma impossibilidade lógica e uma renúncia de direitos. Impossibilidade lógica porque nunca duas pessoas, mesmo que profissionais da mesma atividade, ou membros da mesma corporação, são iguais. Os advogados não são todos iguais, nem os pedreiros, nem mesmo os bandidos. É uma renúncia de direitos porque o cidadão que assim pensa mentalmente rasga o título de eleitor. Se é tudo igual, para que votar? O cidadão em geral acredita que os políticos são iguais de boa-fé, mas com isso acaba fazendo o jogo dos piores. São eles os principais interessados em que se acredite que "é tudo farinha do mesmo saco". O quadro que se revela em São Paulo é obra de um grupo específico, que já há dois mandatos toma conta da cidade e agora tem suas vísceras expostas. Um membro desse grupo, o vereador Wadih Mutran, ao ser entrevistado no programa Opinião Nacional, da TV Cultura de São Paulo, defendeu o colega Vicente Viscome, preso na semana passada, com o argumento de que Viscome é tão rico que "nem precisava ser vereador". Eis um cacoete de linguagem que vale por uma confissão. "Tão rico que nem precisava..." Isso revela uma concepção segundo a qual vai para a política quem precisa ainda enriquecer. O que ocorreu na cidade não ocorreu porque todos são assim, mas porque eles, os atuais detentores do poder municipal, são assim. Trata-se de um grupo que, a cada eleição, costuma dizer-se renovado, convertido dos pecados da vez anterior, mas que, a cada nova oportunidade, mostra-se, ele sim, mais igual ainda a si mesmo. Construir uma democracia supõe saber distinguir diferenças. Começaremos a construir a nossa quando deixarmos de acreditar que é tudo a mesma coisa.

 Fonte: http://veja.abril.com.br/070499/p_150.html





fonte: http://sociologianaescolaa.blogspot.com.br/2012/08/o-analfabeto-politico.html

A fantasia das três raças brasileiras

Resultado de imagem para RAÇA BRASILEIRA- DESENHONa atualidade não existe nenhuma sociedade ou grupo social que não possua a mistura de etnias diferentes. Há exceções como pouquíssimos grupos indígenas que ainda vivem isolados na América Latina ou em algum outro lugar do planeta. 

De modo geral, as sociedades contemporâneas são o resultado de um longo processo de miscigenação de suas populações, cuja intensidade variou ao longo do tempo e do espaço. O conceito “miscigenação” pode ser definido como o processo resultante da mistura a partir de casamentos ou coabitação de um homem e uma mulher de etnias diferentes. 

A miscigenação ocorre na união entre brancos e negros, brancos e amarelos e entre amarelos e negros. O senso comum divide a espécie humana entre brancos, negros e amarelos, que, popularmente, são tidos como "raças" a partir de um traço peculiar – a cor da pele. Todavia, brancos, negros e amarelos não constituem raças no sentido biológico, mas grupos humanos de significado sociológico. 

Resultado de imagem para RAÇA BRASILEIRA- DESENHONo Brasil, há o “Mito das três raças”, desenvolvido tanto pelo antropólogo Darcy Ribeiro como pelo senso comum, em que a cultura e a sociedade brasileiras foram constituídas a partir das influências culturais das “três raças”: europeia, africana e indígena. 

Contudo, esse mito não é compartilhado por diversos críticos, pois minimiza a dominação violenta provocada pela colonização portuguesa sobre os povos indígenas e africanos, colocando a situação de colonização como um equilíbrio de forças entre os três povos, o que de fato não houve. Estudos antropológicos utilizaram, entre os séculos XVII e XX, o termo “raça” para designar as várias classificações de grupos humanos; mas desde que surgiram os primeiros métodos genéticos para estudar biologicamente as populações humanas, o termo raça caiu em desuso. 

Enfim, "o mito das três raças" é criticado por ser considerado uma visão simplista e biologizante do processo colonizador brasileiro.


fonte: http://www.brasilescola.com/sociologia/o-brasil-varias-cores.htm

Pena de morte- Métodos de Execução

"Acredito que somente Deus tem o direito de tirar vidas. Nós, como povo, não temos esse direito."(Richard Gere)

“Para aplicar a pena de morte, a sociedade deveria ostentar a autoridade moral de não ter contribuído em nada para fabricar esse criminoso.” (Evaristo de Moraes Filho)

“ A morte é a única solução para todos os problemas.” (Josef Stalin)

“ A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística.” (Josef Stalin)

À parte de discussões humanitárias que questionem a lógica do Código de Hamurabi, a pena de morte é usada como uma forma final de manter a sociedade teoricamente segura, e existe em diversas sociedades há milênios. Apesar disso, os métodos utilizados são variados e ligados às tradições religiosas de cada país, o que comprova que o simples desaparecimento instantâneo desse tipo de prática seria algo extremamente improvável – uma vez que faz parte da própria cultura de certas etnias.

Empalamento

Resultado de imagem para EmpalamentoIntroduzia uma lança ou um bastão no canal retal do sentenciado até que este expirasse. Esse método era utilizado no Oriente Médio, por povos antigos, como os persas. Em seguida, por países europeus como a Suécia, durante a Idade Média.

O empalamento aplicava-se a crimes contra o estado. Essa forma de execução se dava pela humilhação pública, além do sofrimento prolongado – visto que o bastão ou lança introduzidos no sentenciado impediam a saída do sangue.
Apedrejamento

Utilizado em praticamente todo o Oriente Médio, ao longo dos séculos, foi se extinguindo, mas até hoje ainda é praticado para sentenciar condenados na Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Nigéria, Paquistão e Sudão.

Resultado de imagem para apedrejamentoO apedrejamento era usado para punir criminosos, como os de ordem religiosa, homicidas, etc. Atualmente, essa punição é utilizada para punir o adultério em países de fundamentação constitucional religiosa.
Esfolamento

Arrancar, literalmente, a pele do condenado. Uma forma mais lenta e dolorosa de execução. Conta-se que um dos 12 apóstolos de Cristo, conhecido como Bartolomeu, fora esfolado antes de ser sentenciado com a crucificação (outro método que será explicado adiante).

O esfolamento foi utilizado até o século I; também se aplicava às punições em crimes que feriam a lei religiosa.

Crucificação

Resultado de imagem para Crucificação- desenhoTécnica romana, uma forma de envergonhar os inimigos do império antes da morte. O processo da crucificação envolvia a exposição pública (a pessoa era despida). Além de uma flagelação intensa antes da própria afixação do sentenciado na cruz. Colocavam-se pregos e pedaços de ossos apregoados nos punho e tornozelos junto à cruz de madeira. Método que ficou conhecido e acabou por se tornar o símbolo principal do cristianismo, visto que Jesus Cristo foi sentenciado nesse tipo de morte.

A seguir, apresentaremos algumas das principais formas de execução utilizadas no período da Idade Média, que durou desde o século V, até o renascimento no século XV. Eram meios de execução praticados principalmente na Europa, pela Santa Inquisição e por meio das monarquias da época.

Fervura

Resultado de imagem para Fervura- pena de morte- desenhoConsiderado um dos mais cruéis meios de execução conhecidos. Fervia-se o sentenciado em óleo ou água até que esse viesse a óbito. O problema maior era o sofrimento e a intensa dor prolongada, pois nesse tipo de morte o condenado, às vezes, levava mais de duas horas para morrer. Utilizados por países como Inglaterra e Alemanha.

Guilhotina

Resultado de imagem para Guilhotina- pena de morte- desenhoCriada por Ignace Guillotine, daí o nome do instrumento. Consistia em posicionar o sentenciado em praça pública, numa máquina que possui lâmina que ficava elevada e apontada entre a divisão da cabeça e o restante do corpo do sentenciado; mais precisamente, na direção do pescoço. Quando dada a ordem da execução, um carrasco cortava a corda que sustentava a lâmina que caía e com o peso decapitava o réu.
Fogueira

Utilizada pela Inquisição como punição aos condenados hereges e praticantes de bruxaria. Queimava-se a pessoa viva numa grande fogueira. Geralmente, em praça pública. O réu era untado em óleo para que as chamas não se apagassem em seu corpo. Desse modo, geraria uma morte lenta e sofrida.
Decapitações

Consistia em arrancar a cabeça do condenado, a partir de diversos meios e instrumentos, como a guilhotina, espada, machados, foices e cepos.

Resultado de imagem para Roda da Morte- pena de morte- desenhoRoda da Morte

O réu era amarrado numa roda com os membros esticados ao máximo. Um carrasco, girando uma manivela, fazia com que as partes do corpo fossem puxadas até que se deslocassem. Os outros ossos eram quebrados com martelos até que o sentenciado viesse a óbito.



Resultado de imagem para Enforcamento- pena de morte- desenhoEnforcamento

Na Idade média, e até hoje em alguns países, existe a sentença por enforcamento. Tal atrocidade acontecia em colocar o indivíduo com uma corda amarrada frouxamente ao pescoço apoiado em algum tipo de plataforma alta. Após a ordem de execução, o réu era empurrado da plataforma e a corda se apertava no pescoço quebrando-o, ou mesmo asfixiando o condenado.

  • Métodos ainda utilizados...
Cadeira Elétrica

Resultado de imagem para Cadeira Elétrica- desenhoMétodo utilizado essencialmente nos Estados Unidos da América (EUA), que consiste no uso de um instrumento, uma cadeira, com eletrodos, que descarregam sobre o sentenciado uma alta carga de 2.000 volts. Funciona da seguinte maneira: o réu é colocado sentado e amarrado na cadeira, coloca-se o eletrodo principal sobre a cabeça desse e outros conectados a diversas extremidades do corpo, como os lóbulos temporais. Aliado a isso, molha-se com uma substância condutiva de eletricidade embebida em esponjas colocadas na cabeça do condenado. Além de se colocar o mesmo condutivo nas extremidades dos eletrodos, para que a descarga seja mais rápida e eficaz.

No entanto, a condutividade da descarga elétrica se deu de forma vagarosa, causando sofrimento ao réu e constrangimento aos presentes, devido ao horror causado. Atualmente, os norte americanos, utilizam apenas nos estados da Virgínia, Alabama, Arkansas,Florida, Tennessee, Oklahoma, Carolina do Sul e Kentucky. Nesses estados esse método é uma alternativa caso o prisioneiro solicite morrer dessa forma.

Resultado de imagem para Fuzilamento- desenhoFuzilamento

Comum em tempos de guerra, para punir inimigos e condenados por traição à pátria e outros crimes. Também é utilizado como forma comum de execução penal em muitos países. Porém, nos Estados Unidos, em Utah e Idaho, ela é uma alternativa mediante a injeção letal. Coloca-se a vítima vendada e amarrada em frente a um pelotão militar. Vários soldados recebem uma ordem superior e, ao mesmo tempo, disparam. O pelotão é formado por cerca de dez soldados. Se, por acaso, algum dos fuzis não disparar ou algum soldado não o fizer por alguma razão, os outros disparos fariam a execução da pena sem que ela fosse interrompida ou impossibilitada.

Injeção Letal

Resultado de imagem para Injeção Letal- desenhoFunciona da seguinte forma: o condenado é colocado em uma maca numa sala transparente, amarrado. São injetadas substâncias químicas, uma por vez, por via intravenosa. Utilizam uma combinação que induz o réu a um estado de coma, (tiopentato de sódio). Outra, paralisa o sistema respiratório(brometo de pancurônio). E, por fim, a que faz o coração parar (cloreto de potássio). Muitos médicos dos EUA afirmam que seria uma forma ainda mais dolorosa de execução do que a cadeira elétrica; porém, invisível aos espectadores, devido à privação de consciência do réu.


fonte http://www.fatosdesconhecidos.com.br/conheca-os-tipos-de-pena-de-morte-usados-ao-redor-do-mundo/
http://pena-de-morte.info/metodos-de-execucao.html